Direitos autorais e originalidade na indústria de móveis são levantados pela Abimóvel; confira os principais pontos de atenção sobre a Lei de Direitos Autorais
Publicado em 18 de novembro de 2024 | 10:20 |Por: Thiago Rodrigo
Mais de 72% dos brasileiros veem a pirataria e o contrabando como uma ameaça à economia, ao emprego, à atividade industrial e à inovação no país, aponta o estudo “Retratos da Sociedade Brasileira”, publicado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) compartilha dessa preocupação e trabalha de maneira propositiva para combater esses problemas. Não só buscando meios de promover um ambiente de negócios justo, como também produtos seguros e de qualidade para os consumidores brasileiros e para o mercado global.
Através da troca de conhecimento e da oferta de programas que integram o design autoral às indústrias de móveis brasileiras de todos os portes, a entidade busca incentivar e incrementar a originalidade e, consequentemente, a competitividade do mobiliário brasileiro no mercado global.
Afinal, um clássico se torna um clássico justamente por apresentar uma proposta única e inovadora, seja no uso de materiais, na produção sustentável, nas qualidades técnicas e funcionais ou no visual surpreendente. Dessa forma, imprimindo o DNA das empresas e designers, e criando diferenciais para competir em um mercado cada vez mais criativo e globalizado.
Esses fatores pontuados acima guiam a realização do Prêmio Design da Movelaria Nacional. Organizado pela Abimóvel, com correalização da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a premiação convida designers, arquitetos, estudantes e fabricantes de móveis de norte a sul do Brasil a apresentarem seus projetos para um time de jurados de renome nacional e internacional.
A atual edição é um convite à inovação e ao pensamento sustentável no desenvolvimento de soluções para um novo viver. Seis categorias compõem a premiação: Mobiliário Autoral, Mobiliário Marcenaria, Mobiliário Seriado, Mobiliário Emergencial, Resiliência Produtiva, além de Novos Designers e Estudantes.
As peças vencedoras (de categorias selecionadas) serão expostas no Salão do Móvel de Milão, na Itália, entre outros grandes eventos do calendário moveleiro ao redor do globo. Clique e inscreva seus projetos agora: mkt.abimovel.com/premiodesign.
A Lei de Direitos Autorais do Brasil (Lei nº 9610/98) protege as criações desde o momento de sua concepção, assegurando tanto os direitos morais quanto patrimoniais dos criadores. Isso significa que os projetos de móveis são reconhecidos como propriedades intelectuais, permitindo que designers e fabricantes mantenham o controle criativo e comercial sobre suas obras.
Importante destacar que, enquanto os direitos patrimoniais podem expirar 70 anos após a morte do autor, os direitos morais permanecem protegendo a autoria e a integridade da obra indefinidamente. Assim, preservando o legado de novos e renomados profissionais e marcas que investiram e investem na pesquisa e no desenvolvimento de suas peças.
Nesse sentido, ao representar a indústria de móveis brasileira de norte a sul, a Abimóvel enfatiza também a importância dos limites da inspiração para cultivar a inovação genuína. “Limites estes, que devem ser observados e respeitados por todas as empresas, profissionais, técnicos e parceiros do setor. Sendo ações e atitudes que definem postura, maturidade, competência e idoneidade, refletindo os valores de sua marca”, fala o presidente da entidade, Irineu Munhoz.
Se a inspiração é uma forma de admiração e de referência, dando inclusive subsídios para a criação de peças e soluções inovadoras, a cópia não autorizada e não autêntica de uma obra, por outro lado, constitui ato ilícito.
– Irineu Munhoz é reeleito presidente da Abimóvel
Assim, a Abimóvel considera absolutamente reprovável a atividade de cópia e reprodução não autorizada de peças assinadas e legalmente protegidas, bem como qualquer atitude que possa ferir normas, direitos ou regras de compliance. “Acreditamos no design como uma ferramenta de competitividade, capaz de sensibilizar e atuar junto à indústria para o surgimento de novos conceitos e formas de produção, consumo, processos e gestão sustentável. Fatores transdisciplinares que quando combinados resultam em originalidade e qualidade, tornando-se a assinatura de designers e fabricantes de móveis”, complementa a diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri.
O design autoral é, portanto, sinônimo de exclusividade e diferenciação, geralmente oferecendo mais do que apelo visual, um estudo de atenção aos detalhes como ergonomia, usabilidade, durabilidade, além de sustentabilidade econômica e ambiental.
Esses pontos, aliás, constituem o mote de programas como o Design + Indústria, desenvolvido pela Abimóvel em parceria com a ApexBrasil, por meio do Projeto Brazilian Furniture. O programa integran designers e indústrias de móveis para o desenvolvimento de peças e coleções únicas e de alto valor agregado, que já vêm ganhando o mundo, sendo premiadas internacionalmente e expostas em grandes eventos como o Salão do Móvel de Milão, na Itália, ou a ICFF (International Contemporary Furniture Fair), em Nova York (EUA).
Já com foco nos micro e pequenos negócios, o PDCIMob (Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração do Mobiliário), organizado pela Abimóvel em conjunto com o Sebrae Nacional, também conta com uma ação exclusiva de design aliado à pequena indústria moveleira, possibilitando que negócios de menor porte tenham acesso ao design assinado, alavancando ainda mais o valor de suas peças e marcas, que já são aclamadas em premiações nacionais e internacionais.
“Ao fortalecer as práticas de design autoral e aderir estritamente à legislação, a indústria moveleira brasileira não apenas assegura sua competitividade, mas também redefine o padrão de excelência, mostrando que a autenticidade e a criatividade são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade no mercado global de móveis”, pontua Cândida.
Para facilitar e esclarecer os detalhes sobre as leis de direitos autorais no Brasil, a entidade levantou alguns dos principais questionamentos de profissionais e industriais do setor, e traz abaixo pontos importantes para continuar destacando o mobiliário brasileiro como sinônimo de inovação e respeito à criatividade.
– Como funciona a lei de domínio público no Brasil?
A Lei nº 9610/98, conhecida como Lei de Direitos Autorais ou LDA, é a lei que regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos. Dessa forma, trata-se de um conjunto de prerrogativas conferidas por lei à pessoa física ou jurídica criadora e detentora da obra intelectual, para que ela possa usufruir dos benefícios morais e patrimoniais resultantes de suas criações.
Os direitos morais asseguram a autoria e integridade da criação ao autor da obra intelectual e são, em geral, intransferíveis e irrenunciáveis na maioria dos países, incluindo o Brasil. Já os direitos patrimoniais se referem principalmente à utilização econômica da obra intelectual, podendo ser transferidos ou cedidos a outras pessoas e empresas. A transferência dos direitos patrimoniais se dá por meio de licenciamento ou cessão. Ou seja, o conceito de autor é diferente daquele de titular dos direitos autorais. O primeiro é a pessoa física criadora da obra; o segundo é a pessoa física ou jurídica legitimada a exercer os direitos sobre ela.
– Uma peça de mobiliário pode entrar em domínio público?
Sim, mas isso apenas quando os direitos patrimoniais expiram. Segundo o Art. 41, “os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil”.
Portanto, ela assegura os direitos do autor durante toda sua vida e por até 70 anos após sua morte. Quem fizer uso da obra sem autorização do autor está sujeito a penalizações judiciais. Já quando este prazo termina, a obra se torna de domínio público. Uma vez passado esse tempo, este trabalho pode ser utilizado livremente, mas ainda com atenção às legislações, que em muitos casos mantêm a obrigatoriedade de determinados direitos morais mesmo após esse período.
O que quer dizer, então, que qualquer pessoa pode utilizá-la e explorá-la economicamente, sem necessidade de autorizações do autor. Porém, é sempre necessário enfatizar a necessidade de cuidado e bom senso, pois apenas os direitos patrimoniais estão em domínio público, não os morais.
– O que seria uma cópia ou reprodução não autêntica neste contexto?
A pesquisa faz parte da rotina do designer. É esperado, portanto, que o profissional acabe por se identificar com determinado estilo ou passe a privilegiar materiais específicos. Como profissionais da criatividade, é comum que eles sejam constantemente inspirados por outras obras, cenários, matérias-primas e histórias que originam tendências e movimentos artísticos ou de estilos.
No entanto, é imprescindível observar-se os limites da inspiração, considerando que a cópia não autorizada e não autêntica de uma obra constitui crime. Mesmo com as regras estipuladas pela LDA, a prática de adaptar ou recriar um design autoral a partir de cópias e réplicas, que não tem a mesma qualidade e exclusividade das peças originais, ocasiona multas, além de prejudicar a reputação da empresa ou profissional no mercado.
Existem três formas de utilizar o design autoral de maneira correta:
1° Por meio de uma licença-autorização do autor de empresas detentoras dos direitos ou por meio do próprio criador do design.
2° Estar em domínio público, que é quando qualquer pessoa pode fazer uso, o que no caso do Brasil se dá após 70 anos da morte do criador/autor.
3° Existem casos em que o prazo é descontinuado não existindo a necessidade de aguardar os 70 anos quando o autor é falecido e não possui herdeiros/sucessores ou quando o autor é desconhecido. É preciso, contudo, uma checagem aprofundada e ética.
– O que é protegido pelos direitos autorais?
As obras artísticas, literárias e científicas com direitos autorais protegidos, incluindo o mobiliário, independem de registro. A lei garante sua proteção pelo simples fato de elas existirem. Mesmo assim, há procedimentos recomendáveis para registro de algumas obras, resguardando suas criações e preservando os autores e detentores dos direitos de eventuais problemas.
Há ainda, segundo o Conselho Nacional de Justiça, a Lei da Propriedade Industrial (Lei 9.279/96), que pertence ao direito comercial e que resguarda as criações intelectuais voltadas às atividades industriais. Abrangendo, por exemplo, o autor de determinado processo, invenção, modelo, desenho ou produto, também chamado de obras utilitárias. Estas são protegidas por meio de patentes e registros.
– Qual a importância da proteção aos Direitos Autorais?
Além do respeito à propriedade intelectual, moral, industrial e patrimonial dos autores e de terceiros (como familiares, empresas e instituições) que detêm os direitos e as patentes destes profissionais e de suas obras, a atenção à Lei de Direitos Autorais e à da Propriedade Industrial amplia a competitividade, desfavorece à concorrência desleal e incentiva à diversificação da oferta de produtos no mercado atual.
Além, claro, de evitar o plágio (cópia indevida) e a reprodução não autorizada de uma peça de design assinado. Questões que podem gerar intercorrências jurídicas e legais, constituindo crime passível de punição (detenção e multa). A Lei de Direitos Autorais, portanto, não só protege a criatividade e a propriedade intelectual, como também beneficia o design, a indústria do mobiliário, os consumidores, empresas, profissionais e todos os envolvidos na cadeia produtiva e de valor.
Indústria completa um mês de atividades da assistente virtual KIM, criada com tecnologia I.A. Generativa em cooperação das áreas de TI e Recursos Humanos
Publicado em 14 de novembro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo
A Killing S.A Tintas e Adesivos, empresa com mais de 60 anos de história, é reconhecida pela inovação e recentemente aderiu a uma nova solução de Inteligência Artificial. A KIM, assistente virtual de RH completou um mês de atividade com mais de 300 interações com os colaboradores da empresa. Ela foi desenvolvida a partir de uma sinergia entre as áreas de TI e de Recursos Humanos, que criaram e treinaram a tecnologia com o conhecimento necessário às necessidades, como agilidade e amplo repertório de conteúdo.
A estreia da KIM é um marco de adoção à I.A. da Killing e deve ser implantada em outros setores, uma vez que a empresa se mantém em destaque como uma das maiores fabricantes de tintas do Brasil e líder na América Latina em adesivos para a indústria de calçados, móveis, colchões e tapearia automotiva. Ao sustentar uma solução de Inteligência Artificial, a Killing reforça sua vocação para a inovação alinhada a uma das principais tendências mundiais no mercado corporativo.
Em 2024, 72% das empresas do mundo têm alguma solução com esse tipo de tecnologia, um avanço significativo comparado aos 55% em 2023”, aponta um estudo realizado pela consultoria McKinsey. “Identificamos uma oportunidade de automatizar os esclarecimentos de dúvidas de rotinas diárias e trabalhistas, sem perder o toque pessoal. Em função dessa demanda, surgiu inicialmente a ideia de ter um chatbot”, recorda Reni Lúcia Finger, gerente de Recursos Humanos da Killing.
“Desde o início deste ano, a Killing vem participando de eventos em busca de soluções de tecnologia e I.A. Com a I.A. Generativa, percebemos que seria possível ir muito além de uma alternativa padrão mecanizada e robotizada. Com essa inovação, poderíamos criar uma solução ‘humanizada’”, conta Eriberto Siqueira Junior, gerente de Tecnologia da Informação da Killing.
– Nyria é a cor do ano da Impress Decor
Para o desenvolvimento da assistente virtual, feita em parceria com uma empresa especializada de Minas Gerais, foram necessários quatro meses de treinamento até que a KIM fosse oficialmente apresentada aos colegas e começasse suas tarefas. “A KIM foi treinada para fazer um atendimento muito humanizado, sendo uma das premissas no seu desenvolvimento. Um dos valores é o jeito Killing de ser e o relacionamento próximo, linguagem simples e o cuidado com as pessoas. Não poderia ser diferente com a KIM! Ela é muito simpática!”, destaca Reni.
A gerente de marketing Roberta Anacleto foi uma das usuárias da novidade. “Eu me surpreendi com o atendimento da KIM. Entrei há pouco na empresa e tive algumas dúvidas sobre processos e informações de RH. Entrei em contato pelo whatsapp com o número disponibilizado e achei que estava falando com uma colega! Depois que fui saber que o atendimento é por inteligência artificial. A KIM sanou minhas dúvidas de forma supercompleta e com muita simpatia. Fiquei segura em ter esse recurso para acionar sempre que preciso, contando com uma resposta imediata”, reconhece.
A empresa busca levar a inovação para diferentes setores. É por isso que a KIM é um projeto-piloto para a Killing. “A ideia agora é fazer um mapeamento de outras áreas que possam ter aderência. A I.A. deverá crescer em alguns setores da empresa, principalmente em apoio à área de Business Intelligence (negócios) e em áreas de atendimento ao cliente”, revela o gerente de TI.
Impress Decor, referência no desenvolvimento e produção de superfícies decorativas, revela Nyria como sua cor do ano para 2025
Publicado em 12 de novembro de 2024 | 09:20 |Por: Thiago Rodrigo
A Impress Decor, referência no desenvolvimento e produção de superfícies decorativas para a indústria de painéis, móveis e pisos, revela sua cor do ano 2025: Nyria. A tonalidade foi escolhida em um momento de profundas reflexões sobre o estado do mundo e as emoções que dominam nossa vida cotidiana.
Em um período marcado por incertezas, a Impress Decor buscou entender como as pessoas estão reagindo a esse cenário, conduzindo uma pesquisa sólida sobre comportamento e tendências. O resultado dessa investigação revelou uma necessidade comum: a busca por um refúgio, uma volta às raízes, onde a segurança e a estabilidade podem ser encontradas em meio ao caos externo.
Há sete anos, a Impress Decor tem se dedicado a realizar estudos e pesquisas rigorosos com o objetivo de identificar as cores que definirão as principais tendências em design, moda e outros setores criativos. Todos os anos, a empresa apresenta os resultados de suas extensas análises e imersões, revelando a tonalidade que representará o momento.
Isso faz com que a Impress Decor se destaque como a única no segmento de papéis decorativos a lançar sua própria cor do ano.
A revelação de Nyria aconteceu no dia 6 de novembro, em um evento exclusivo para clientes e parceiros, no restaurante da Ópera Arte, na Ópera de Arame, em Curitiba. O evento contou com uma palestra da pesquisadora e consultora de cores Ana Kreutzer, que falou sobre os sentidos da cor no nosso dia a dia e na cultura brasileira.
As transformações globais — mudanças climáticas, tensões políticas, conflitos e o ritmo cada vez mais acelerado da vida moderna — moldaram o conceito que culminou na criação de Nyria. O desenvolvimento dessa cor foi baseado na dualidade que define a era em que vivemos: um mundo em constante agitação, mas que, ao mesmo tempo, desperta um desejo profundo por calma, introspecção e estabilidade.
“Não se trata apenas de seguir tendências estéticas, mas de capturar a essência de um sentimento global, onde as pessoas estão buscando um ponto de ancoragem que possa proporcionar estabilidade emocional e bem-estar”, explica Jessica Hori, gerente de design e produto da Impress Decor.
Essa dualidade é refletida no conceito de um balanceamento entre a força e a fluidez, entre a solidez das raízes e a leveza da adaptação. A cor que a Impress Decor definiu é um reflexo dessa busca pelo equilíbrio, onde há uma clara necessidade de desacelerar e se reconectar com o que realmente importa. “Este ano será sobre encontrar beleza na simplicidade, cultivar a paz em meio à turbulência e buscar um espaço de tranquilidade em um mundo que parece cada vez mais caótico”, complementa Hori.
Nyria emerge como um símbolo da complementaridade, unindo a segurança das raízes com a fluidez necessária para enfrentar a modernidade. Seus tons de terracota evocam acolhimento e firmeza, conectando-nos à terra e ao que é confiável, enquanto o violeta profundo representa a adaptabilidade, a capacidade de mudança e o mistério das experiências humanas.
Dependendo da luz e do ângulo, Nyria revela nuances que refletem diferentes perspectivas, criando ambientes que oferecem tanto aconchego quanto inspiração. Esse tom convida a desacelerar e a valorizar a introspecção, reforçando a necessidade de raízes sólidas, mas também da flexibilidade, para prosperar diante dos desafios contemporâneos.
“Com Nyria, a Impress oferece mais do que uma cor para 2025 — ela apresenta um manifesto de equilíbrio, força e serenidade. Uma tonalidade que nos convida a nos ancorar em nossas raízes, mas também a fluir com as evoluções que a vida impõe, simbolizando a essência de viver em tempos de transformações”, completa Jessica Hori.
Com 85 anos de história, o Grupo Impress possui incomparável know-how nas áreas da impressão de papel decorativo e finish foil. Com atuação global, desenvolve e produz superfícies decorativas para a indústria de painéis, móveis e pisos – sempre orientadas para as tendências de consumo da indústria de mobiliários e de design de interiores.
Todos os produtos são criados com base nas tendências que são identificadas e traduzidas pelo time de designers da empresa. Como líder do mercado, a Impress vem para impressionar clientes de renome em todo o mundo trazendo as mais recentes novidades do segmento.
Produção de móveis sobe 2,8% em setembro comparado a agosto, com alta de 16,2% em relação ao mesmo mês de 2023
Publicado em 7 de novembro de 2024 | 12:00 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis cresceu em relação ao mês anterior em setembro após cair pela primeira vez em 2024 no mês de agosto. O aumento no nono mês do ano foi de 2,8% e, em relação com igual período do ano anterior, foi registrado aumento de 16,2%.
– Irineu Munhoz é reeleito presidente da Abimóvel
Agora, o acumulado do ano da produção de móveis está positivo em 9,9% em relação ao mesmo período de 2023, o quinto melhor resultado da indústria nacional. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção segue no campo positivo, alcançando 7,7%, o terceiro melhor resultado da indústria brasileira. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
Produção de móveis em 2024
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | |
Mês anterior | 3,4% | 2,2% | 3,4% | 2,9% | 0,2% | 1,1% | 4% | 3,6% | 2,8% |
Mesmo mês de 2023 | 0,5% | 2,7% | 7% | 17,6% | 7,1% | 13,9% | 26,9% | 8,5% | 16,2% |
Fonte: IBGE
A produção industrial brasileira avançou 1,1% na passagem de agosto para setembro. O ganho de ritmo acontece após a variação positiva de 0,2% verificada no mês anterior. Em relação a setembro de 2023, a indústria teve crescimento de 3,4% na sua produção. No ano, acumula alta de 3,1% e, em 12 meses, expansão de 2,6%.
Com esses resultados, a indústria se encontra 3,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas está 14,1% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011. Apesar da taxa da indústria geral estar no campo positivo, houve uma predominância de resultados negativos com 18 dos de 25 ramos industriais mostrando recuo na produção.
– Está no ar a edição 342 da Móbile Fornecedores
“O desempenho positivo da indústria em setembro mostra uma intensificação da variação positiva verificada em agosto. A combinação de resultados dos dois últimos meses significou um ganho acumulado de 1,4%, eliminando o recuo de 1,3% observado em julho. Há um ganho de ritmo da produção em 2024, e isso fica claro quando comparamos o patamar da indústria em setembro deste ano com dezembro de 2023, com o setor industrial 2,9% acima, evidenciando a permanência de uma trajetória ascendente”, explica André Macedo, gerente da PIM Brasil.
Segundo ele, o maior dinamismo da indústria em 2024, quando comparada a 2023, está relacionado a fatores como a incorporação de mais pessoas ao mercado de trabalho, redução da taxa de desocupação, aumento da massa salarial, melhora nas condições de crédito, diminuição da inadimplência e menor taxa de juros.
Chapa eleita para gestão 2025/2027 da Abimóvel também inclui vice-presidentes regionais, direção-executiva, conselho administrativo e fiscal
Publicado em 5 de novembro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo
Ocorreu nesta segunda-feira, 4 de novembro de 2024, na sede da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), em São Paulo (SP), a Assembleia Geral Ordinária que, entre outros pontos, elegeu a nova diretoria e conselhos para a gestão 2025/2027 da entidade.
Irineu Munhoz, que está à frente da presidência da Abimóvel desde 2023, foi reeleito ao cargo, dando continuidade ao trabalho realizado em seu primeiro mandato. Fundador da Caemmun, fabricante de móveis do polo de Arapongas (PR), Munhoz já presidiu o Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas) de 2015 a 2021 e é também vice-presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).
“É com imensa gratidão e profundo senso de responsabilidade que recebo a oportunidade de continuar à frente da Abimóvel por mais um mandato (…) Nos últimos anos, enfrentamos desafios significativos e superamos muitos obstáculos (…) Hoje, ao olhar para o caminho que percorremos, tenho orgulho de ver o quanto avançamos (…) entendendo que o trabalho que temos pela frente será ainda mais desafiador, especialmente no contexto de um mercado global cada vez mais dinâmico e exigente. Contudo, é justamente nos momentos de maior desafio que temos a oportunidade de mostrar nossa força e capacidade de adaptação”, falou o presidente reeleito, que ressaltou a importância do associativismo, bem como da integração regional e produtiva para o desenvolvimento da cadeia madeira e móveis no Brasil.
– Está no ar a Móbile Fornecedores 342
Munhoz também pontuou novidades importantes que estão por vir no próximo ano: “Esse novo ciclo já se inicia com novas ferramentas e ações estratégicas para a modernização do setor”, enfatizou. Entre as novidades, o presidente destacou a evolução do Projeto de Normalização de Móveis, em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que vem atuando na revisão e atualização das normas referentes à fabricação de mobiliário no Brasil, garantindo não só mais qualidade, segurança e durabilidade, mas também ampliando a competitividade da indústria de móveis brasileira ao colocá-la em conformidade com as principais normas internacionais do setor.
Outro ponto é a expansão de iniciativas lideradas pela entidade de Norte a Sul do Brasil, bem como o fortalecimento das ações por meio de projetos como o Brazilian Furniture e o PDCIMob, que ganham cada vez mais vigor no mercado nacional e internacional. Exemplo disso é o Prêmio Design da Movelaria Nacional, que traz uma perspectiva global para empresas e profissionais do setor de todos os portes e regiões do país.
“Também antecipo em primeira mão o lançamento de uma plataforma exclusiva de Business Intelligence para nossos associados, confiantes no papel da Inteligência de Mercado para o êxito no planejamento e no crescimento sustentado de nossas empresas”, revelou Munhoz, que finalizou seu discurso reafirmando o compromisso da entidade com a inovação, o desenvolvimento setorial e a promoção de um ambiente cada vez mais favorável aos negócios de todos os nichos e tamanhos. A posse festiva e oficial da nova diretoria da Abimóvel ocorrerá em fevereiro de 2025. A chapa eleita também inclui vice-presidentes regionais, direção-executiva, conselho administrativo e fiscal. Conheça os nomes eleitos:
Presidente: Irineu Munhoz
Vice-presidente de Finanças: José Lopes Aquino
Vice-presidente Secretário: Elison Cataneo Estrada
Vice-presidente Nordeste: Adeilton José dos Santos
Vice-presidente Norte: André Guerra
Vice-presidente Minas Gerais: Ismael Reis
Vice-presidente Paraná: Mauro Pereira Schwartsburd
Vice-presidente Rio Grande do Sul: Celso Theisen
Vice-presidente Santa Catarina: Bruno Inácio Henn
Vice-presidente São Paulo: Esther Cuten Schattan
Conselho Administrativo
Presidente: Maristela Cusin Longhi
Conselheiros: Daniel Lutz, José Agnelo Seger e Edgar Behne
Conselho Fiscal
Conselheiros: Marco Aurelio Tudino, Valdevir Arlindo Pires, Maurício de Souza Lima, Bruno Barbieri Rangel e Fernando Hilgenstieler
Direção-Executiva
Cândida Maria Cervieri
Novo revestimento para fixadores da Ciser, Nanotec K apresenta a maior resistência à corrosão por chuva ácida do mercado
Publicado em 4 de novembro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
A Ciser, fabricante de fixadores, acaba de lançar o Nanotec K, revestimento inovador, desenvolvido para aplicação em fixadores, garantindo a maior resistência à corrosão por chuva ácida do mercado. A novidade chega em um momento de reconhecimento para a empresa, que está entre as 40 empresas mais inovadores do Brasil e a segunda no segmento de Materiais de Construção, de acordo com o Anuário Valor Inovação Brasil 2024.
Segundo Bruno Inácio da Maia, gerente de marketing da Ciser, o Nanotec K, que possui patente requerida, é o resultado do contínuo investimento em Pesquisa & Desenvolvimento. Desenvolvido para fixadores instalados em ambientes altamente corrosivos por chuva ácida, como aqueles próximos a grandes indústrias. O revestimento se destaca por sua resistência de até 45 ciclos no teste de Kesternich, um ensaio que simula a resistência a esse tipo de ambiente poluído.
– Importância do ESG para a competitividade do setor
Além disso, o lançamento apresentou alta resistência em testes de névoa salina (Salt Spray), que já é marca registrada da linha Nanotec. Nos testes, o novo revestimento apresentou uma resistência de até 3.000 horas, que comprovou uma eficácia contra corrosão acima de produtos similares no mercado.
Bruno explica que o Nanotec K foi projetado para atender à demanda de setores que necessitam de alta resistência ao intemperismo e à corrosão: “o revestimento combina nanopartículas que inibem a corrosão e oferecem proteção superior em condições ambientais agressivas. Sua alta durabilidade e resistência ao impacto durante a instalação o tornam ideal para fixadores utilizados em coberturas metálicas, por exemplo”. Além de resistir aos efeitos da corrosão, o revestimento não desplaca em contato com soquetes de ferramentas elétricas, mantendo sua durabilidade mesmo sob condições adversas.
O lançamento reforça a estratégia de inovação da Ciser, que mantém o compromisso com o desenvolvimento tecnológico por meio de seu centro de inovação, o #Colmeia. O espaço é o primeiro hub de inovação certificado pela ISO 56002 no Brasil. O ambiente estimula a criação de soluções inovadoras em processos, produtos e serviços, além de promover parcerias com startups, universidades e outras corporações, com o objetivo de fortalecer o modelo de negócios da empresa.
A Ciser é uma marca reconhecida como referência no mercado por oferecer um amplo portfólio de produtos de alta qualidade para os mais diversos segmentos, atendendo clientes em mais de 25 países ao redor do mundo. Contando com uma equipe de 2 mil colaboradores distribuídos em suas unidades em Joinville e Araquari (SC) e Sarzedo (MG), a empresa possui uma história sólida de 65 anos e se destaca pelo compromisso contínuo com a inovação tecnológica e a promoção de ações de responsabilidade socioambiental. Seus produtos têm ampla utilização em setores variados, como agronegócio, energia solar, indústria moveleira, metalomecânico, construção civil, estruturas metálicas, automotivo, linha branca e marrom, linha amarela, óleo e gás, eletrônica e varejo da construção civil.
Publicação retrata trajetória de desafios e conquistas da Cipatex, fabricante de revestimentos sintéticos
Publicado em 28 de outubro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
Lançado neste mês, o livro “Cipatex – A história” conta como uma pequena fábrica de carneiras de chapéu, que começou em uma garagem de Cerquilho (SP), se transformou em uma das maiores fabricantes de revestimentos sintéticos do país. A publicação faz parte da celebração dos 60 anos de fundação da companhia.
Em 141 páginas, o livro percorre uma linha do tempo que traça os fatos marcantes da trajetória da empresa. Momentos de adversidades, aprendizados e conquistas são revelados na obra, que é enriquecida com depoimentos de protagonistas dessa jornada, com destaque para o fundador e hoje no conselho do grupo, William Nicolau. Ele compartilha inúmeras passagens importantes, como as dificuldades enfrentadas durante os primeiros anos, as inovações que impulsionaram o crescimento da empresa e as decisões estratégicas que moldaram o futuro da Cipatex®.
Escrito pela jornalista Damana Rodrigues, a obra também mergulha na visão empreendedora do fundador, revelando como sua liderança contribuiu para uma cultura corporativa sólida e resiliente ao longo das décadas. Além disso, aborda os valores fundamentais que sustentam a empresa e celebra a importância dos colaboradores.
Durante o lançamento, realizado no Teatro Municipal de Cerquilho, o fundador relembrou alguns momentos significativos, como o dia em que decidiu dar início à produção de produtos à base de resina de PVC. Ele também destacou a grande emoção que estava sentindo ao testemunhar a empresa chegar a seis décadas de atuação. “Eu não vejo a Cipatex® como um legado, mas como um sonho de 60 anos. A Cipatex® sempre foi uma família”, diz.
– Congresso Movergs lembra que é hora de olhar para o futuro
Na ocasião, o diretor-presidente da empresa, William Marcelo Nicolau, enfatizou a grande responsabilidade da Cipatex® na cidade onde está instalada, no estado e em todo o país. “Desempenhamos um papel importante na comunidade e devemos seguir com esse trabalho, ele não pode parar. E esse trabalho é fruto de um grande time”, ressaltou.
O evento de lançamento também contou com uma exposição que traça o caminho percorrido pela empresa até completar 60 anos. Entre textos e imagens, a mostra foi organizada em formato de linha do tempo e pôde ser vista pelo público até dia 19 de outubro, no espaço cultural do Teatro Municipal de Cerquilho.
Há 60 anos, o Grupo Cipatex® oferece ao mercado soluções confiáveis e inovadoras em revestimentos sintéticos, sempre buscando uma posição de vanguarda, com responsabilidade social e ambiental. Fundada em 1964, a companhia se diversificou constantemente e hoje conta com uma linha de produtos que atende aos setores de calçados, piscinas, bolsas e acessórios, utilidades domésticas, construção, móveis, vestuário, automóveis, esporte e lazer, brindes, material escolar e comunicação visual. Por essa dedicação tornou-se líder na fabricação de revestimentos sintéticos.
Mesmo com superávit no ano aumento das importações de móveis é ponto de atenção no setor moveleiro segundo Abimóvel
Publicado em 24 de outubro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
Após uma série de altas ao longo de 2024, as exportações brasileiras de móveis e colchões enfrentaram recuo de 4,4% em agosto, totalizando receita de US$ 62,7 milhões no mês. Apesar dessa contenção dos avanços mensais, o desempenho acumulado na atividade de janeiro a agosto mantém-se alinhado ao do mesmo período no ano passado, com cerca de US$ 479 milhões em produtos exportados. Ao contrário das importações de móveis.
O superávit comercial contínuo no setor de móveis e colchões espelha um trabalho efetivo no posicionamento dos produtos brasileiros no mercado global. Contudo, a crescente onda de importações, que representou 4,1% do consumo doméstico em julho — superando as médias dos últimos anos — , tem gerado preocupações no âmbito industrial.
Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel, reforça que é “preciso ficarmos atentos ao aumento dos produtos importados que estão ingressando em nosso mercado, sendo, portanto, fundamental a implementação de medidas estratégicas para conter esse influxo e proteger os fabricantes locais”.
As informações são apresentadas pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) a partir de levantamento realizado pelo Iemi com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, idealizado em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
No mercado internacional, destacam-se como principais destinos dos móveis e colchões brasileiros no período os Estados Unidos (30,0% do total exportado), o Uruguai (10,4%), o Chile (7,7%), o Reino Unido (6,5%) e o Peru (4,7%).
Em um esforço contínuo para promover as marcas brasileiras no exterior, a Abimóvel organizou em parceria com a ApexBrasil uma edição especial do Projeto Comprador durante o 11º Congresso Nacional Moveleiro, que ocorreu no início de outubro em Curitiba (PR). A iniciativa, que é parte dos esforços do Brazilian Furniture, proporcionou 449 rodadas de negócios, conectando mais de 50 indústrias brasileiras com 15 compradores internacionais.
Participaram das rodadas importadores do Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, sendo quase 84% deles novos contatos para as empresas brasileiras. Nesse cenário, foram movimentados US$28.080 milhões em negócios fechados e prospectados para os próximos 12 meses.
“Realizado como parte do trabalho estratégico das entidades no fomento da internacionalização das marcas e da elevação do patamar de competitividade das empresas brasileiras no mercado global, o projeto possibilita um espaço de integração em ambientes totalmente direcionados para o networking entre indústrias nacionais e importadores qualificados, o que é refletido não só nos resultados alcançados durante as rodadas de negócios, mas na consolidação de parcerias duradouras no mercado internacional”, pontua a diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri.
Para a ApexBrasil, “o Projeto Comprador vai além de um encontro comercial, demonstrando a evolução do setor de móveis brasileiro e da sua capacidade de se adaptar às novas exigências de mercado, onde inovação, design, sustentabilidade e eficiência — características da indústria nacional — são mais valorizadas do que nunca”. Dessa forma, o Projeto Brazilian Furniture reforça a posição do Brasil como um importante player global no design e na produção de móveis, promovendo a qualidade dos produtos e o fortalecimento das marcas nacionais, integrando-as a uma cadeia produtiva mundial.
Projeto Comprador reuniu mais de 50 indústrias brasileiras e 15 compradores internacionais em Curitiba (PR), no 11º Congresso Nacional Moveleiro
Publicado em 22 de outubro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo
Fomentando os negócios na prática durante o 11º Congresso Nacional Moveleiro, que ocorreu nos dias 1 e 2 de outubro de 2024, em Curitiba (PR), a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) organizou em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) uma edição especial do Projeto Comprador durante a ocasião. A iniciativa, que é parte dos esforços do Projeto Setorial Brazilian Furniture, proporcionou 449 rodadas de negócios, conectando mais de 50 indústrias brasileiras com 15 compradores internacionais.
Participaram das rodadas importadores do Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, sendo quase 84% deles novos contatos para as empresas brasileiras. Nesse cenário, foram movimentados US$28.080 milhões em negócios fechados e prospectados para os próximos 12 meses.
“Realizado como parte do trabalho estratégico das entidades no fomento da internacionalização das marcas e da elevação do patamar de competitividade das empresas brasileiras no mercado global, o projeto possibilita um espaço de integração em ambientes totalmente direcionados para o networking entre indústrias nacionais e importadores qualificados, o que é refletido não só nos resultados alcançados durante as rodadas de negócios, mas na consolidação de parcerias duradouras no mercado internacional”, pontua a diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri.
Para a ApexBrasil, “o Projeto Comprador vai além de um encontro comercial, demonstrando a evolução do setor de móveis brasileiro e da sua capacidade de se adaptar às novas exigências de mercado, onde inovação, design, sustentabilidade e eficiência — características da indústria nacional — são mais valorizadas do que nunca”. Dessa forma, o Projeto Brazilian Furniture reforça a posição do Brasil como um importante player global no design e na produção de móveis, promovendo a qualidade dos produtos e o fortalecimento das marcas nacionais, integrando-as a uma cadeia produtiva mundial.
Vozes da indústria de móveis no Brasil são ouvidas em reunião que traz um retrato da diversidade e da integração do setor moveleiro nacional
Publicado em 21 de outubro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo
Em um encontro marcado pelo diálogo e pela troca de informações e experiências, representantes de 19 sindicatos moveleiros de diferentes regiões do Brasil reuniram-se a convite da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) em Curitiba (PR), no último dia 30 de setembro de 2024. O evento ocorreu na véspera da abertura do 11º Congresso Nacional Moveleiro, organizado pela entidade nacional moveleira em parceria com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) na capital paranaense.
Em meio à pluralidade de sotaques, culturas, desafios e oportunidades, o encontro proporcionou um retrato abrangente de uma indústria que, com suas particularidades regionais, busca unificar-se em torno de um objetivo comum: fortalecer a cadeia produtiva de móveis e a indústria nacional, tornando as empresas brasileiras mais competitivas local e internacionalmente.
Há mais de 45 anos, a Abimóvel atua na representação e no fortalecimento do setor de móveis no Brasil. Setor, este, de relevância econômica e social, composto por mais de 21,7 mil empresas, empregando 270,6 mil trabalhadores diretos e outros 1,1 milhão de forma indireta. Esses números colaboram para posicionar o Brasil como o maior produtor de móveis da América Latina e o sexto maior do mundo.
No mercado externo, a indústria brasileira do mobiliário ocupa a 26ª posição entre os maiores exportadores, com os produtos nacionais chegando a cerca de 180 países e seu posicionamento internacional crescendo a níveis superiores ao desempenho médio global: +3,2% no último ano, frente a uma retração de 3,73% na média mundial.
Apesar dos avanços, desafios como a carga tributária elevada, normas por vezes desatualizadas e a falta de políticas públicas mais direcionadas ao setor ainda podem limitar o desenvolvimento das empresas. “O setor de móveis brasileiro tem uma força extraordinária. Nossa capacidade de produção, bem como recursos materiais, criatividade, gestão sustentável e o talento das nossas indústrias e designers são reconhecidos internacionalmente. Por isso defendemos uma agenda estratégica de incentivos públicos para que possamos investir ainda mais em tecnologia, inovação, design e mão de obra sem onerar o consumidor final. Atendendo com amplitude o mercado local e ativando todo nosso potencial exportador”, ressalta Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel.
Nesse cenário, o encontro em Curitiba destacou as potencialidades e as lacunas que precisam ser preenchidas para que a indústria moveleira brasileira continue a se desenvolver — ocupando seu espaço sempre com qualidade, sustentabilidade e design integrado — em um momento em que a concorrência internacional levanta um sinal de alerta também no mercado interno.
A diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri, pontuou a relevância da ocasião como um momento de convergência no setor: “Esse encontro promovido anualmente pela Abimóvel representou uma oportunidade estratégica para ouvir e construir propostas que beneficiem o setor moveleiro nacional, alinhando interesses e unindo esforços de norte a sul do país, dos pequenos aos grandes, com vista à expansão da produção e do posicionamento da indústria e da marca Brasil no mundo”.
A diversidade de olhares durante a ocasião trouxe uma riqueza de insights e proposições. Os líderes sindicais presentes, provenientes de polos tão distintos como o Norte, o Nordeste, o Sul e o Sudeste, compartilharam experiências, desafios e sugestões para tornar o setor ainda mais dinâmico. De micro e pequenas empresas que ainda lutam para conquistar mercado local a grandes indústrias que competem no mercado internacional, a força da representatividade foi o tom predominante.
Em um país de estados com proporções, costumes e necessidades tão amplas como o Brasil, os panoramas do setor de móveis e a percepção de consumo de cada região são questões desafiadoras para a indústria e o varejo.
Do Paraná, estado que recebeu o encontro, José Lopes Aquino, presidente do Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas-PR), pontuou que “para enfrentarmos os grandes desafios atuais, o setor moveleiro tem que se unir”. Ele diz: “Identificar ‘dores comuns’ e buscar solução conjunta pode ser o caminho. A tecnologia e a inovação devem ser as grandes aliadas para potencializar o que já fazemos bem e gerar novas oportunidades para as indústrias associadas e nossos polos regionais como um todo”.
Aquino também fala da importância de “mudar a percepção do consumidor, que hoje busca apenas suprir uma necessidade imediata”, segundo ele. “Nosso objetivo deve ser que a decisão de compra seja motivada pelo desejo, ou seja, precisamos levar aos lares não apenas móveis, mas também qualidade de vida”, explica.
Maurício Lassmann, presidente do Moveba (Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia), assumiu a liderança do sindicato recentemente e já enfrenta o desafio de criar estratégias para aumentar a visibilidade dos móveis baianos no próprio estado e na região Nordeste.
“O país conta com 5570 municípios compostos de diferentes necessidades e particularidades, e temos uma grande missão, que é não só inserir o mobiliário produzido localmente no mercado regional como também atender a essa diversidade. Para isso, é fundamental conhecer a realidade de outros polos e empresas, e assim criar redes que nos ajudem a entender melhor como superar as barreiras e avançar de dentro para fora”, afirma.
O Nordeste, um mercado em plena expansão no setor moveleiro, foi representado também por João Paulo Ferreira Rosa da Silva, membro da direção da Amap-PB (Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefatos de Madeira da Paraíba). Para ele, uma das principais estratégias para avançar, tanto no mercado da região quanto no restante do Brasil e em outros países, está na valorização da autenticidade do design, das técnicas e das matérias-primas locais como diferencial competitivo.
“Percebemos por meio de ações desenvolvidas setorialmente, como as rodadas de negócios, que existe um mercado grande a ser explorado, que demanda produtos de qualidade, com design que traduz originalidade e brasilidade. Precisamos estar cada vez mais qualificados e atentos para essas demandas, elevando a desejabilidade dos nossos móveis”, pontua Silva.
Com vista a criar um ambiente propício para agregar ainda mais valor aos produtos nacionais, alguns pontos destacaram-se entre os líderes presentes no encontro: a busca por incentivos e a importância de modernizar o parque industrial, capacitar mão de obra e situar a sustentabilidade como diferencial competitivo. Bem como tecnologia, inovação, design e brasilidade como diferenciais competitivos do setor moveleiro nacional.
Enrico Stoeberl Fagundes, presidente recém-empossado do Sindicom (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Negrinho-SC), pontua: “É a primeira vez que participo de uma reunião com a Abimóvel e saí surpreso com a riqueza de detalhes e esse intercâmbio realizado entre os polos do país. O debate contribuiu muito para a troca de ideias e com certeza trará bons resultados para o setor. Percebemos que o mercado tem espaço para um crescimento ascendente; entretanto, precisamos focar na capacitação de mão de obra e no aprimoramento tecnológico em relação aos concorrentes externos”.
Mauro Pereira Schwartsburd, presidente do Simov (Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná), concorda: “A indústria moveleira brasileira ainda tem um enorme potencial de expansão tanto no mercado interno quanto global. Nosso maior desafio é a falta de mão de obra qualificada e a necessidade de incentivos para investir em tecnologia para modernizar as fábricas. Além disso, enfrentamos problemas de infraestrutura, como estradas e portos ineficientes, e o alto Custo Brasil, principalmente em relação aos impostos, que representam uma grande parcela dos custos na indústria. Esses são obstáculos significativos que precisamos superar para aproveitar as oportunidades de crescimento”.
Luiz Carlos Pimentel, do Sindusmobil (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul-SC), levantou outro ponto crucial: “O que mais vemos é a busca por aumento de impostos e excesso de burocracia. Somos um dos maiores geradores de postos de trabalho do país. Precisamos ter nossas necessidades atendidas”. Para tal, ele enfatiza que “é essencial que, através dos próprios Sindicatos, Federações e da Abimóvel, o setor seja ouvido”.
Pontos que vêm sendo temas de defesa da Abimóvel junto ao Governo Federal, por meio de sua participação no CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) e no FNI (Fórum Nacional da Indústria), enfatizando a necessidade de se encontrar soluções para o alto Custo Brasil, a inclusão do setor no projeto de desoneração da folha de pagamento, assim como em programas de financiamento imobiliário, como o “Minha Casa, Minha Vida”, entre outras questões.
“A indústria moveleira brasileira enfrenta desafios, mas também existem diversas oportunidades, como a expansão do mercado interno, o crescimento do e-commerce, a valorização de produtos personalizados e o aumento de programas de incentivo à sustentabilidade no setor. Nesse sentido, precisamos fortalecer a parceria entre empresas, governo e instituições de ensino e pesquisa para garantir a competitividade e atender também a essas novas exigências do mercado”, fala Patrícia Guimarães, presidente do Simm (Sindicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol-SP).
Além de alternativas para a melhoria do ambiente de negócios, ela ainda ressalta a importância de uma gestão focada na inovação, no design, tecnologia e práticas ambientalmente adequadas: “A implementação de práticas ESG, por exemplo, como o proposto pelo tema debatido no Congresso deste ano, pode gerar diversos benefícios para as empresas, como redução de custos, melhoria da imagem institucional e maior competitividade no mercado global”.
O presidente da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), Euclides Longhi, reforça também a necessidade de se adequar os produtos brasileiros às normas internacionais: “Entre os principais desafios vejo a atualização das certificações da ABNT no que se refere à regulamentação dos móveis brasileiros. Consequentemente adequando nosso mobiliário tanto para o mercado local, que ganha em qualidade, durabilidade e segurança, quanto para a exportação, estando em sinergia com exigências internacionais. A Abimóvel já está trabalhando nessa pauta e a Movergs se mantém à disposição para contribuir”.
Ele enfatiza que o desafio atual é, portanto, o de estar aberto para reagir o mais rápido ao que vier pela frente, reconhecendo as oportunidades. “Ou seja, cada vez mais precisamos de agilidade – inclusive para alterar planejamentos estratégicos de longo prazo”, salienta.
Complementando este pensamento, Rosana Souza Aguiar, presidente do Sindimam-DF (Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário do Distrito Federal), reforça que “as empresas precisam se adaptar rapidamente às novas tecnologias, como e-commerce e Inteligência Artificial, para atender às demandas atuais”, pontuando que, em contrapartida, muitas também são as oportunidades com o aumento da procura por móveis de alta qualidade e design diferenciado, o que o Brasil tem muito a oferecer.
“A união de forças por meio de iniciativas como o Congresso Nacional Moveleiro é vital para o fortalecimento da indústria de móveis em todo o Brasil. Isso nos permite alinhar as demandas locais às políticas nacionais, ajudando a fortalecer a posição do nosso polo no mercado e promovendo o desenvolvimento conjunto do setor no país”, complementa.
Guilherme Brito, do Sindmóveis-PE (Sindicato das Indústrias de Móveis do Estado de Pernambuco), também salienta: “O associativismo mostra que, juntas, as indústrias têm mais poder em realizar ações para o desenvolvimento do setor. Os resultados demonstrados na reunião justificam o quão importante as iniciativas da Abimóvel e dos sindicatos têm sido para o segmento, incentivando, como fazemos no nosso Sindmóveis-PE, a inovação, o design, a capacitação e o diálogo em nosso setor”.
O posicionamento dos representantes dos polos moveleiros nacionais deixa claro que o futuro da indústria de móveis brasileira depende de um esforço conjunto para superar desafios estruturais e aproveitar as oportunidades de um mercado em transformação. Reforçando que a força do setor está não só na riqueza e diversidade do País, mas também na capacidade de integração e cooperação entre as diferentes regiões em prol de uma indústria mais forte e globalizada.