Apenas 5% dos consumidores brasileiros são leais às marcas
Estudo foi desenvolvido pela Nielsen e focou no mercado brasileiro
Publicado em 11 de fevereiro de 2020 | 12:31 |Por: Everton Lima
Se você pudesse mensurar quantos dos seus clientes são leais à sua marca, estaríamos falando de um grande número de pessoas? Um estudo desenvolvido pela Nielsen, empresa de análise e mensuração de dados, acredita que não.
De acordo com essa pesquisa, publicada no ano passado, apenas 5% dos consumidores brasileiros se declaram super leais a marcas, canais de varejo ou produtos. As marcas líderes em cada segmento são as que mais sofrem com essa deslealdade.
Outro dado mostrado no estudo é que as empresas que lideram o mercado nacionalmente tendem a ter dificuldade para ter sucesso em algumas cidades, quando lá existe uma marca regional atuando. Esse fenômeno foi percebido em 30% dos mercados estudados pela Nielsen.
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“Com uma rotina mais rápida e dinâmica, está muito mais fácil mudar e mais difícil se comprometer com marcas de produtos de consumo ou formatos varejistas”, afirmou a líder da Indústria de Alimentos da Nielsen Brasil, Cristina Alvarenga. “E o principal fator que contribui para isso é um ambiente de consumo que incentiva a troca ou experimentação, fazendo com que capturar a atenção do consumidor seja um desafio: há mais opções de produtos, novos formatos de lojas, canais e formas de compra, lançamentos de novos itens, maior mix entre os canais”, explica.
Mercado de Higiene e Beleza é o que mais sofre
O levantamento apresentado pela empresa mostra que esse comportamento do consumidor atinge com mais força os segmentos de Higiene & Beleza (85%), Alimentos (75%) e Limpeza (71,4%) — que são, justamente, produtos que são adquiridos pelas pessoas de forma mais frequente.
Isso não significa que o mercado de móveis deve respirar aliviado, uma vez que o estudo sugere que as indústrias dediquem mais tempo e recursos estudando o seu cliente, com o objetivo de oferecerem condições, produtos e programas de fidelização que possam conquistá-los em tempos de tanta competitividade.
Aliás, de cada dez entrevistados, oito disseram que comprariam mais em lojas on-line se os programas de benefícios fossem mais atraentes.