Para comprar presentes de Natal, brasileiros usarão o 13º e farão bicos

Pesquisa da CNDL mostra que os brasileiros não pretendem abrir mão dos presentes de Natal, mesmo que isso signifique ter que trabalhar mais

Publicado em 29 de novembro de 2022 | 07:49 |Por: Everton Lima

A chegada do Natal é aguardada com ansiedade pelos varejistas e, de acordo com uma pesquisa recente divulgada pela CNDL, há motivos para ficar ansioso.

36% dos entrevistados pelo estudo disseram que pretendem usar o 13º salário para comprar presentes de Natal. 29% pretendem guardar o dinheiro ou investir. 22% devem usar o capital no preparativo das festividades de fim de ano. Já 21% pretendem usar o valor para se presentearem, comprando algo que queriam, mas que pela falta de dinheiro não puderam comprar antes.

Contudo, o presidente da CNDL, José César da Costa, aconselha os trabalhadores a aproveitarem o dinheiro extra para negociarem suas dívidas atrasadas.

“É importante o trabalhador ficar atento aos gastos e priorizar o pagamento de dívidas. O País vive um momento de alta inadimplência e a entrada do 13º salário é a oportunidade de colocar as contas em dia e fechar o ano com o orçamento organizado”, afirma Costa.

Além disso, o começo de 2023 deve vir recheado de contas, como os pagamentos tradicionais de IPVA, IPTU, material escolar etc.

“Além do pagamento de dívidas, é o momento do trabalhador se organizar para os gastos extras. O início do ano é sempre o momento de pagamento de impostos e de taxas, como matrícula, e também compra de material escolar, por exemplo. Uma reserva extra deve ser organizada para não ser pego de surpresa e já iniciar o ano endividado”, alerta José César da Costa.

Brasileiros farão bicos para comprarem presentes

Para vencerem a inflação e conseguirem presentear aqueles que amam, os entrevistados pelo estudo disseram que pretendem fazer algum tipo de trabalho informal, “bico”, para aumentarem a renda — 55% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes para o Natal, principalmente as pessoas até 54 anos e das classes C, D e E (60%).

“O Natal é uma data tradicional e o brasileiro não deixa de fazer suas compras. Se a pessoa quer investir um pouco mais na festa e nos presentes, uma atividade que possa gerar mais recursos é, realmente, uma boa saída para evitar endividamento. A boa notícia é que o período de final de ano é sempre um momento de aberturas de novas vagas de trabalho temporário, por isso boa parte dos trabalhadores devem e podem recorrer aos bicos para aumentar a renda para as comemorações de final de ano”, orienta Costa.

 

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