Rotocrom: cilindros para linhas de pintura de móveis

Conheça como funciona o processo de gravação de cilindros utilizados na pintura de painéis de madeira da indústria de móveis

Publicado em 30 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

O móvel já não é mais produzido de madeira maciça como antes. Atualmente, o painel de madeira de MDF ou MDP é o material utilizado para a composição do mobiliário. Esse substrato pode ser revestido de diferentes formas, seja com papel decorativo, laminado de alta pressão ou com pintura utilizando tintas e vernizes, por meio de cilindros para linhas de pintura de móveis.

Nesse último revestimento, o processo é executado por máquinas de pintura que somadas formam uma longa linha de pintura com diferentes equipamentos. Em um deles, a aplicação da tinta na madeira é efetuada por cilindros, transmitindo o desenho do cilindro para a chapa de madeira. A Rotocrom é uma das principais empresas gravadoras de cilindros para rotogravura e flexogravura do setor moveleiro.

Marcelo Fechio Santos, representante comercial da Rotocrom, por meio de sua empresa MFS Serviços, explica que os clientes industriais moveleiros possuem o equipamento com a base da ferramenta e manda para a Rotocrom gravar. “Eles escolhem o desenho que querem produzir e imprimir no produto dele e nós reproduzimos. Para casos em que ele não tem ideia, a gente apresenta as opções que temos, no qual ele coloca qualquer cor que ele deseja, mais escuro, mais avermelhado, por exemplo, no desenho aplicado no cilindro de impressão”, explica.

O que muda nesse processo são os equipamentos que a Rotocrom tem para agilizar ou gravar melhor, algo que não é visto no mercado. Uma transformação deste segmento é que o equipamento, que sempre foi o cilindro de ferro, passou a ser também o cilindro de borracha, que oferece uma impressão (como é chamado o processo de pintura) melhor, embora o cilindro de borracha tenha uma durabilidade mais baixa.

“A durabilidade é relativa, mas levando em consideração que a máquina é a mesma, com uma lâmina raspadora em cima da borracha a durabilidade é menor. Se a de ferro dura um ano, a de borracha dura oito meses”, explica. A PCR, por exemplo, é uma empresa que produz o cilindro de borracha para a indústria moveleira que compra a borracha da marca e manda para a Rotocrom fazer a gravação.

Rotocrom

Rotocrom

Marcelo Fechio

Pintura direta e indireta

Essa gravação possibilita a impressão/pintura do painel de madeira ser direta ou indireta. Na impressão indireta, a pintura vai de um cilindro de metal para um cilindro de borracha que passa na peça de madeira. A direta tem a gravação executada pela Rotocrom na borracha com a aplicação da pintura diretamente no substrato da madeira.

Em ambos os casos, é a indústria de móveis que escolhe a cor que quer aplicar, com os contrastes dos veios das madeiras ou com qualquer tipo de desenho, que no caso a Rotocrom pode fazer. “Até dinheiro, ou seja, qualquer imagem que tenha digital pode aplicar em um cilindro, com o mesmo princípio de uma gráfica, mas para madeira”, enaltece Marcelo.

Grupo Arpiaspersul inova com pintura modular

Normalmente, é o fabricante de móveis que sabe qual é o desejo do cliente dele que manda a imagem para a Rotocrom desenvolver. “Se não tem imagem nenhuma ele vem buscar nosso portfólio”, diz Marcelo. Um exemplo, é que na Região Sul gostam de um tipo de madeira, no Nordeste gostam de veios mais marcados.

“Depende muito da região, do que vai produzir, por isso que parte mais do cliente o que está no desenho. Na América Central e na Argentina, eles gostam de veios mais marcados, madeiras mais pesadas”, assinala o representante comercial da marca.

Já o tipo de desenho de fantasia é para quem faz roupeiro na parte interna, com prateleiras com imitação de linho ou tecido e as pedras são mais demandadas por quem faz cozinhas.Rotocrom

Tempo de gravação

O tempo de trabalho da Rotocrom no desenvolvimento da imagem até chegar no que o cliente moveleiro almeja não é demorado, se é algo simples ou gostar de uma imagem do portfólio da empresa, em até quinze dias está pronto. “Se ele quer desenvolver uma mostra, digitalizamos isso e demora até 20 dias no máximo, com o cilindro em posse do cliente”, diz.

Para a indústria moveleira, a Rotocrom aplica cerca de 30 cilindros por mês, mas são 900 a mil cilindros por mês contando os outros mercados que a empresa atua. A empresa tem capacidade para aplicar desenhos em mais cilindros do mercado moveleiro. “Agora o mercado está mais retraído e temos uma queda considerável na produção, o que está impactando”, conta Marcelo.

A empresa atende mais clientes de móveis seriados, pois em móveis planejados ainda não vale o investimento para que se possa ter um equipamento e fazer o móvel. “Uma Todeschini que faz móvel planejado, trabalham com várias empresas que fornecem para eles. Esses outros fornecedores dele, gravam conosco para produzir para eles, isso acontece também com relação à fita de borda e acabamos vendendo indiretamente à indústria de móvel planejado”, explica.

Movergs se manifesta em defesa do setor moveleiro gaúcho

Movergs lança manifesto em defesa do setor moveleiro gaúcho a respeito da elevada carga tributária, juros altos e falta de incentivos fiscais

Publicado em 29 de novembro de 2023 | 15:00 |Por: Thiago Rodrigo

O setor moveleiro gaúcho é um dos mais importantes do Brasil em número de empresas, produção, faturamento, empregos e exportação. Abrigando as principais marcas de móveis planejados e seriados do país – além da forte produção de estofados e colchões – o Rio Grande do Sul conta com 2.409 indústrias moveleiras que empregam 36.832 trabalhadores. É o quinto setor industrial que mais emprega no estado, gerando renda a milhares de famílias do Norte ao Sul do estado.

No entanto, segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), fatores internos e externos fazem com que as empresas tenham cada vez mais dificuldade para reduzir custos de produção e aumentar vendas – operando com margens de lucro apertadas, em alguns casos beirando o prejuízo, para não encerrarem suas atividades.

Elevada carga tributária; juros altos; falta de incentivos fiscais; a posição logística do Rio Grande do Sul (extremo Sul do Brasil) e queda no poder de compra e no consumo têm impactado diretamente o setor de bens duráveis, como os móveis.

Selo de indicação geográfica para móveis

No acumulado dos últimos 12 meses, temos IPCA de 4,82% e INPC de 4,14%, além de negativos: IGPM (- 4,57%); IPA-DI (-7,36%) e IPA-M (-7,60%). Nesse sentido, a Movergs manifesta sua total contrariedade à intenção do Governo do Estado do Rio Grande do Sul de aumentar a alíquota de ICMS de 17% para 19,50%, medida essa que traria uma nova preocupação ao setor moveleiro gaúcho.

A alta carga tributária afeta diretamente a competitividade dos produtos, portanto, aumento de impostos neste momento em que o poder de compra já está reduzido dificulta ainda mais o desenvolvimento do setor.

“A alta na alíquota de ICMS pode afetar o consumo, causando uma série de impactos que afetam negativamente o varejo e as indústrias – tanto as que produzem móveis quanto as que fornecem matérias-primas, máquinas, ferragens, tecnologia, entre outros segmentos que compõem a cadeia de madeira e móveis do RS. O setor como um todo sofrerá retração, com grande probabilidade de gerar demissões, uma vez que a demanda por produtos tende a cair”, informa a entidade em nota.

Comprometida com a defesa dos interesses de seus associados, a Movergs atua há 36 anos em prol do fortalecimento e do fomento de oportunidades para a cadeia produtiva de móveis. Dessa forma, a entidade formaliza seu manifesto contra a alíquota de ICMS em 19,50% e se mantém ao lado das indústrias gaúchas.

Leitz: novidades para o mercado moveleiro

Além da linha de serras Liptus para MDF de eucalipto, outros lançamentos foram a linha Edge para coladeiras de borda e o mandril Niro

Publicado em 29 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A fabricante alemã de serras para máquinas para madeira, Leitz, apresentou ao longo de 2023 diversas novidades para o mercado moveleiro. Uma das mais recentes é a linha de serras para marcenaria, comercializado nas revendas, Liptus, que sofreu melhorias para acabamento em MDF e MDP.

Com uma série de dimensões, o novo produto tem design atrativo indicado para chapas fabricadas com fibras de eucaliptos, que é mais densa, mais curta e mais dura. O sistema antirruído da serra é possibilitado com rasgos preenchidos com goma emborrachada que também dão maior estabilidade na serra durante o trabalho, mantendo-se mais rígida, além da redução de 5 decibéis no ruído.

A serra tem uma nova geometria do dente, que foi redesenhado e proporciona menor saída de cavaco e maior durabilidade. “Redesenhamos os ângulos de corte para ter durabilidade e acabamento melhor. A precisão do disco e da pastilha foram melhorados. Comparado com o modelo anterior, é muito mais preciso”, diz o supervisor técnico, Gustavo Christ.

A Leitz também possui um guia rápido impresso e digital de suas ferramentas, divididos por máquinas com serras, fresas, entre outros, para lojas de marcenaria. Além disso, para as lojas a marca oferece kits de seccionadoras formados por uma serra e riscador para determinada máquina e modelo dos fabricantes.

O material inclui dicas e soluções para o marceneiro ou vendedor da loja saber qual a melhor serra para indicar ou eventualmente, se tiver algum problema, identificar o que está acontecendo.Leitz

Ferramentas para coladeiras de borda

A Edge Expert é a solução da Leitz para tupias de entrada de coladeiras de borda que fazem o acabamento da superfície antes da colagem. “Como temos revestimentos difíceis de usinar, com alto brilho e outros mais sofisticados, é preciso cada vez mais ferramentas para oferecer uma superfície perfeita, com melhor adesão de cola e sem lascamento das bordas, para que não tenha nenhuma linha ou parte que apareça que haja um descolamento. Nesse sentido, é a união perfeita”, explica Vitor Ledur, presidente da Leitz Brasil.

A linha tem geometria de corte mais agressiva, com angulação inclinada que melhora o acabamento, seja o miolo do substrato de MDF ou MDP. “Assim como proporciona perfeito acabamento na borda do revestimento para que a junção entre fita e painel fique imperceptível”, destaca.Leitz

Segundo ele, a ferramenta proporciona enorme performance em metros lineares cortados, com relação custo-benefício muito positiva, seja a qualidade no painel do móvel como também no rendimento da diminuição do custo da ferramenta, diz Vitor.

Dentro da Edge Expert há vários tipos de produtos, cada um com sua aplicação e tipo de máquina, com corpo em aço e pastilhas soldadas.

Por sua vez, a Wispher Cut tem corpo em alumínio e pastilhas de diamante intercambiáveis. Híbrida, tem montagem de parte do corpo em aço e miolo da fresa em alumínio para diminuir peso e fazer com que as fresas fiquem mais leves na aplicação. “Com isso temos menos vibração, menos ruído e mais acabamento de corte, sendo ambientalmente correto com menor consumo de energia”, enaltece Gustavo.

A parte de alumínio é bem mais leve e traz maior vida útil do rolamento dos motores das máquinas por conta dessa leveza, trabalhando de forma mais suave. A linha Edge proporciona mais durabilidade de aresta de corte e maior vida útil.

“Quanto mais leve a ferramenta, tenho menos vibração e com isso mais durabilidade. Ganha-se em produtividade, ganha em performance de ferramenta, ganha em acabamento de peça e móvel fabricado e ganha em menos vibração da máquina e como consequência menos vibrações”, destaca Vitor.

Ferramentas para centros de usinagem

A linha de ferramentas para centros de usinagem está disponível em várias dimensões e alturas de corte, com números de dentes Z1 a Z3, sendo ferramentas para proporcionar melhor acabamento tanto nas superfícies dos acabamentos quanto nos miolos dos painéis, além de ter durabilidade maior.

“No centro de usinagem é muito importante a velocidade de avanço, como tem número de dentes elevados, é possível ter velocidades de avanços muito altas além do bom acabamento”, conta Gustavo.

Visando os centros de usinagem e furadeiras, a Leitz fez o lançamento de brocas para furos de dobradiças com os modelos Z3V3. “O anterior era uma só com dois dentes e agora com três dentes conseguimos oferecer maior vida útil, pelo menos 50% a mais, além de acabamento extremamente fino. Para quem deseja fabricar móveis de qualidade com arestas de corte perfeitas, são ideais, também sendo refiáveis”, assinala o supervisor. A solução garante maior produtividade tendo um dente a mais cortando, além do acabamento melhor.Leitz

Outro lançamento para centros de usinagem é o mandril Niro, porta-pinça em aço inoxidável que evita problemas de acúmulo de sujeira e corrosão, com diferencial na nova geometria de porca que fixa a ferramenta.

“As antigas têm uma porca maior e quando precisa fazer a usinagem mais próximos à peça, às vezes essa porca enrosca, colide e dificulta a entrada, então com esse formato mais fino é possível fazer usinagens mais precisas”, diz Gustavo.

O novo formato da porca e da nova chave permite fazer transmissão de torque muito maior no aperto com menos força, com uma fixação melhor. O mandril usa pinças da norma DIN, mais longas com maior área de fixação sobre a haste, o que significa mais rigidez.

Junto com o conjunto do mandril Niro há o sistema de troca com suporte para fazer manuseio e troca das pinças, composto por uma base metálica e sistema de rolamento com catraca, facilitando a troca de ferramenta, sendo instalado em uma máquina ou bancada próximo à máquina.

Leitz

Assistência técnica Leitz

Antes do serviço de pós-venda, na pré-venda a Leitz atua em conjunto com seu cliente. A empresa realiza o desenvolvimento de novos produtos de acordo com a demanda das indústrias e marcenarias. “Ou seja, se o cliente precisa desenvolver um produto novo e em cima disso ele precisa da ferramenta ideal e junto com ele e com o produto que ele precisa, da máquina que possui e do material que vai cortar, a gente desenvolve a ferramenta mais ideal para aquilo, temos esse trabalho”, afirma Gustavo.

No pós-venda, existindo algum tipo de problema, a marca atua junto ao cliente. A Leitz possui sua fábrica em Sebastião do Caíque em Rio Grande do Sul, posto de serviços em Bauru (SP) e outro em Curitiba (PR) e junto à fábrica mais um posto de serviço que atende toda a região Sul. Eles fazem a manutenção e afiação de ferramentas pós-uso. Para a região Nordeste, a empresa tem serviços de coleta em algumas regiões e recolhe a ferramenta e em outros casos é entregue por transportadora.

“Sempre tentamos trazer as novidades para expor ao público, a Leitz é conhecida por ter ferramentas arrojadas, sempre tentamos estar na frente. Nessa parte de know-how, conhecimento técnico e assistência é muito forte na nossa empresa. É reconhecida pelos clientes”, destaca Vitor, presidente da Leitz Brasil.

Investimentos da Leitz

Nos últimos anos, a Leitz teve um crescimento muito positivo que fez os proprietários alemães a investirem na unidade brasileira. “Este ano já recebemos diversos equipamentos novos de muita tecnologia, máquinas de afiação por laser, algo que não existe no País em nosso segmento. Investimos muito em automação porque os proprietários entende que a qualidade da Leitz é uma só, seja produzida na Alemanha ou em qualquer lugar do mundo”, assinala Vitor.

Os investimentos vem ocorrendo desde 2019, com uma área de 40 mil m² anexo ao terreno para um plano de ampliação. Todos os investimentos em equipamentos foram feitos nos últimos quatro anos de forma expressiva. Nos últimos meses a empresa recebeu novas máquinas com abastecimento robotizado e aumentou a capacidade de produção para tornar a entrega mais rápida e proporcionar a possibilidade de inovação em produtos, novas tecnologias, além de entregar um produto com performance superior a cada investimento feito para estar sempre inovando.

Abicol apresenta demanda em Brasília

Abicol participou de reunião na Câmara dos Deputados para resguardar a indústria de colchões no Brasil contra a invasão de produtos estrangeiros

Publicado em 28 de novembro de 2023 | 11:00 |Por: Thiago Rodrigo

Ontem (27 de novembro), representantes da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) participaram de uma reunião na Câmara dos Deputados com o presidente da Casa, Deputado Federal Arthur Lira, para discutir a proteção da indústria colchoeira nacional contra a entrada predatória de colchões estrangeiros.

O presidente da Abicol, Rodrigo Miguel de Melo, acompanhado do coordenador da comissão de Comunicação e Marketing, Sidney Gonçalves, da diretora executiva, Adriana Pierini, do empresário Carlos Pinheiro da Costa Júnior, e do notável industrial colchoeiro, Moacir de Melo, solicitou apoio no âmbito legislativo para resguardar a indústria de colchões no Brasil contra a invasão de produtos estrangeiros.

Durante a reunião, foi entregue um documento ao presidente da Câmara, apresentando a Associação Brasileira da Indústria de Colchões e expondo números do setor, além dos impactos para as fábricas nacionais caso colchões estrangeiros, sem a devida certificação, entrem no mercado brasileiro, gerando concorrência desleal.

Black Friday tem desempenho baixo

O documento destaca os prejuízos econômicos, a perda de empregos e os riscos ao consumidor decorrentes da entrada de colchões estrangeiros sem os devidos critérios de qualidade. Além disso, apresenta uma proposta de proteção da indústria colchoeira, sugerindo a revisão de acordos comerciais internacionais, o reforço na legislação para garantir a conformidade de todos os colchões, medidas de proteção contra a concorrência desleal e a intervenção do poder público em prol da indústria colchoeira nacional e do consumidor brasileiro. O pedido reforça quatro pontos específicos:

– Acordos comerciais: revisão de acordos comerciais internacionais, visando assegurar proteção para a indústria colchoeira brasileira;
– Normas e certificações: reforço de legislações que garantam a conformidade de todos os colchões comercializados no Brasil, retorno da anuência de importação e agilidade na revisão de regulamentos compulsórios;
– Combate à concorrência desleal: medidas que protejam a indústria nacional contra a concorrência desleal, evitando a comercialização impune de colchões que não atendam as normas estabelecidas;
– Dia Nacional do Colchão: a exemplo da Lei nº 13.064, que institui o “Dia Nacional do Café”, instituir um dia para destacar a importância de um bom colchão para a saúde e o bem-estar das pessoas, enfatizando a relevância do sono adequado para uma vida saudável.

A atuação proativa da Abicol em buscar apoio legislativo demonstra o comprometimento da associação em promover a competição justa, a sustentabilidade econômica e o bem-estar tanto da indústria colchoeira nacional quanto dos consumidores que ela atende. Espera-se que esses esforços resultem em intervenções por parte do Poder Público que fortaleçam a indústria brasileira de colchões contra ameaças externas, assegurando seu contínuo crescimento e prosperidade.

O documento traz em sua conclusão o seguinte texto: “ao reverter a dispensa equivocada de anuência de importação pelo Inmetro, podemos assegurar que os produtos estrangeiros atendam aos mesmos padrões rigorosos de qualidade impostos aos fabricantes brasileiros. Além disso, tal ação protegerá não apenas a vitalidade econômica do setor, mas também a segurança e bem-estar dos consumidores, evitando a entrada no mercado de colchões não conformes. Ao unirmos esforços em prol da indústria de colchões brasileira, estamos contribuindo não apenas para o fortalecimento do mercado, mas também para a proteção dos interesses dos consumidores e a preservação dos empregos e investimentos no país”.

Homag: diversas novidades no segundo semestre

Fornecedora de máquinas muda estratégia, inaugura showroom e destaca soluções para indústria moveleira e marcenaria

Publicado em 28 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Com 34 filiais e 14 fábricas, presente em mais de 100 países, o Grupo Homag é um dos maiores fabricantes de máquinas para madeira do mundo. Com tecnologias para diferentes mercados que trabalham o substrato, a indústria moveleira e marcenaria apresentou algumas mudanças no segundo semestre de 2023.

Em agosto, a Homag esteve presente na Fimma Brasil 2023 com uma participação institucional em outro estande, que contou com câmera ao vivo dentro do novo showroom da empresa em Bento Gonçalves (RS). Com um óculos de realidade virtual, foi possível ver apresentações ao vivo do showroom desde o espaço na feira.

A fabricante alemã está lançando diversas máquinas este ano, como o centro de furação H308, com três cabeçotes e que faz furação de duas peças simultâneas; novas linhas de coladeiras de borda, como a KL126, com alta velocidade com 28 metros por minutos e fim de canto; e a seccionadora B180 para suprir a necessidade de mais velocidade no corte.

A nova linha Nesting da Homag é configurável de acordo com as necessidades dos clientes, tendo alimentação automática e integração ao gerenciador de estoque da empresa. Trata-se de uma inteligência artificial que faz toda a administração do estoque de chapas e reduz o tempo de alimentação e tempo de parada a zero. “Além disso, a empresa tem o software de integração de todas essas máquinas para uma produção 4.0, no qual estamos trabalhando muito forte para a Indústria 4.0”, destaca o Regional Sales, Flávio Farage.

O showroom da Homag foi inaugurado na mesma semana da feira e é o primeiro escritório regional da marca fora a matriz em São Paulo. “Temos funcionários, técnicos, peças de manutenção, máquinas expostas para demonstração dos clientes, vai ser permanente com máquinas e eventos”, destaca Farage. São 600 m² de espaço, com quatro máquinas montadas e, posteriormente, cinco.

Mudança de estratégia da Homag

A concentração de lançamentos de máquinas está baseada na mudança de estratégia da companhia, a partir do novo diretor Mathias Runk. “Ele tomou a decisão de abrirmos o mercado mundial da Homag para o Brasil. Estamos trazendo muita novidade porque ele considera essa estratégia primordial dentro da Homag, uma empresa de ponta de tecnologia para movelaria com mais de mil patentes ativas”, diz Farage.

Ele também enaltece que 30% das máquinas para madeira vendidas no mundo são Homag. “A cada dez máquinas, três são Homag e as outras sete se dividem entre todos os outros fabricantes mundiais. Assim, com a Homag sendo a maior desenvolvedora de máquinas para móveis do mundo, o Mathias quer mostrar toda essa força para o Brasil”, garante.

A Homag está investindo pesado não só no showroom, mas em máquinas novas, sendo nove modelos novos de coladeiras de borda que serão lançados a partir de agora, com três equipamentos para indústrias e seis para marcenarias. A seccionadora B180 é modular, para marcenaria sem mesa elevadora e com pinça ou para indústria com mesa elevadora e o sistema Power Concept que é a pinça adicional para indústria que aumenta em 30% a produtividade da máquina.

“No geral, a empresa foca 50% para indústria e 50% para marcenaria e a Homag igualmente é conhecida pelas qualidades das máquinas, por ser uma empresa extremamente tecnológica, temos o lema ‘Your Solution’, então sempre que for pensar em uma nova máquina, olhe para a Homag que sempre temos uma solução para você”, enaltece Farage.

Fábrica da Placas do Brasil sofre incêndio e retoma atividades hoje (27/11)

Danos na unidade fabril em Pinheiros (ES) foram pequenos e produção retornará com suas atividades no dia 27 de novembro

Publicado em 24 de novembro de 2023 | 11:30 |Por: Portal eMóbile

No último domingo, dia 19 de novembro, aproximadamente às 14 horas, a fábrica da indústria de painéis de madeira em MDF, Placas do Brasil, localizada na cidade de Pinheiros (ES), foi surpreendida por um incêndio.

Segundo a empresa, devido à colaboração de todos os envolvidos: colaboradores da indústria, gestores, acionistas, empresas regionais, entidades, prefeituras, Governo do Estado do Espírito Santo com especial apoio do Corpo de Bombeiros o incêndio foi combatido.

Por dentro do móvel para quartos

A Placas do Brasil informou que todos que, prontamente, disponibilizaram-se a ajudar a combater o incêndio no momento, colaboraram para que as chamas ficassem restritas ao pátio de biomassa e aos silos de cavacos, causando poucos danos materiais. “Especialmente, vidas foram preservadas, não havendo vítimas durante o ocorrido”, diz o comunicado.

A indústria foi preservada, assim como os estoques ficaram intactos. Os painéis de madeira em MDF da Placas do Brasil já estão sendo comercializados e distribuídos normalmente. As áreas afetadas estão passando por manutenção e a empresa terá previsão de pleno retorno às atividades na próxima segunda-feira, dia 27 de novembro. A unidade fabril da Placas do Brasil fica localizada na Rodovia BR 101, km 19 em Pinheiros, no Espírito Santo.

Qualidade e eficiência em tintas e vernizes

Poliuretanos, acrílicos, base água, cura ultravioleta (UV) e até a combinação dos produtos base água com cura UV são algumas das evoluções em tintas e vernizes para móveis que garantiram melhor qualidade no móvel e eficiência no processo

Publicado em 24 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Ao longo dos mais de 20 anos deste século, o setor moveleiro evoluiu em diversas áreas. No design, as linhas, curvas, revestimentos, acabamentos, entre outros, tiveram transformações consideráveis, algo que o segmento de tintas e vernizes para a pintura e acabamento do mobiliário acompanhou, na verdade, fomentou muitas das mudanças vivenciadas pela indústria moveleira para oferecer mobiliários ainda melhores para o consumidor.

Marcelo Cenacchi, diretor geral da fabricante de tintas e vernizes, Sayerlack, afirma que a evolução foi constante, acompanhando e antecipando tecnologias não só nos produtos como nos processos de pintura. “Muitas delas foram impactadas pelo design do mobiliário que ao longo dos anos foi ganhando a devida importância nas indústrias, em todo o seu conceito: combinando funcionalidade e estética para atender as demandas dos consumidores”, assinala.

Entre as inovações, estão as linhas de produto UV que têm alta tecnologia embarcada nos processos de pintura, o grau superior de acabamento das superfícies para todas as linhas de móveis, além do alto padrão aos processos de impressão dos móveis seriados. De acordo com Cenacchi, os produtos que compõem o processo são os mais inovadores do mercado, proporcionando alta estabilidade nas linhas de pintura, uniformidade na cura e fino acabamento.

Tudo sobre tintas e vernizes para a indústria moveleira

Muitas das inovações nas aplicações de tintas e vernizes pelas indústrias moveleiras também em 20 anos foram incorporadas nas mais diferentes tecnologias: poliuretanos, acrílicos, base água, cura ultravioleta (UV), a combinação dos produtos base água com cura UV e o sistema de cura UV LED. “Podemos dizer que a evolução trouxe eficiência na pintura, melhor aproveitamento, melhoria da qualidade e menor desperdício. Tudo isto com tecnologias mais modernas e amigáveis ao meio ambiente”, garante o diretor.

A Sayerlack inovou e cooperou com indústrias de máquinas de pintura para impulsionar e atender as mudanças. Isso percorre desde linhas de pintura a rolo com cura UV, totalmente automatizadas, aos robôs de aplicação à pistola. Desse modo, a evolução foi bastante acentuada e proporcionou muitas opções de acabamentos, aprimorou a qualidade e possibilitou a aplicação de peças planas, curvas, tridimensionais, bordas e tudo que a fabricação do mobiliário necessita. “A evolução é conjunta na tecnologia das tintas e vernizes aliados aos sistemas e máquinas de aplicação”, frisa Cenacchi.

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Lidear aperfeiçoa furadeiras para setup reduzido

Lidear aperfeiçoa furadeiras com inovações e tecnologias que agilizam setup e melhoram processos da indústria moveleira

Publicado em 20 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Almejando a redução de tempo de setup e em oferecer mais facilidade para o operador do chão de fábrica da indústria moveleira, a fabricante de furadeiras Lidear incorporou inovações e funções tecnológicas em máquinas existentes e no seu mais recente lançamento, a furadeira CNC F600. Toda automatizada, ela faz a movimentação dos conjuntos (cabeçotes verticais e batentes de fundo) por meio de servomotores, facilitando a produção de pequenos lotes.

Conta com opcional de cabeçotes traseiros intercambiáveis que podem ser instalados em qualquer cabeçote vertical e habilitados no computador. “A máquina faz furos inferiores, de topo, superiores e traseiros”, destaca o diretor, Euclides Rizzi. Os cabeçotes traseiros fazem o furo na parte traseira da peça em simultâneo com a furação vertical.

Sequenciamento da produção moveleira

“Na hora que sobe o cabeçote, ele avança e faz a furação. Está dentro dos opcionais, tanto de dois eixos quanto de cinco eixos, pode colocar em qualquer conjunto vertical, não tem de estar fixo, por exemplo, preciso que a furação seja feita mais para o lado, preciso remover dois parafusos que fazem o aperto e posso fixar em outro lugar, troca fácil. Se não for utilizar é só guardar do magazine de ferramentas”, explica Rizzi.

O software próprio da Lidear que recebe toda a programação de medidas da peça com programas de furação que podem ser salvos com as posições dos cabeçotes, selecionar qual cabeçote pode ligar ou ficar desligado para economia de energia. “É possível fazer a gravação do programa e na operação só puxar o código da peça para fazer a operação”, destaca o diretor.

Além disso, o equipamento tem menor ruído e desgaste, registro de brocas utilizadas e fechamento mínimo 96, que facilita projetos com pequenas medidas, já presente em outras máquinas da marca. “Conseguimos manter esse fechamento entre dois cabeçotes, como no cabeçote número 2 e número 3”, ressalta.

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Selo de indicação geográfica para móveis

Selo de indicação geográfica é um mecanismo de reconhecimento da notoriedade de uma região em produzir bens e serviços específicos e pode ser uma boa criação de polos moveleiros

Publicado em 17 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Um selo que impulsiona a produção regional brasileira. É basicamente isto que se trata o selo de indicação geográfica, um mecanismo de reconhecimento da notoriedade de uma região em produzir bens e serviços específicos, sendo uma forma de proteção à propriedade intelectual brasileira. Isso significa que o Champagne produzido na França, os vinhos Bordeaux, Prosecco e do Porto, o presunto de Parma ou o queijo Canastra são produtos com qualidade exclusiva ao local de origem.

No Brasil, até 2022 eram 92 territórios reconhecidos como Indicação Geográfica (IG), de acordo com a Agência Brasil. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) a uma região que tem reputação por produzir um determinado produto, seja pela tradição e o modo de fazer ou por ambientes naturais que influenciam a qualidade final. Além do queijo Canastra, no Brasil também são famosos casos de IG o café da Serra da Mantiqueira de Minas, o Cacau do Sul da Bahia, a erva-mate de São Matheus do Sul, os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos.

Levamento feito por grupo técnico que envolveu o Inpi e o Sebrae, sobre as IGs no âmbito do consumidor, mostrou que 69,9% dos entrevistados escolheriam um produto com qualidade baseada na origem em função das características específicas e diferenciadas de outros produtos similares no mercado e 49,1% afirmaram que o motivo seria a tradição dos produtos. Sobre identificação, 44,7% responderam que procuram saber, no rótulo ou na embalagem, onde o produto foi produzido.

Estratégia para minimizar o abandono de carrinho

O mesmo levantamento foi feito com as entidades representativas sobre o uso das IGs e apontou que 85% têm a percepção que o consumidor final desconhece o que é uma IG e 78% têm a percepção que falta conhecimento da IG pelo mercado. Entre os produtores representantes do segmento, 78% acreditam que o Selo Brasileiro de IG fortalece o processo de comunicação com o consumidor final e 80% têm percepção que o selo deve considerar um processo de cadastro para identificar e acompanhar os produtores que irão utilizá-lo.

As indicações geográficas apareceram pela primeira vez na legislação brasileira em 1996, na Lei de Propriedade Industrial (LPI). Nela, há dois tipos de indicação geográfica no Brasil que são reconhecidos pela maioria dos países. A Indicação de Procedência (IP) concerne à fama que determinado produto adquiriu por ser vinculado à região que o produz, ou seja, é o reconhecimento de país, cidade ou região que se tornou notório pela extração ou fabricação de um produto ou prestação de um serviço. É o caso das “Uvas do Vale do São Francisco”.

Por sua vez, a Denominação de Origem (DO) requer processo mais apurado de validação científica, pois trata de produtos que têm características só encontradas nas regiões onde são produzidos. É concedida quando as características de um produto ou serviço resultam de influência do meio geográfico de um país, cidade ou região, incluindo fatores naturais e humanos. Isso significa que em nenhum outro lugar é possível fazer o mel de abelhas de Ortigueiras, no Paraná, bem como os serviços tecnológicos prestados pelo Porto Digital, em Recife.

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Transporte dos resíduos na logística reversa

Setor de transporte rodoviário de cargas busca ter papel mais efetivo para colaborar com a logística reversa, enquanto empresas de móveis e eletroeletrônicos contam suas práticas

Publicado em 15 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

O Brasil recicla apenas 2,1% do total dos resíduos coletados segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi criada em 2010 para ajudar na destinação correta de todo e qualquer resíduo sólido que foi reproduzido, vendido, consumido. Segundo a legislação, a sobra deve voltar e ser de responsabilidade da empresa e da indústria para dar a destinação correta para o resíduo retornado. Cada tipo de resíduo classificado precisa ter um destino correto de acordo com a própria lei.

Os benefícios para toda cadeia produtiva e sociedade com o controle de resíduos que gera a redução do impacto ambiental são inúmeros com a logística reversa bem executada. Com esse controle, é possível mitigar, cada vez mais, o descarte de materiais de forma errada, principalmente porque a maioria dos resíduos são nocivos para o meio ambiente e podem causar um grande estrago se houver o contato. Essa sustentabilidade e a conscientização com a preservação ambiental, gera economia de recursos com práticas mais eficientes, além de também trazer inovação e oportunidade para diversos setores.

Política de ESG da Abicol

Muitas empresas possuem políticas de logística reversa no qual recolhem os resíduos dos produtos que são fabricados por elas próprias. Por exemplo, a indústria farmacêutica tem programas para o recolhimento de embalagens de medicamentos. “Também existe para o transporte rodoviário de cargas, a reciclagem de pneus, baterias, entre outros materiais. Esse processo deveria ser aplicado em uma escala bem maior, a fim de reduzir, cada vez mais, o impacto que os resíduos geram no meio ambiente”, assinala Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística.

Contudo, não é o que acontece. Por isso, o setor de transporte de cargas enxergam mudanças na maneira em como a área encara essa situação. Para reverter o cenário por meio de ações em suas empresas, Gislaine acredita na mobilização dos administradores em controlar os resíduos gerados pelas instituições. “Os investimentos na área serão cada vez maiores, uma vez que a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade do fabricante em controlar os resíduos gerados estão mais evidentes”, aponta.

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