Diante de um público exigente, o Brasil mostrou mais uma vez a qualidade, a sustentabilidade e a criatividade da indústria e do design de móveis nacional durante a edição 2023 da Imm Cologne, na Alemanha, que marcou o retorno da feira após três anos de cancelamentos devido à pandemia de Covid-19.

Por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa desenvolvida pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), 27 indústrias brasileiras integraram a Missão Comercial Imm, enquanto 13 delas estiveram também em exposição na feira, em estandes projetados para destacar o mobiliário nacional.

– Cultura de inovação na indústria moveleira

O evento ocorreu entre 04 e 07 de junho na cidade de Colônia, reunindo 718 expositores de dentro e fora da Alemanha, além de cerca de 30 mil visitantes oriundos de 116 diferentes países, que colocaram a “economia circular” como um dos principais temas desta edição.

Cenário favorável para as empresas brasileiras, que puderam destacar seus diferenciais competitivos, certificações ambientais e o design integrado à indústria para um mercado exigente não só no que se refere a produtos que envolvam maior tecnologia e industrialização em sua produção, mas também que comprovem ciclos produtivos sustentáveis e autenticidade criativa.

Brazilian Furniture na Alemanha

As 27 indústrias brasileiras que participaram da Missão Comercial realizada por meio do Brazilian Furniture tiveram a oportunidade de participarem de rodadas de negócios presenciais que culminaram em 266 diferentes contatos comerciais, não só da Alemanha, como de outros oito países (Arábia Saudita, Espanha, França, Israel, Marrocos, Oman, Reino Unido e Suíça), totalizando US$ 13,9 milhões em negócios imediatos ou prospectados para os próximos 12 meses.

Além disso, as 13 marcas brasileiras que estiveram também em exposição na Imm, puderam apresentar suas novidades em móveis e soluções para o viver para visitantes qualificados das mais diversas partes do mundo, gerando 677 contatos e mais de US$ 18 milhões em negócios fechados e projetados.

“É com orgulho que mais uma vez vimos os produtos brasileiros sendo reconhecidos e apreciados internacionalmente. De fato, a indústria brasileira do mobiliário tem muito a oferecer especialmente em termos de design e sustentabilidade, fatores que vêm se tornando cada vez mais decisivos no que diz respeito à inserção de produtos e empresas no mercado europeu e global”, diz o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.

Com foco, portanto, em viabilizar oportunidades para ampliar a participação da indústria brasileira do mobiliário no mercado internacional, aumentando a visibilidade das marcas e dos produtos fabricados no Brasil, as ações do Brazilian Furniture na Alemanha em 2023 resultaram em US$ 31,9 milhões em negócios imediatos e prospectados para os 12 meses seguintes, a partir de 903 contatos, sendo cerca de 93% deles novos parceiros comerciais.

Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel, também comentou sobre o êxito das ações: “A participação do Brazilian Furniture e das empresas associadas na Imm Cologne foi outra ação estratégica para promover a expansão da indústria e do design brasileiro no mercado internacional, com importantes resultados já tendo sido alcançados ao longo deste ano. Estamos focados em oportunizar cada vez mais vitrines e ações que contribuam com o fortalecimento e a ampliação da presença das marcas e dos produtos brasileiros no mundo”. A próxima edição da Imm já tem data confirmada: 14 a 18 de janeiro de 2024.

A brasilidade pode ser considera como estilo do design de móveis brasileiro? É o que a revista Móbile Fornecedores tratou de discutir na edição 327 da revista digital e impressa para o setor moveleiro. Na reportagem, o design Dimitri Lociks traz diversas opiniões, conceitos e abordagens acerca de um estilo de design de móveis brasileiro. A brasilidade, por sinal, é tratada pela Abimóvel como característico do móvel nacional.

O presidente da Associação das Indústrias do Mobiliário, Irineu Munhoz, afirma que o design brasileiro é totalmente internacional e está presente de alguma maneira em todos os grandes mercados mundiais. “A maior influência não é externa, mas o próprio Movimento Modernista brasileiro que nos últimos 15 anos foi redescoberto por grandes especialistas nacionais e especialmente internacionais, o que tem colocado as indústrias e os profissionais em destaque no mercado mundial”, diz.

– Transformação do móvel de marcenaria

Segundo ele, no cenário internacional dos últimos 15 anos, o Design Moderno Brasileiro e seus grandes autores modernistas como Joaquim Tenreiro, José Zanini Caldas, Geraldo de Barros, Sergio Rodrigues e até mesmo Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin e Lina Bo Bardi, conquistaram o reconhecimento mundial, sendo presença quase que obrigatória em todas as feiras de móveis e design ao redor do mundo.

Mais recentemente, também, o design contemporâneo atual dos designers Fernando e Humberto Campana, Fernando Jaeger, Jader Almeida, Arthur Casas, Dimitri Lociks, Etel Carmona, entre outros, receberam prêmios, reconhecimentos máximos internacionais e tiveram belas exposições. Outras importantes marcas moveleiras para serem observadas e exploradas são Florense, Lovato, Modalle, Ornare, Sier, Tidelli, Uultis, Breton, Móveis James, entre tantas outras.

O design autoral brasileiro, especialmente o “moderno”, já é bastante conhecido na Europa e o presidente da Abimóvel acredita ter ainda mais potencial para crescer. “O Brasil tem uma identidade muito particular no design aplicado à indústria, questão inspirada por nossa formação cultural e pela multiplicidade de recursos materiais, bem como na produção típica de várias regiões do País, herança da criatividade e da diversidade do nosso povo. Nos últimos anos, o móvel brasileiro vem se destacando no mundo, justamente pela absorção de elementos que são únicos e particulares”, assinala.

Estilo do design de móveis brasileiro

Para Irineu Munhoz, a competitividade do design brasileiro está na criatividade dos seus designers, na identidade cultural do País, bem como na sua riqueza em recursos materiais. Além disso, destaca que a indústria brasileira de móveis também se apoia na tecnologia que permite recriar por meio de superfícies especiais, diversos recursos materiais únicos, como as madeiras nativas, texturas e elementos naturais como de rochas e minerais, além de couros e tramas, bem como a variedade de cores e padrões orgânicos que impulsionam nossa brasilidade.

– Leia a Móbile Lojista 399

É justamente essa pluralidade que define o potencial inovador e competitivo das empresas e dos produtos que são levados ao mercado global por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa da Abimóvel e da ApexBrasil. Para ele, o mobiliário brasileiro tem pluralidade, combinando técnicas artesanais tradicionais com maquinário high-end, matérias-primas naturais com materiais tecnológicos, luxo e sustentabilidade. Também conta com um rico storytelling com objetividade funcional, ntegrando, assim, o design, a marcenaria e a indústria. “Ou seja, nossa brasilidade”, pontua.

Design, indústria e brasilidade

Um novo momento econômico, de transformações sociais e com um novo ambiente de negócios se apresenta para o setor moveleiro e para as indústrias no mercado mundial. “Associado a esse cenário, enfrentamos também um grande desafio diante de uma conjuntura cada vez mais exigente e dinâmica: compreender as movimentações de mercado e os perfis dos novos consumidores, suas necessidades, desejos e preferências, transformando obstáculos em oportunidades”, avalia Munhoz.

Nesse sentido, ele conta que a indústria de móveis do Brasil tem buscado uma integração muito particular com os designers e com outros setores como o têxtil e de fibras, couro, aço, componentes e materiais sustentáveis, dentre outros que integram a cadeia produtiva e que inspiram um ambiente de maior criatividade, diversidade e diversificação de produtos. “Nos últimos anos, o móvel brasileiro vem se destacando no mundo, justamente por expressar essa junção de elementos ao mesmo tempo tão plurais e singulares, marca de nossa brasilidade, tão única em sua diversidade”, afirma.

Leia reportagem na edição 327 da Móbile Fornecedores

Depois do êxito alcançado em Milão no mês de abril, no mês de maio foi a vez de mostrar ao mercado norte-americano as novidades em produtos, matérias-primas, técnicas, estilos e práticas sustentáveis incorporadas pelas marcas brasileiras para o mercado mundial.

Dezenas de empresas associadas ao Projeto Brazilian Furniture, iniciativa da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), estiveram entre os dias 18 e 23 de maio em Nova York, nos Estados Unidos.

Parte da programação da Semana de Design de NY 2023, a primeira ação da agenda de atividades do projeto por lá foi a Missão Comercial NY, que ocorreu nos dias 18 e 19 de maio, com apoio do Consulado Geral do Brasil em NY, onde foram realizadas as rodadas de negócios.

Participaram 26 empresas brasileiras, que puderam negociar diretamente com dezenas de compradores internacionais de mercados-alvo para a indústria brasileira, tais quais os Estados Unidos, o Canadá e demais países do continente americano. Resultando, assim, em 1185 contatos e quase US$ 46,3 milhões em negócios imediatos ou prospectados para os 12 meses seguintes.

– Biesse faz imersão sobre Indústria 4.0

Já entre os dias 21 e 23 de maio, 13 indústrias brasileiras expuseram suas novidades e coleções em espaços especiais na ICFF. Além delas, outros 14 designers e 13 marcas apresentaram peças criadas colaborativamente por intermédio do Design Brasil + Indústria, programa de design integrado à indústria que é peça estratégica do Brazilian Furniture.

Os resultados em negócios realizados na feira também impressionam. No total, as empresas brasileiras realizaram 2183 contatos com compradores internacionais durante a ICFF, culminando em cerca de US$ 60,6 milhões em negócios fechados e projetados.

Brazilian Furniture nos EUA

Tudo isso, portanto, resultou em 3.358 contatos, sendo 87,3% deles novos parceiros comerciais, gerando cerca de US$ 106,8 milhões em negócios imediatos ou prospectados para os próximos 12 meses.

Mais um grande passo no fortalecimento do setor moveleiro e da indústria brasileira no mercado global, com os Estados Unidos, aliás, sendo o principal destino do mobiliário nacional no exterior. Em 2022, a indústria brasileira exportou mais de US$ 325,6 milhões em móveis e colchões para os Estados Unidos, representando 34% do total de exportações no ano passado.

Entende-se que o Brasil conta ainda com um potencial adicional de crescimento de 18,2% a curto e médio prazos, ou seja, entre três e cinco anos, em suas exportações de móveis para os Estados Unidos. Podendo atingir, dessa forma, um patamar de US$ 395,5 milhões, segundo projeções do Iemi para o Brazilian Furniture.

Embaixador brasileiro em Nova York na ICFF

Reforçando a importância da participação brasileira na ICFF 2023, o Cônsul do Brasil em Nova York, Embaixador Adalnio Senna Ganem, esteve presente no evento, visitando os espaços do Projeto Brazilian Furniture por lá.

“A visita ressalta a parceria entre a Abimóvel, a ApexBrasil e as embaixadas brasileiras no exterior, demonstrando o compromisso das entidades e do governo brasileiro no reconhecimento e fortalecimento da indústria de móveis nacional, um dos setores produtivos mais relevantes do país, que gera emprego, renda, investe em inovação e tecnologia, bem como amplia a participação do Brasil no mercado internacional”, fala o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.

“Tanto a exposição das marcas e produtos brasileiros na ICFF como as rodadas de negócios realizadas na Embaixada Brasileira em NY proporcionaram um ambiente propício para o estabelecimento de parcerias comerciais e a expansão dos negócios das empresas brasileiras de móveis nos Estados Unidos e outros mercados-alvo do setor por todo o continente americano”, completa Cândida Cervieri, diretora-executiva da entidade.

Compreender o papel da tecnologia e implantar soluções que aumentem a eficiência, a produtividade e a qualidade dos produtos. Este é o objetivo do Technology Day, dia dedicado à tecnologia e à revolução na indústria. Promovido pela Biesse, fornecedora mundial em soluções para a indústria da madeira, vidro, pedra, plástico e materiais avançados, em parceria com as empresas de software Top Solid e Promob, o evento gratuito acontecerá em 27 de junho, no showroom da Biesse, em Curitiba (PR).

– Customização nas máquinas de pintura para a indústria moveleira

Com vagas limitadas, a primeira edição do Tech Day terá como foco principal os softwares. Profissionais e empresas do setor poderão explorar diferentes tecnologias e participar de demonstrações interativas em máquinas, experimentações de softwares e discussões aprofundadas sobre a fábrica digital integrada.

Este será o primeiro de uma série de eventos promovidos pela Biesse ao longo do ano, abordando temáticas atuais e relevantes para o setor. “A Biesse, juntamente com seus parceiros, quer promover discussões, formações e experimentações. Esses momentos são fundamentais para o desenvolvimento de nossos clientes e uma forma de contribuirmos com o desenvolvimento do setor no Brasil”, afirma Alessandro Agnoletti, diretor comercial da Biesse na América do Sul. Para participar, basta se inscrever neste link TechDay Software.

Technology Day Software

Data: 27/06,
Horário: das 9h às 16h
Local: Rua Augusto Dias Paredes, 710. Curitiba (PR).
Inscrições gratuitas: www.live.biesse.com/event/tech-day-software

Aplicar uma cultura de inovação na indústria moveleira não é tarefa fácil, mas é possível como você pode ler na edição 327 da revista digital e impressa para o setor moveleiro, Móbile Fornecedores. Na reportagem, o professor do Isae – Escola de Negócios, Rafael de Tarso Schroeder, explica tudo sobre esse conceito.

A cultura de inovação também melhora a produtividade e competitividade das empresas, embora isso dependa de diversos fatores. Ao criar um negócio no Brasil, automaticamente se enfrenta uma série de desafios como a carga tributária e burocracia. Ao atuar em um setor como o moveleiro, fatores como mão de obra qualificada, demanda do mercado e cadeia de fornecimento, entre outros, impactam diretamente a competitividade e produtividade.

– Finalistas do Top Móbile em Fabricantes de Móveis

A cultura de inovação, parte do princípio de que as pessoas com um modelo mental inovador podem contribuir para que, apesar de todo esse contexto, as organizações tenham processos mais eficientes, produtos com diferencial para o mercado e serviços com atendimento mais humano e focado na experiência do cliente.

“A cultura de inovação não resolve todos os problemas, mas cria o ambiente interno, gera a provocação e oportunidades para contornar ou mitigar os riscos, de apoiar a empresa para alcançar os seus objetivos. O benefício direto da cultura de inovação está em despertar nas equipes aquela ‘pulga atrás da orelha’”, aponta, questionando:

“Como podemos fazer melhor? Será que podemos utilizar essa nova tecnologia para reduzir o nosso trabalho e gerar maior retorno para o negócio? Será que podemos ser mais sustentáveis e reduzir nossa pegada ecológica com esse novo produto? Indiretamente, as empresas que estimulam a inovação e obtém resultados, crescem, são polos de atração de talentos e, com uma boa governança, podem ser negócios atrativos para investidores”, afirma o professor do Isae.

Arquivo Pessoal

Rafael de Tarso Schroeder, professor do Isae

Programas de cultura de inovação na indústria moveleira

A cultura da inovação na indústria moveleira precisa ser cultivada para acontecer de forma orgânica, sistêmica e sustentável sendo cada vez mais autônoma dentro das empresas. Uma empresa alcança isso aplicando os métodos do conceito, mas atingir o resultado desejado depende do nível de maturidade da empresa.

“Algumas empresas nascem com a inovação no sangue, outras é fundamental sensibilizar os líderes, formar e empoderar as pessoas com ferramentas e ciclos de programas de inovação para a evolução acontecer”, afirma Schroeder.

Como avaliador de alguns prêmios de inovação, ele pontua que um caminho para começar e entender o estágio da empresa é participar dessas premiações. Outra ação é integrar a empresa com os agentes de fomento do Sistema S (Sebrae, Senai, Sesi, etc) e, se for necessário, tentar captar recursos para os projetos de maior risco.

Hoje há linhas específicas de inovação da Finep, BNDES, programas que, de forma subsidiada, levam mestres e doutores para as empresas. “Ou seja, é importante tratar a inovação não apenas como um setor, mas uma estratégia de crescimento do negócio”, ressalta.

Nesse caso de buscar um diferencial e fortalecer a cultura, ele destaca um movimento interessante que foi feito pela Fiep no Paraná, focado no setor de moda e que poderia ter algo similar para o setor moveleiro. A plataforma look moda (https://www.lookmoda.com.br/) é um marketplace que procura utilizar tecnologias par aproximar lojistas, indústria e facilitar o processo comercial.

Um exemplo de como movimentos em colaboração com o concorrente podem gerar oportunidades.

Os laminados de alta pressão são os produtos de melhor qualidade para o revestimento do mobiliário. Esse material oferece uma gama muito grande de desenhos, os chamados padrões, todos muitos diferenciados, bem como texturas, os conhecidos acabamentos, exclusivas e que muitas vezes não são encontradas em outros tipos de revestimento, seja pelo toque ou pela profundidade.

Por esses motivos, além da alta resistência proporcionada pelo modo de fabricação do material, os laminados são utilizados em móveis de alta decoração, no segmento de sob medida e em algumas coleções de maior valor agregado das indústrias de móveis planejados, que querem ter diferenciais em seus produtos e marcas.

Dentro do mobiliário dessas indústrias, os laminados são aplicados, em maior volume, em portas e frente de gavetas/gavetões, utilizando-se dos desenhos diferenciados e texturas especiais.

Entre esses acabamentos, estão o Ultra Poro (UP) em madeirados, Spatolatto (SA) em pedras e híbridos, como também o Ultimate Mate (UM) utilizado em cores escuras como preto e grafite, com tecnologia “anti finger print”, todos da fabricante de revestimentos laminados Pertech.

– Finalistas do Prêmio Top Móbile 2023

Em outra fabricante, a Formica®, os revestimentos são tradicionalmente utilizados no revestimento dos tampos dos móveis, sendo a participação mais significativa. A empresa tem tido maior volume de vendas em empresas como Florense, Kitchens e Ornare, havendo ainda uma participação muito importante das indústrias de móveis escolares.

Conforme aponta Libânio Goulart, gerente comercial da Formica®, os revestimentos laminados são indicados para diversas aplicações, são muitas possibilidades. “É de grande vantagem revestir frentes de armários, móveis com grandes portas, como a de guarda-roupas e em substituição ao vidro, como os revestimentos de maior espessura com acabamento em brilho, que entrega um efeito incrível”, assinala.

Edilson Dominicheli, diretor comercial e marketing da Pertech, nota também um aumento na demanda pelo “laminado compacto estrutural” ou “TS”, em chapas com espessuras que variam de 4 mm para portas colados em perfis a 15 mm para utilização em tampos podendo, em ambos os casos, ter o miolo da mesma cor da superfície.

Por sua vez, os revestimentos ecológicos da Lamiecco, que ainda que não sejam produzidos em alta pressão, entram nesta categoria, são utilizados por marcas de móveis planejados, sob medidas e alta decoração, sendo aplicados em portas de cozinha, portas de roupeiros e armários, móveis corporativos, painéis de decoração e móveis de banheiro, principalmente.

“Mas também podem ser aplicados em caixarias de cozinha, perfis de montagem da cozinha, ou seja, ambientes que necessitam de resistência a umidade, além de painéis de sala que demandam design arrojados e outra aplicação que pode ser expandida”, acrescenta Keni Pacheco, gerente comercial da Lamiecco.

Acabamentos

Lamiecco
Com os produtos da empresa, os moveleiros ajudam a retirar da natureza 8 milhões de garradas de PET. O produto não é fabricado em prensas, assim não é considerado um revestimentos de alta pressão, mas conta com processo moderno e atual, reciclando cerca de 47 milhões de garrafas PET por ano e colaborando para a retirada de resíduos plásticos do meio ambiente. Assim, são fabricados com até 90% de matéria-prima reciclada. “Com o aperfeiçoamento do nosso processo produtivo, ampliamos a gama de matérias-primas utilizadas, trabalhando com reciclagem pós-industrial e pós-consumo, reaproveitamento de sobras e aparas internas e coleta de aparas dos nossos clientes”, destaca Keni Pacheco. Entre os resíduos pós indústria, está a utilização de resíduos de fibra têxtil, que são compactados e inseridos no processo. Segundo a companhia, um levantamento realizado pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza) com base nos dados do Banco Mundial, analisou a relação com o plástico em mais de 200 países e apontou que o Brasil produz, em média, 1 kg de lixo plástico por habitante a cada semana. “A quantidade reciclada pela Lamiecco em um ano corresponde à produção de resíduo plástico de uma cidade com 40 mil habitantes pelo mesmo período”, compara a gerente.

Na Lamiecco, os acabamentos mais comercializados pela empresa são os madeirados Noce Amêndoa rajado, Gris Montana rajado, Noce Califórnia, Oliva Zayit Rajado, Noce Málaga Rajado; e os coloridos com textura Gianduia, Cinza Médio, Vermelho Cardeal e Ovo.

Keni assinala que os padrões aço escovado, alto brilho, padrões laqueados estão crescendo em procura pelas empresas moveleiras. “O motivo é a demanda de mercado e percepção que os clientes querem agregar valor devido a alta competitividade nos commodities”, avalia.

Na Formica, Libânio Goulart considera que as indústrias buscam sempre um acabamento diferenciado a cada coleção e a intenção é que ampliem os seus portfólios. “Nos revestimentos madeirados, buscam acabamentos que deixem a madeira de forma cada vez mais natural. Para as cores lisas, o acabamento oferece sensações especiais”, afirma.

Enquanto na Pertech, Edilson Dominicheli conta que desenhos e cores que remetem a natureza e provoquem estímulos sensoriais e aconchego são os mais demandados. “Destaque para nossa coleção Velutto, produto que conta com nano tecnologia, oferecendo um toque acetinado, ultra mate e com altíssima resistência a riscos superficiais, que inclusive podem ser removidos com uma esponja de melamina”, diz.

Inovações em laminados decorativos

Uma nova tecnologia da Pertech é a de “poro sincronizado”, no qual o gerente destaca que a Pertech® é pioneira e tem exclusividade dessa tecnologia nos laminados de alta pressão. Além da já destacada coleção Velutto que, como mencionado, utiliza nano tecnologia em seu processo.

Na Formica®, um acabamento de toque acetinado, que não registra a marca dos dedos quando o revestimento é tocado, foi o último grande lançamento: trata-se do acabamento antifingerprint da linha Ônix.

O revestimento antibactericida e antiviral, além de madeirados com alto desempenho técnico, resistência a umidade, padrões com imitação de madeiras nobres e acabamentos em relevos foram as novidades recentes da Lamiecco.

Tendências em laminados

Atualmente, existe um olhar especial para os ambientes e o momento em que vivemos acelerou a inserção do conceito de biofilia, além de trazer a necessidade de sentir bem-estar, acolhimento e aconchego. “Nesse contexto, os acabamentos estão com papel de destaque nas tendências, que explora a sensibilidade pelas texturas, não apenas por cores, tons e design”, aponta Goulart, da Formica® – o acabamento de toque acetinado da linha Ônix da empresa vai de encontro a isso.

A Pertech acredita muito nos padrões naturais como forte tendência, por isso a coleção Pietra ganhou dois novos desenhos que serão exibidos na ForMóbile. “Tem textura sincronizada e é diferente de tudo que já foi mostrado nos últimos anos, sendo uma tecnologia exclusiva da Pertech® para laminados de alta pressão”, pontua Dominicheli.

As possibilidades proporcionadas pelas máquinas de pintura para indústria moveleira em revestimentos e acabamentos são diversas. A reprodução do desenho da madeira ou cores sólidas, com ou sem textura, nas chapas cruas de MDF, MDP, HDF e compensados, se assemelha muito a um acabamento melamínico. Porventura, com a linha de pintura, ganha-se a possibilidade de criar qualquer outra cor que a indústria moveleira deseja para o móvel que deseja comercializar.

Como se sabe, esse processo pode gerar padrões exclusivos e uma personalização do acabamento do mobiliário do qual a fábrica de móveis pode aproveitar para alavancar suas vendas. “Podemos que considerar que a customização é uma das principais funções da linha de pintura, principalmente para empresas que necessitam de alta produtividade”, aponta Alexandre Pastrolin, gerente comercial Latam da Crippa Máquinas.

O que ainda não seja de conhecimento geral, é que as máquinas para linha de pintura vem evoluindo e se adaptando à necessidade e tendência do mercado que busca cada vez mais a personalização do móvel de forma rápida, produtiva, flexível e com menores custos.

A Maclinea, por exemplo, nos últimos anos vem oferecendo ao mercado de produção seriada a possibilidade da produção em larga escala de um produto mais próximo ao natural possível. “Isso dá aos produtores a possibilidade de trabalhar com acabamentos madeirados ou com cores sólidas e laqueadas, com qualidade e custos compatíveis a cada fabricante”, garante Moises Ortencio Ferreira, vendedor técnico da Maclinea.

– Encontro Nacional da Indústria de Colchões

Para as indústrias moveleiras que desejam inovar em novos padrões – sejam eles cores, madeirados, pedras, fantasias ou outros – e têm o objetivo de oferecer revestimentos personalizados, Ferreira salienta que o processo de pintura em linha garante isso com alta produtividade. As alternativas em maquinários apresentadas pela companhia nos últimos anos, sempre objetificou maior controle, maiores velocidades, menores tempos de setup e menores custos operacionais para a indústria moveleira, que pode se preparar para as novas realidades do mercado investindo na flexibilização das máquinas de pintura para a indústria moveleira.

“Atualmente em sistemas de impressão, quando falamos em acabamentos madeirados, trabalhamos com impressoras com sistema de aplicação direta, onde a gravação se faz em camisas emborrachadas, permitindo o setup de padrões de forma extremamente rápida, seja em máquina com um ou mais cabeçotes sincronizados, proporcionando independência e deixando a criatividade de cada indústria livre para produzir o que desejar”, afirma.

Além disso, tão importante quanto proporcionar um setup de padrão, a empresa busca dar condições para que o fabricante de móveis possa trocar a espessura do substrato em processo sem paralisação da linha e do fluxo de produção. “Esse é um sistema já amplamente aplicado que traz um ganho real de produtividade e tempo”, frisa o vendedor técnico da Maclinea.

Além das funções apresentadas, a linha de pintura diversifica os acabamentos na mesma chapa, deixando-a mais customizada. Um exemplo é fazer a pintura de um lado com acabamento madeirado e texturizado, que seria a parte externa do móvel e do outro lado apenas um acabamento liso branco, sem textura, que seria a parte interna do móvel, deixando-o mais econômico, pois o acabamento interno tem um custo menor e um projeto mais personalizado.

Igualmente, existem outras inúmeras vantagens do processo de pintura, considerando que os materiais já acabados (melamínicos) não podem ser retrabalhados caso seja danificado durante o processo de produção. “Diferente dos materiais pintados que podem receber um novo processo de pintura, caso seja danificados e ficam com o mesmo acabamento de antes”, avalia Pastrolin, da Crippa.

Continua lendo a reportagem na Móbile Fornecedores 318

As tintas e vernizes são responsáveis pelo acabamento e diferenciação do móvel, por meio da cor, textura e definição de brilho. Diferenciar qualquer tipo de móvel utilizando a escolha estratégica de acabamentos é possível com a pintura da madeira com as tintas.

Com isso, é possível oferecer peças personalizadas de olho nas tendências do mercado e de acordo com os atuais desejos dos consumidores, sendo a pintura utilizada no mundo todo como uma forma de diferenciar e agregar valor ao mobiliário.

“Na Europa e América do Norte a utilização de cores, texturas, diferentes opacidades são muito valorizadas e trazem personalidade e qualidade diferenciada aos móveis”, afirma o diretor da Sayerlack, Marcelo Cenacchi.

Isso foi comprovado recentemente por ele a partir da busca de muitos especificadores, na última Fimma Brasil, por novidades e formas de diferenciação por meio da pintura, buscando uma forma de tornar seus produtos exclusivos. “A pintura entrega este ‘encantamento’ e pode destacar o produto dentro de um mercado de opções muito similares”, destaca.

As tintas oferecem a tecnologia para promover resistência química e mecânica, protegendo o móvel de amarelamento, riscos e arranhões e ações de produtos de limpeza inadequados. “Também são utilizadas para criar texturas diferenciadas como a microtextura com toque aveludado que, além de melhorar o aspecto da madeira, facilita a limpeza do móvel”, acrescenta o diretor da Tecbril, Claudio Barbosa.

Se a presença das tintas e vernizes na personalização do mobiliário é fundamental, já que as diversas cores e variações de brilhos que a linha moveleira possui proporcionam um leque imenso de possibilidades, os revestimentos e/ou acabamentos mais demandados pela indústria moveleira para oferecer customização no móvel têm sido diversos.

– ESG na indústria moveleira

Barbosa conta que os revestimentos mais demandados para a customização são os produtos em poliuretano (PU), principalmente os acrílicos, que têm alta resistência ao amarelamento, resistência mecânica e química, com grande flexibilidade de cor e aspecto (textura, brilho, naturalidade).

Ele também lembra que há muitos fabricantes de móveis com maior valor agregado (alto padrão), que possuem cores próprias e exclusivas, desenvolvidas especialmente para eles e que não são disponibilizadas para outras empresas no mercado.

Leonardo Maruzi, responsável técnico da linha moveleira da Brasilux, assinala que por parte das empresas as indústrias têm apostado em produtos com tecnologia Ultravioleta (UV). “Além dessa linha oferecer um acabamento de alta resistência e secagem instantânea, oferece infinitas cores e impressões, facilitando a customização dos móveis”, explica.

Leandro Santos, supervisor da linha Flora, unidade de negócio especializada em tintas de alta performance para movelaria da Montana Química, diz que na companhia a maior demanda por customização é para os acabamentos em poliuretanos, conhecidos no mercado como Laca PU, seguidos pelo já consolidado acabamento Goffrato, disponível dentro dos catálogos MCS (Montana Color System) e do catálogo europeu NCS (Natural Color System) e Ral.

Os laqueados, madeirados e os efeitos especiais, com padrões que remetem a estilos decorativos como os metais nobres, as tramas de tecidos, o cimento queimado e o aço corten, são alguns dos acabamentos customizados que a Farben tem comercializado bastante. Enquanto na Sayerlack as demandas são as mais diversas, sendo que na maioria das vezes é por novas e diferentes cores e seus diversos acabamentos, além de efeitos diferenciados como o metalizado e o perolizado.

Tecnologias em acabamentos

As fabricantes de tintas e vernizes não ficam de braços cruzados produzindo e fornecendo seus produtos. Movimentam-se o tempo todo atrás de novas tecnologias em suas áreas de pesquisa e desenvolvimento. A Sayerlack está constantemente investindo justamente para atender às demandas dos mercados, desenvolvendo centenas de cores todos os anos e observando o movimento de diversos mercados, como da moda, buscando apresentar versões que são mais adequadas aos móveis.

“Estamos em busca de novas soluções que tragam benefícios aos nossos clientes, fabricantes de móveis, que os auxilie a agregar valor aos seus produtos. Muitas vezes levamos opções que nossos clientes nem conheciam e isto pode abrir muitas possibilidades para eles. Além da nossa vasta biblioteca de cores, desenvolvemos tonalidades específicas mediante a solicitação dos designers e das indústrias”, assinala Marcelo Cenacchi.

A Farben, nos últimos três anos, vem investindo em pesquisa e desenvolvimento para oferecer produtos de altas performance e que
possibilitem a personalização dos móveis tanto pela indústria em série como o mercado sob medida. Para os móveis seriados, foi estabelecido
parceria com a empresa italiana SRS, especializada em design de superfície. Com isso, a companhia criou padrões exclusivos a partir do uso de rolos de impressão.

“A SRS é uma empresa que está na vanguarda das tendências internacionais e este conhecimento e técnica agora também estão disponíveis aos clientes Farben”, destaca Ilmar Broch, gerente técnico comercial. Os produtos desenvolvidos integram a linha High Design, composta por outras possibilidades de personalização, enquanto para o mercado de móveis sob medida, lançamos a linha High Decor com produtos que atendem o consumidor que quer mais exclusividade.

“Essa linha tem uma gama de possibilidades, mas o destaque é para a possibilidade de pintar outros materiais além da madeira. Há uma tendência de misturar materiais como vidro, aço e alumínio nos móveis e as Tintas Farben possibilitam a pintura de todos eles. Puxadores, perfis de alumínio, tudo poderá ser pintado. Os arquitetos e designers querem muito móveis com efeitos especiais e a linha High Decor atende a esta necessidade com cerca de 1,2 mil cores metálicas ou perolizadas e mil cores lisas”, evidencia Ilmar Broch.

Na Brasilux, como resultado do contato direto que a marca tem com seus clientes, a empresa levou para sua unidade produtiva todas as solicitações que o mercado moveleiro busca em relação aos revestimentos e tendências. “Nesse sentido, lançamos produtos diferenciados com alto teor de sólidos que oferecem maior desempenho e melhor acabamento dos móveis, com destaque às resistências superficiais a riscos e abrasão”, diz Maruzi.

Com um corpo técnico e laboratório focado em pesquisa e desenvolvimento atento a todas as tendências do mercado moveleiro, os acabamentos da Montana são formulados com elevada tecnologia que permite sua aplicação em múltiplos substratos, de acordo com Santos, tais como: revestimentos em painéis de MDF, MDP, madeira maciça, vidro, metal e até mesmo plástico. “Com isso a Montana permite liberdade de escolha para os profissionais de criação como designers e arquitetos em seus projetos”, acrescenta.

A Tecbril tem como um dos diferenciais estar sempre próxima aos clientes, oferecendo consultoria na área de pintura, desenvolvendo conjuntamente as melhores soluções, inclusive auxiliando na escolha dos equipamentos mais adequados para o resultado esperado. “Investimos constantemente em pesquisa e desenvolvimento, sempre atualizados com as melhores tecnologias utilizadas no mundo, principalmente na Europa”, afirma o diretor da empresa.

Inovações na personalização dos móveis

Além das inúmeras soluções apontadas pelas fornecedoras de tintas e vernizes até aqui, ainda há muitas outras a serem exploradas pelas indústrias moveleiras. A primeira dessas inovações no mobiliário é o Efeito Naturalíssimo da Tecbril, para os que procuram por produtos com aspecto natural da madeira, além de proteger o móvel e impermeabilizá-lo, evidenciando a beleza natural da madeira.

A Brasilux oferece diversas opções de acabamentos para o setor moveleiro e o responsável técnico da empresa sugere duas delas, os produtos poliuretano de alta resistência e nitrocelulose com secagem rápida, que possem excelente custo-benefício e que atendem as exigências do mercado em personalização e diferenciação das cores e dos acabamentos.

A Montana disponibiliza para seus clientes uma estrutura laboratorial para desenvolvimento de cores especiais e até mesmo efeitos de pintura, caso dos acabamentos metalizados e/ou perolizados, também para aplicação em variados substratos como madeira, painéis de MDF, MDP, vidro e metais. Por sua vez, a Farben destaca para diferenciação, especialmente nos móveis destinados a quartos de crianças, hospitais e clínicas hospitalares, a tinta antimicrobiana que protege as superfícies dos móveis contra fungos e bactérias, dando proteção ao móvel e às pessoas.

Designers e indústrias podem diferenciar seus móveis criando padrões exclusivos para suas linhas como se fossem uma assinatura. Nesse sentido, a Sayerlack pode auxiliar e facilitar esses desenvolvimentos realizando a simulação de todos esses padrões em seu Laboratório de Simulação. Uma inovação específica apontada pela empresa são os interiores de roupeiros com um padrão visual que simulam um tecido, como o linho, para conferir sofisticação e aconchego para o consumidor que também observa a pintura interno dos móveis.

A partir dos processos de pintura do chão de fábrica, Cenacchi cita as inovações proporcionadas pelos inúmeros sistemas de impressão direta ou indireta para linhas de pintura de grande escala. “Nesses sistemas, oferecemos novas e criativas alternativas no desenvolvimento tanto dos padrões madeirados como em efeitos visuais diferenciados como tecidos, tramas artesanais, couros, concreto e metais com alta qualidade e grande diferenciação na definição destes sistemas de impressão”, pontua. Esses processos de pintura/impressão podem ter efeitos em alto e baixo relevo dando maior profundidade e realidade aos padrões desenvolvidos.

Tendências em tintas e vernizes

O olhar da Sayerlack está em sintonia com as tendências internacionais de diversos segmentos para traduzir, nos processos de pintura, todo um conceito em torno das superfícies: desde a utilização criativa da cor, uso de texturas, efeitos tridimensionais, a combinação entre diferentes materiais ou mesmo a transformação da madeira natural. “Com o mundo globalizado e com tantas tendências de design para se inspirar, a pintura é o fator que acompanha e introduz as novidades com maior agilidade no mercado”, destaca Cenacchi.

Broch, da Farben, avalia que no segmento de alto padrão, a tendência é utilizar efeitos especiais simulando estilos decorativos, como o cimento queimado, o aço corten e metais nobres. Igualmente, está muito presente o uso de múltiplos materiais em um mesmo móvel e, além da madeira, aplica-se vidro, alumínio, entre outros elementos. “Já nos móveis seriados, a tendência é a impressão de padrões de madeiras nobres, pedras, tramas de tecidos e ripados. Nas cores, os destaques são o Blue (azul petróleo), o azul índigo, o Green (verde água) e Milk Shake (rosado)”, pontua.

A Tecbril tem percebido uma forte tendência em acabamentos foscos e naturais. “Nesse sentido, verificamos maior procura pelos produtos à base d’água, que têm alta resistência e grande apelo ambiental/ecológico. Além disso, outra tendência que observamos é a mistura de materiais em um mesmo móvel: vidro, madeira, metal, couro, tecidos, entre outros”, diz Barbosa. Outra grande tendência segundo ele, que já é realidade na Europa, são os produtos impregnantes à base d’água, que contribuem com as tonalidades da madeira de forma natural e são ecologicamente responsáveis, pois não tem emissão de CO2 no meio ambiente.

A Brasilux pontua nas tendências no mercado moveleiro que cada segmento terá diferenciais específicos. Por exemplo, uma linha de pintura de berços e brinquedos terá novas cores e produtos isento de metais pesados, enquanto uma linha de tintas para cozinha e escritório terá revestimentos com alta resistência a abrasão e limpeza. Outro tipo de acabamento que estará em alta são os foscos com alta resistência e aspecto superficial “toque de seda”. “Esse tipo de acabamento concentra toda a sofisticação dos revestimentos moveleiros e novidades dos acabamentos metálicos, deixando os móveis mais modernos”, avalia Maruzi.

O supervisor da linha Flora, da Montana Química, enxerga que atualmente há uma forte tendência para produto fosco e uso de lâminas naturais de madeira, com a utilização de revestimentos que mantém as lâminas o mais natural possível. “O mobiliário passa a compor o ambiente em consonância com os elementos construtivos como a alvenaria, esquadrias e mesmo o sistema de iluminação, que inclusive pode receber a mesma pintura do mobiliário”, define.

Maio de 2023 entra para o calendário da Flexform com a pontuação de 98 conquistando o selo Great Place to Work (GPTW), a principal autoridade global certificação, uma consultoria global para auxiliar empresas a alcançarem bons resultados. O GPTW destaca as melhores empresas para se trabalhar.

O ranking é resultado de uma análise criteriosa. São 57 anos que definem a história da indústria brasileira Flexform, líder nacional na fabricação de cadeiras e assentos.

– ESG na indústria moveleira

Desde a fundação, em 1965, tem revolucionado o mercado de cadeiras de escritório com soluções que unem design, tecnologia, sustentabilidade e expressam personalidade e estilo.

O selo chega para validar o comprometimento e processos criativos, todos atrelados aos pilares da empresa: “Aqui trabalhamos com alegria, Espírito de Dono, Excelência no que faz e Gestão sem atalhos”.

Um dos pontos altos: o título é apenas um reflexo da organização e da cultura presentes na rotina das empresas e que são percebidas pelos colaboradores.

Flexform

Fundada em 1965, a Flexform é líder nacional na fabricação de cadeiras e assentos, pioneira em novas tecnologias e sistemas patenteados como os mecanismos utilizados em cadeiras operativas: Excêntrico e Universal.

Com essa filosofia, a empresa cria em 1996 o Laboratório Galileo, o primeiro do país no segmento de poltronas acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) – CLF 0056 – consulte nosso escopo atual em www.inmetro.gov.br. Com o Galileo, pesquisas, ensaios técnicos e avaliações técnicas de cada componente das cadeiras Flexform são cuidadosamente testadas, certificando uma das maiores garantias do Brasil, 7 anos.

Na década de 90, a empresa realizou sua expansão e projetou sua planta atual: um parque industrial de 55 mil metros quadrados de terreno e 28 mil metros quadrados de área construída. Hoje, são mais de 60 produtos em seu portfólio, em modelos e combinações, entre cadeiras operativas, executivas, de coletividade, auditórios e gamers.

O número de máquinas instaladas na indústria moveleira brasileira em 2020, diminuiu 0,5% no total, em relação ao ano anterior. Em 2021, comparado a 2020, este valor foi compensado com o crescimento de 0,5%. Os dados são do relatório Brasil Móveis 2022, produzido pelo Iemi – Inteligência de Mercado. Dentro do total de máquinas instaladas, encontra-se as máquinas para embalagem, do qual a Projepack é uma das principais fabricantes para o setor moveleiro.

Na época da pandemia, a empresa teve alta demanda por seus equipamentos, acompanhando o grande fluxo de venda de móveis. Conforme aponta o diretor, Roberto Trevisan, “foram os dois melhores anos da história da Projepack em termos de vendas. Houve uma compra maior vindo das empresas que tinham o e-commerce como canal de venda e a Projepack acompanhou esse boom com a venda de equipamentos para embalagem termoencolhível”.

Passado essa ótima fase, em 2022 houve queda nas vendas em relação aos dois anos anteriores. Para o futuro, o diretor da Projepack não consegue fazer uma projeção para os próximos anos. Isso ocorre devido às instabilidades econômicas e as incertezas quanto as políticas econômicas que virão. “É difícil prever algo”, resume.

O atual cenário da oferta de financiamento de máquinas, considerando crédito e juros, além do impacto cambial, não está favorável e o volume de oferta de financiamento está muito pequeno. “A questão cambial tem impactado bastante nossas máquinas, pois toda parte elétrica é importada. Assim, mesmo que elas sejam nacionalizadas no Brasil, ela sofre os reflexos do dólar”, explica.

Projepack

Embalagem de móveis montados com aplicação de cantoneiras e plástico termoencolhível para substituir caixa de papelão, aplicado com a máquina de embalagem Modular G

Embalagem

Trevisan assinala que a Projepack está sempre atenta e acompanha as tendências em embalagem final por meio de seu setor comercial e de engenharia. A partir disso, oferece o serviço de venda consultiva, ao qual faz uma análise da fábrica de móveis – no ponto de vista de produção de fim de linha – e dispõe de máquinas específicas para embalar móveis para venda no e-commerce. “Entregamos a melhor opção para a realidade de cada empresa”, enaltece.

O sistema termoencolhível é o mais utilizado pelas indústrias moveleiras, substituindo o papelão. Ela é feita apenas com a aplicação do filme e com ou sem aplicação de cantoneiras (dependendo das características de logísticas de cada empresa e se o produto for montado ou desmontado). Outra possibilidade do sistema é como uma camada extra de proteção, após o produto ser colocado em caixas de papelão.

O termoencolhível oferece como vantagem sua resistência a umidade por sua característica de se moldar ao produto depois de passar por aquecimento. Isso ajuda, inclusive, na otimização de espaço no momento da estocagem.

“Estamos nos adequando ao conceito de Indústria 4.0 para que nossas máquinas integrem e utilizem a mesma linguagem da linha fabril dos nossos clientes”
Roberto Trevisan
Diretor

“A Projepack além de fornecer o equipamento para a aplicação do sistema termoencolhível, conta com know-how de 27 anos sendo especialista em desenvolver máquinas para os sistemas termoencolhível e stretch. Contamos com uma equipe de vendedores com conhecimento técnico que poderá orientar as empresas que queiram migrar para esse tipo de sistema, levando em consideração um estudo de custo-benefício junto com a indústria”, destaca Trevisan.

Para as empresas que ainda não possuem esse tipo de sistema, o diretor da fornecedora de máquinas para embalagem sugere que elas devem analisar as exigências do mercado que atendem e ficar atenta as demandas dos consumidores, lojistas e e-commerce para poder oferecer um produto em uma embalagem adequada, levando em consideração que o produto hoje em dia passa por muitos processos de logística para chegar ao cliente final.

“É sempre importante ressaltar as dimensões continentais do Brasil, que demandam mais atenção a embalagem final para que o produto chegue em boas condições no seu destino, evitando assim gastos com assistência técnica”, observa.

Máquinas de embalagem de móveis

A área de embalagem dos móveis é um processo que tem alta produtividade pelo maquinário e velocidade por parte da mão de obra. No entanto, a flexibilidade de aplicação é algo cada vez mais buscado pela indústria moveleira. Nesse sentido, além de equipamentos padrões que oferecem alta produtividade, a Projepack conta com uma equipe de engenharia para desenvolver, em conjunto com as empresas, soluções em equipamentos para a embalagem final conforme as particularidades e demandas de cada fábrica de móveis.

“Além dos benefícios mencionados, entendemos que empresas tem necessidades específicas e a Projepack busca, com projetos personalizados, atender essas demandas de acordo com a produção do cliente, ganhando assim processos de embalagem mais eficientes”, considera Trevisan.

A economia de energia e de material (plástico e papelão), também é algo buscado pelas empresas moveleiras. Bem como pela Projepack, que são fatores essenciais nos processos de venda da empresa. “A economia de energia e material são, junto com a aumento da produtividade, os carros-chefes da Projepack”, frisa o diretor.

– Fornecedores colaboram para móvel sustentável

Isso ocorre com o uso racional do material plástico com a aplicação automatizada, mas com o diferencial da Projepack no túnel de encolhimento que faz o reaproveitamento da energia, utilizando o ar já aquecido e necessitando menos potência para gerar calor, segundo Trevisan. Isso proporciona uma boa eficiência do produto e economia.

“Além disso, nossos equipamentos substituem a mão de obra e o uso de papelão, de forma a padronizar o processo de embalagem. Desta forma, a indústria moveleira pode usufruir de um equipamento mais econômico, no ponto de vista de energia e de materiais, e aumentar a produtividade do processo de embalagem”, pontua.

Se o papelão e o plástico termoencolhível fazem parte da maioria das embalagens dos móveis, a empresa possui três séries de equipamentos, que podem atender o setor moveleiro com plástico termoencolhível, para pequenas, médias e grandes empresas: as séries Compacta, Modular e Formadora.

Cada uma delas têm características que poderão adequar as necessidades das fábricas de móveis em sua amplitude, aponta Trevisan. Ele destaca, primeiramente, a Série Modular, que oferece equipamentos para embalar móveis montados, desmontados e sem parada de equipamento para troca de bobina (Setup Zero). Igualmente, máquinas que oferecem alta produtividade que é o caso da Série 1000, que opera sem parada para selar o volume, além de ser setup zero.

Projepack

Embalagem de móveis desmontados com aplicação de termoencolhível como camada extra de segurança, utilizando a máquina Setup Zero