Setor moveleiro da Paraíba ganha impulso e vê oportunidades

Retomada das vendas ganharam mais velocidade no segundo semestre e setor moveleiro da Paraíba vê oportunidades surgidas com a crise

Publicado em 26 de agosto de 2020 | 15:01 |Por: Thiago Rodrigo

Passados cinco meses após o início da pandemia e todas as suas consequências para a economia, o setor moveleiro da Paraíba, um dos mais impactados pelas restrições e isolamento social, começa a ver um horizonte de oportunidades, algumas delas surgidas também devido às mudanças impostas pela Covid-19.

Pesquisa da consultoria Boa Vista SCPC, de junho deste ano, mostra os principais desafios dos empreendedores do varejo e da indústria moveleira. Uma delas se refere às vendas online, que passaram a ter um papel crucial para as empresas. No total, 83% das empresas consultadas afirmam que estão utilizando ferramentas digitais para incremento nas vendas.

Desde o advento da crise, 45% das empresas procuraram se adaptar à nova realidade e 69% afirmam que as ações tomadas serão permanentes no futuro. Entre elas: vendas online, utilização do delivery, reforço das apresentações dos projetos de forma virtual e adoção do home office para redução de custos.

Setor moveleiro da Paraíba

É o caso, por exemplo, do empresário João Paulo Ferreira, diretor da Real Marcenaria, empresa que faz parte da Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefatos de Madeira da Paraíba (Amap-PB). Ele conta que, desde o início da pandemia, a empresa reuniu os funcionários para explicar sobre as novas dinâmicas do trabalho e os planos para manutenção dos empregos.

“Entre a segunda quinzena de março e primeira quinzena de abril houve uma parada nos projetos. Tivemos uma queda nesse período na casa de 60%. A partir do mês de maio, começamos a ver uma volta ao consumo, com as pessoas mais acostumadas com a nova realidade. Durante todo período fomos impulsionados, ainda mais, a utilizar as plataformas digitais para apresentação de projetos junto aos clientes e muitos negócios foram gerados por meio dessas plataformas. Acredito que conseguiremos compensar parte das perdas que tivemos nestes meses de baixa”, explica.

Sindicatos acordam convenção coletiva em Bento Gonçalves

Com a reabertura gradativa do comércio, o setor começa a experimentar uma demanda por projetos de móveis planejados, especialmente para quem precisa adaptar a casa e o trabalho aos novos padrões de funcionamento.

“A exigência de ficar em casa e de trabalhar remotamente mudou o comportamento de consumo. Surgiram demandas por pequenas reformas, começando pela troca do mobiliário e itens de decoração. Isso tem refletido positivamente para nossa indústria. Estamos preparados para atender aos clientes nessa onda de consumo que está chegando”, confirma Reginaldo Galvão, presidente da Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefatos de Madeira da Paraíba (Amap/PB).

Aprendizados com a crise

Foram quatro aprendizados do setor moveleiro da Paraíba gerados pela crise da pandemia de Covid-19:

– A importância de ter estruturas mais enxutas e versáteis, capazes de adaptar-se rapidamente a todo tipo de mudança e cenário.
– Não há mais espaço para amadorismo no âmbito administrativo das empresas. Quem não levar a sério e buscar conduzir com eficiência seu empreendimento, estará fadado ao insucesso.
– A necessidade de ter um bom time, coeso, comprometido, além do monitoramento de novas plataformas de trabalho.
– É indispensável a empresa ter presença digital. De acordo com a Ebit, a pandemia acelerou o processo de digitalização. Enquanto as grandes indústrias e redes varejistas já usufruíam de plataformas online, pequenos lojistas correm contra o tempo para implantarem mudanças em sua estrutura de vendas.setor moveleiro da Paraíba

Sindicatos acordam Convenção Coletiva para o polo moveleiro de Bento Gonçalves

Acordo resulta num reajuste de 4,3%, equivalente ao INPC do período, percentual de reposição salarial já inclui a antecipação de 1% realizada em agosto de 2019

Publicado em 25 de agosto de 2020 | 11:02 |Por: Thiago Rodrigo

O Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom) concluíram na última sexta-feira, 21, o processo de negociação da Convenção Coletiva 2020/2021.

O acordo resulta num reajuste de 4,3%, equivalente ao INPC do período, sendo vigente para as empresas do setor moveleiro localizadas no polo de Bento Gonçalves – que inclui quase 300 indústrias de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza. A diferença salarial poderá ser paga em duas parcelas, nas folhas de agosto e setembro. Salienta-se que o percentual de reposição salarial já inclui a antecipação de 1% realizada em agosto de 2019.

A Convenção Coletiva versa, entre outras determinações, sobre os pisos salariais e benefícios ao trabalhador. O documento determina como salário admissional da categoria (para o período de experiência de 60 dias) o valor de R$ R$ 1.380,00. O salário intermediário é de R$ 1.415,00 e, a partir de seis meses de empresa, o empregado passa a receber R$ 1.600,00. O acordado entre as entidade é válido até o dia 31 de janeiro de 2021.

Para ler o documento na íntegra, acesse o documento “Extrato Acordo CCT 2020/2021” no site do Sindmóveis: www.sindmoveis.com.br/portal/inicial/.

Produção de móveis do Rio Grande do Sul registra alta pelo segundo mês consecutivo

Foram fabricadas cinco milhões de peças, representando aumento de 30,6% na comparação com o mês de maio

Publicado em 25 de agosto de 2020 | 10:02 |Por: Thiago Rodrigo

O mês de maio marcou uma retomada do setor moveleiro gaúcho com números positivos para a produção de móveis desde o início da pandemia. E os dados do relatório Conjuntura e comércio externo do setor de móveis no Brasil, com informações de junho e julho, segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) e produzido pelo Iemi – Inteligência de Mercado, corroboram para a confiança de evolução dos negócios por parte dos empresários ao mostrar que o mês de junho também foi de alta. Em junho, foram produzidas cinco milhões de peças, representando aumento de 30,6% na comparação ao mês de maio.produção de móveis

Exportações

Seguindo a mesma tendência, as exportações vêm registrando avanços desde maio, com alta de 27,6%, junho aumento de 18,6% e o julho registrou elevação de 13,2%. Com isso, o saldo da balança comercial em junho ficou positivo em US$ 12,8 milhões.

Em julho, os Estados Unidos lideraram como país destino das exportações de móveis do Rio Grande do Sul com 26,5% dos valores, seguido pelo Uruguai com 18,2% e Chile, com 11,0%. O destaque também ficou para o crescimento expressivo das exportações para Porto Rico e Costa Rica em julho de 2020 em relação ao mês anterior.

Dados do Iemi mostram também que o consumo aparente de móveis no Rio Grande do Sul em junho registrou volume foi de 4,2 milhões de peças, o que significa aumento de 33,7 em relação ao consumo registrado no mês anterior.

Duratex lança a linha Quadratta para indústrias de planejados e modulados

Com foco nas indústrias de móveis planejados e modulares, Duratex lança a linha Quadratta com quatro novos padrões

Publicado em 24 de agosto de 2020 | 10:28 |Por: Thiago Rodrigo

Atualmente, grande parte dos móveis fabricados utilizam como matéria-prima o MDF (Medium Density Fiberboard) ou o MDP (Medium Density Particleboard). No segmento de móveis planejados ou sob medida não é diferente. Desenvolvidos para atender todas as necessidades de um projeto de decoração – seja em função do espaço, praticidade ou estilo -, os mobiliários planejados permitem a criação de modelos únicos e totalmente personalizados. Pensando nisso e atenta às demandas da indústria que visa a diversificação dos seus produtos, a Duratex lança a linha Quadratta.

Usando o estímulo dos sentidos como diretriz para explorar os simples prazeres por meio das sensações como o toque e a visão, a linha Quadratta traz uma microtextura híbrida que alia a geometria a um efeito ótico que traz movimento ao conjunto. Por isso, suas composições tornam as superfícies mais atraentes e táteis, além de agradáveis, calmas e relaxantes, contribuindo para criar ambientes exclusivos e confortáveis.

Linha Quadratta

A linha Quadratta é composta por quatro padrões que reforçam a sensação de bem-estar e receptividade e agregam valor e diferencial ao projeto mobiliário. Entre eles, destaca-se o Fibra Nativa, que transmite aos ambientes internos a sensação de genuinidade e acolhimento a partir do uso de um material natural como a palha, mantendo vivas as técnicas artesanais e celebrando a beleza do entrelaçamento e suas imperfeições, criando produtos e ambientes intrigantes e únicos. O toque tátil da linha reforça a sensação de bem-estar e faz com que o móvel se aproxime ainda mais da natureza com sua cor leve e suaves contrastes.

Movergs encaminha ofício contra alta de matéria-prima

O padrão Renda nasceu da nostalgia, conforto e segurança trazidos pelos tecidos de referência retrô. Fugindo das obviedades, o padrão é clássico e atemporal e traz em sua paleta de cor bege a suavidade e a sensação de tranquilidade para dar aconchego aos espaços. Na composição com a textura Quadratta, realça a percepção tátil e cria uma conexão mais profunda com a superfície dos móveis e revestimentos, estabelecendo um vínculo com os elementos naturais assim como com as técnicas artesanais e a qualidade do imperfeito.

Divulgação Duratex

Linha Quadratta

Padrão Renda

Dentro da paleta dos tons neutros, o padrão Off White surge como um tom delicado e um toque sutil de cor que o diferencia do branco tradicional, trazendo uma profundidade à aplicação e realçando as noções de bem-estar, equilíbrio e leveza. Na linha Quadratta, o padrão Off White (na foto de destaque) recebe a contribuição da textura para realçar o toque relaxante, mantendo uma simplicidade elegante que harmoniza o ambiente.

Já o Sépia é o padrão que introduz um suave tom metálico aquecido à coleção. Explora uma base em tom brônzeo com um sutil brilho metálico dourado que realça um senso de requinte delicado. A iluminação tem papel de destaque e interage com o padrão de forma a valorizar o ambiente, destacando o movimento da textura assim como o suave brilho do metalizado. A linha Quadratta é comercializada em chapas de 1850x2750xmm, com espessuras de 6,15,18 e 25mm.

Divulgação Duratex

Linha Quadratta

Padrão Sépia

Durabilidade e maior vida útil

Mais do que inovação e qualidade, os painéis de MDF da Duratex também proporcionam higiene e saúde para os ambientes. Todos os produtos são produzidos com a exclusiva tecnologia antimicrobiana Protekto. Essa proteção cria uma barreira que elimina o crescimento de microrganismos e uma ampla gama de bactérias, não permitindo que se depositem nos produtos, mantendo a limpeza por mais tempo. Dessa forma, os produtos mantêm-se higienizados, contribuindo para manter os ambientes ainda mais saudáveis. Além disso, o Protekto protege os painéis contra manchas e maus odores causados pelo bolor, mantendo a funcionalidade e prolongando a vida útil dos produtos.

Movergs encaminha ofícios contra alta de matéria-prima e mudanças na reforma tributária

À Abimóvel, documento pede medidas urgentes de proteção às indústrias moveleiras gaúchas e nacionais, e ao Governo do Estado do RS reforçou a importância de que o setor moveleiro gaúcho mantenha o desconto na base de cálculo na faixa de 12% do ICMS

Publicado em 20 de agosto de 2020 | 11:55 |Por: Thiago Rodrigo

Neste mês de agosto, a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) encaminhou ofícios à Abimóvel e ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul que trataram da alta de matéria-prima e possíveis mudanças na reforma tributária, respectivamente.

Para a Abimóvel, o documento, assinado pelo presidente da entidade, Rogério Francio, pede medidas urgentes de proteção às indústrias moveleiras gaúchas e nacionais junto ao Governo Federal em relação aos fornecedores de matérias-primas e ao aumento dos preços, especialmente na área de painéis de madeira, como MDP revestido e cru.

Carlos Ferrari

Movergs sobre a Reforma Tributária

Rogério Francio, presidente da Movergs

Francio enfatizou que essas situações não ocorrem apenas nesse difícil momento de pandemia, mas têm sido recorrentes em diferentes momentos nos últimos anos. Para o dirigente, as indústrias têm sido penalizadas pela constante alta de imposto, pelo aumento do frete e da energia elétrica, pela forte desvalorização do real frente à moeda norte-americana. E pelo comportamento de fabricantes, o que é extremamente grave e têm gerado grande dificuldade no controle de custos dos negócios, pois nesse momento, é inviável o aumento no preço para lojistas e consumidores.

Móbile Talks: Kika Fazollo conversa com Marta Manente

Associados verificaram que apenas no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019, a exportação do MDP cru para a China registrou aumento de 700%. Caso muito semelhante ocorreu com os Estados Unidos, com alta de mais de 600%. As indústrias não podem ser punidas pela falta de políticas de mercado e instabilidade de preços.

Reforma Tributária

Outro ofício, encaminhado ao Governo do Estado do RS, fez referência à nova proposta de mudanças na Reforma Tributária e redução no número de alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cinco para apenas duas faixas. No documento, a Movergs reforçou a importância de que o setor moveleiro gaúcho mantenha o desconto na base de cálculo na faixa de 12% do ICMS.

Veja os ofícios Ofício 079-2020 – Preocupação matérias-primas Abimóvel e Ofício 081-2020 – Reforma Tributária Governador do RS.

Abimóvel e Ibá emitem nota sobre desabastecimento de painéis de madeira

Abimóvel e Ibá apontam paralisação da produção e alta demanda do consumidor como motivos para desabastecimento

Publicado em 19 de agosto de 2020 | 14:35 |Por: Thiago Rodrigo

A Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel) e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) emitiram comunicado conjunto acerca do desabastecimento de painéis de madeira para indústrias e marcenarias. Segundo ambas, a crise provocada pela pandemia que paralisou produções e alta demanda do mercado com a reabertura do comércio e o desejo de reformar a casa, são motivos que contribuem para a falta de chapa de MDF e MDP. A previsão de normalização, conforme apontado no comunicado abaixo, é de médio prazo.

Comunicado sobre a falta de painéis de madeira

A Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel) e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que representa a indústria de chapas de painéis, em atenção às manifestações de indústrias, sindicatos e empresários que compõem a cadeia produtiva de madeira e móveis, quanto aos problemas relacionados ao abastecimento, em especial ao atraso nas entregas e à falta de matéria-prima e outros insumos, esclarecem, que o cenário de pandemia global é atípico e desafiador, com implicações sociais, políticas e econômicas. Todas as cadeias produtivas foram gravemente afetadas, com a disrupção dos seus processos produtivos, os quais, neste momento, estão em um processo de reorganização. Isto não está sendo diferente para o setor de comercialização do mobiliário e seus fornecedores. 

O desabastecimento é estrutural, a diminuição da oferta de insumos é consequência direta da crise que todos ainda estamos atravessando. Entre os meses de março e abril houve uma queda abrupta em torno de 50% do volume das vendas domésticas, nas quais as companhias tiveram que realizar movimentos naturais de sobrevivência e manutenção de empregos, como redução da jornada de trabalho, suspensão de contratos e diminuição de produção. Com a reabertura do comércio, no mês de junho, tivemos a sinalização de retomada significativa da demanda interna, acima da expectativa, com um incremento de mais de 60% das vendas domésticas em relação ao mês anterior. Movimento este, que ocorreu em julho e vem crescendo diariamente, ou seja, houve uma explosão de consumo, a qual achamos que se deve em função de toda a demanda reprimida por conta da Pandemia e suas restrições.

No entanto, as indústrias de painéis, bem como a indústria de móveis, seguem trabalhando para o reequilíbrio da oferta e demanda com um olhar atento para a equalização dos estoques em todos os elos da cadeia produtiva. Em médio prazo deveremos ter uma estabilização, o que permitirá traçar um horizonte mais próximo da normalidade e regularização das questões ora enfrentadas. Durante o acirramento da pandemia, tanto as indústrias moveleiras, como fornecedoras, buscaram outras possibilidades de mercado, para conseguir equilibrar seus custos, como o mercado internacional, porém, os valores não são significativos, se comparados ao mesmo período do ano passado, a ponto de causar distorção no suprimento do mercado doméstico. Comparando-se o volume consolidado (MDF+MDP+HB) exportado entre os meses de janeiro a julho deste ano com o volume do mesmo período de 2019, pode-se observar que não houve incremento.

Por fim, vale mencionar que as duas entidades, estão trabalhando na busca por soluções, mantendo um trabalho intersetorial intenso com vistas ao fortalecimento da cadeia produtiva e à valorização do móvel brasileiro, pois somos elos da mesma cadeia produtiva. Esperamos que toda esta questão estrutural, que hora estamos enfrentando, seja regularizada o mais rápido possível, com união, equilíbrio e buscas por soluções e oportunidades para todos, pois a equação não é fácil e exigirá tempo e grandes esforços de todos, para que tudo volte à normalidade.

FSC® discute o uso da madeira no design e na arquitetura

Encontro online acontece dentro da 1ª edição do Matéria-Prima, no dia 20 de agosto

Publicado em 18 de agosto de 2020 | 11:11 |Por: Thiago Rodrigo

Apesar de ser usada na construção civil, na arquitetura e no design há milhares de anos, a madeira pode ser muito bem considerada a matéria-prima do futuro, porque é um produto renovável e cujo processo produtivo, em relação a outros materiais, como o aço e o concreto, exige pouco consumo de energia. Numa lista de materiais de baixo impacto, a madeira seria a primeira, mas o que vemos ainda é o inverso.

Para superar alguns desafios técnicos, mas, principalmente, os culturais que ainda limitam o uso da madeira, é preciso criar, primeiro, uma cultura de aceitação. E é justamente por isso que ela é o tema da 1ª edição do Matéria-Prima, um ciclo de encontros que vai discutir um elemento primordial de cada vez. Este ano, o evento acontece até dia 27 de agosto e reúne designers, arquitetos, acadêmicos, artistas, artesãos, formadores de opinião e ONGS especializadas.

Aline Tristão Bernardes, diretora executiva do escritório nacional do FSC, que há mais de vinte e cinco anos promove o manejo florestal ao redor do mundo, participará de um encontro no dia 20 de agosto, às 17 horas. Ao seu lado estarão Jeanicolau Lacerda, Assessor da Precious Woods Holding, uma empresa de grande porte, no coração da Amazônia, de produção industrial e certificada há mais de 20 anos; o engenheiro florestal Ângelo Ricardo Sousa, responsável técnico pela certificação florestal da Coomflona, uma cooperativa extrativista da Flona do Tapajós, no Pará; e Beto Mesquita, diretor de Políticas e Relações Institucionais da Bolsa de Valores Ambientais BVRio.

Clique aqui para fazer a inscrição www.ciclomateriaprima.com.br/inscricao

“A madeira é uma matéria prima maravilhosa e mesmo aquelas de espécies nativas podem ser encontradas no mercado com origem confiável, fruto de manejo florestal responsável e certificado”, diz Aline. “Não é preciso ter medo, mas é preciso ter informação e repassa-la para o consumidor final para que ele também possa fazer suas escolhas de forma consciente”, completa. Aline ainda reforça a importância de se diversificar as espécies usadas nos projetos. “Hoje, a demanda está muito focada em poucas espécies, menos de 10”, diz. “E há na floresta uma diversidade enorme de texturas, cores e durezas. Com mais opções, teremos arquiteturas mais ricas e espécies menos pressionadas”, finaliza.

Na Europa, a maioria das construções já é feita com madeira e o mesmo acontece nos Estados Unidos. Hoje, se o objetivo é reduzir as emissões de gases do efeito estufa, a recomendação é usar mais madeira. O Brasil pode ter uma produção e um mercado consumidor enormes. E com a demanda maior, a madeira poderia tornar-se mais barata e seria a opção com mais tecnologia e com melhor custo benefício.

Presente em quase todas as etapas das obras de construção civil, a madeira ainda aparece como diferencial de beleza e sofisticação na decoração. E para aqueles que ainda têm receio em usá-la por temer sua resistência, saibam que a madeira queima devagar, e durante a primeira hora de um incêndio, só a sua camada superficial estará em chamas e a brasa atuará como isolante térmico, mantendo a temperatura do miolo baixa. Com o concreto e o aço, quando a temperatura chega a um certo nível, há o colapso instantâneo de toda a estrutura. Fica a dica.

Polo moveleiro de Bento Gonçalves começa a aliviar queda no faturamento

Como resultado da crise provocada pela pandemia, as indústrias moveleiras tiveram queda nominal de 2,9% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2019

Publicado em 13 de agosto de 2020 | 14:53 |Por: Thiago Rodrigo

Os resultados do semestre para o polo moveleiro de Bento Gonçalves foram severamente impactados pela Covid-19, maior causa das dificuldades do setor em 2020. A indústria moveleira vem enfrentando queda de faturamento, reduzindo produção a geração de empregos face a uma demanda menor e os choques adversos de oferta e demanda gerados pela pandemia. O faturamento nominal no polo no primeiro semestre foi de R$ 826,59 milhões, queda nominal de 2,9% em relação ao mesmo período de 2019. Considerando o estado como um todo, o desempenho é ainda pior: faturamento de R$ 3,05 bilhões no semestre, queda nominal de 10,4% em relação ao mesmo período de 2019.

Enquanto março e abril foram os piores meses da história para a indústria moveleira de Bento Gonçalves, os meses de maio e junho mostram o início de uma leve recuperação. Segundo análise do departamento de Inteligência Comercial do Sindmóveis Bento Gonçalves, apesar das perdas acumuladas no semestre, o setor parece ter conseguido estancar a queda, especialmente em junho. A expectativa é de que os números sigam melhorando no segundo semestre, mas ainda fechem em terreno negativo no ano. Uma retomada mais consistente é esperada apenas em 2021.

Abicol inicia pesquisa sobre setor de colchões

Conforme o economista do Sindmóveis, Eduardo Santarossa, ainda há muitas incertezas em relação a capacidade de controle da pandemia – mesmo nos países desenvolvidos – e até quando os efeitos serão sentidos. Segundo ele, se confirmadas as previsões econômicas, o Brasil terminará o ano de 2020 com a maior queda do PIB de sua história. “Não se descarta o faturamento da indústria de Bento ficar estável em relação ao último semestre do ano passado, mas a depender de uma reação mais consistente da demanda interna e externa e a velocidade de retomada da economia”, analisa.

Polo moveleiro de Bento Gonçalves

O presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, salienta que todos os segmentos industriais estão sentindo fortemente os impactos da crise. No entanto, a indústria moveleira brasileira tem sofrido mais do que a média geral da indústria de transformação brasileira. A queda na fabricação de móveis foi de 19% no primeiro semestre de 2020 quando comparada ao mesmo período de 2019, ao passo de que a fabricação da indústria de transformação caiu 11,9% na mesma comparação.

Produção de móveis no RS reage

Segundo Benini, o setor também enfrenta dificuldades com o atraso na entrega de matérias-primas. Isso advém das medidas de isolamento que pararam produção e dificultaram a logística, aumentando o tempo para recebimento. Recentemente, diferentes segmentos de fornecimento estão comunicando seus aumentos de preço. “Os impactos advêm das restrições, medidas de isolamento e circulação de pessoas e a brusca queda da demanda causada pela recessão econômica. O setor reduziu sua produção e empregos para tentar se ajustar a nova situação, mas, nos meses de maio e junho, conseguiu melhorar os níveis de produção”, comenta.

O polo moveleiro de Bento Gonçalves é o principal do país e inclui cerca de 300 indústrias dos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza. Como entidade que representa essas empresas, o Sindmóveis segue trabalhando para o desenvolvimento do setor, embora enfrente um período adverso das piores crises econômicas da história. Entre as iniciativas que a entidade vem conduzindo, estão parcerias com empresas de e-commerce, incremento da presença digital para os associados e o seguimento de ações do Projeto Orchestra Brasil e Projeto Raiz (que fomentam as exportações). Além disso, apesar de adiada para 2022, a Movelsul Brasil promoverá ainda neste ano rodadas de negócio online para as empresas expositoras.

Abicol inicia pesquisa “Panorama do Setor Colchoeiro Nacional”

A Abicol realiza de 10 a 31 de agosto, pesquisa sobre o Panorama do Setor Colchoeiro Nacional

Publicado em 10 de agosto de 2020 | 11:51 |Por: Cleide de Paula

A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL) realiza de 10 a 31 de agosto, pesquisa sobre o Panorama do Setor Colchoeiro Nacional. A participação da fábrica de colchões é voluntária. A pesquisa é destinada aos fabricantes de colchões associados e não associados à Abicol.

Top Móbile 2020 tem data marcada

Para que o levantamento possa alcançar seus objetivos, é fundamental o maior engajamento possível. Dessa forma, todo o setor colchoeiro podem se beneficiar dos resultados.  O anonimato dos participantes está garantido de forma que não há riscos de que respostas individuais sejam identificadas. Os resultados serão tratados estatisticamente de forma agregada e os respondentes não serão identificados, privilegiando o sigilo das informações.

Caso existam dúvidas no preenchimento ou haja necessidade de esclarecimentos, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: secretaria@abicol.org ou pelo telefone (11) 4152-1847. Acesse o formulário aqui

Panorama do Setor Colchoeiro Nacional

A Abicol é a primeira associação das indústrias de colchões instituída no país e se formou para agregar os fabricantes do setor em busca de fortalecer a relação com órgãos governamentais, estimular práticas sustentáveis e proporcionar oportunidades para o desenvolvimento do setor.

Com sede em São Paulo, a entidade que é a mais representativa do setor no Brasil, foi fundada em 2011 e teve Felix Raposo como seu fundador e primeiro presidente, o qual capitaneou a entidade por 2 anos, tendo sido sucedido por Luís Fernando Ferraz nos anos de 2014, 2015 e 2016. Desde o início de 2017, a associação está sob a presidência de Alexandre Prates Pereira e reúne atualmente em seu quadro associativo as empresas que juntas são responsáveis por 80% da produção nacional de colchões.

Duratex apresenta resultado do 2T20 e vê tendência de crescimento passado o agravamento da pandemia

Resultado no período surpreende positivamente e indica sinais de recuperação após arrefecimento da economia

Publicado em 10 de agosto de 2020 | 10:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Duratex anuncia os resultados financeiros do segundo trimestre (2T20) do ano. Tendo em vista os impactos da pandemia da Covid-19 na economia, os resultados obtidos superaram as expectativas iniciais. A companhia registrou Ebitda ajustado recorrente de R$ 119,0 milhões, 44,2% menor do que o observado no mesmo período do ano anterior. Entretanto o volume de vendas representou 85% do que foi observado no mesmo período em 2019.

Devido a pandemia, a companhia teve que paralisar ou reduzir a velocidade das operações em parte dos ativos fabris, levando a uma perda na escala de produção e, consequentemente, menor diluição de custos fixos. No segundo trimestre de 2020, a Duratex apresentou lucro líquido negativo de R$ 23,5 milhões, ainda que a receita líquida de R$ 1.046,4 milhões seja apenas 8,6% menor do que o observado no mesmo período do ano passado.

“No mês de abril, suspendemos temporariamente as atividades nas unidades da Divisão Madeira, da unidade de chuveiros elétricos da marca Hydra e da unidade de louças Deca em Queimados (RJ), além de reduzir a capacidade produtiva das demais unidades da Divisão Deca e de Revestimentos Cerâmicos. A reabertura das lojas de materiais de construção e home centers – em maio -, a não interrupção da atividade de construção civil e a agilidade na retomada da Duratex resultaram na melhora do desempenho da companhia, que demonstrou crescimento importante no decorrer do 2º trimestre, crescimento este confirmado no mês de julho, indicando um horizonte promissor para os próximos meses. Desde o final de junho estamos operando muito próximos da plena capacidade”, comentou Henrique Haddad, vice-presidente de Administração, Finanças e RI.

Divulgação Duratex

Duratex

Produção de painéis em Itapetininga

Duratex e a Covid-19

Desde o início da pandemia da Covid-19, a Duratex tem tomado medidas que priorizam a segurança e saúde de seus colaboradores e sua liquidez financeira. O Comitê de Crise, instituído em março, formado por executivos de diversas áreas, seguiu atuando enquanto centro de informações, gerenciamento de riscos e auxiliando na tomada de decisões. Além das medidas de proteção à força de trabalho, alinhadas com as recomendações das autoridades sanitárias, as iniciativas de redução de custos continuam a ser implementadas na companhia, o que ajuda a compensar os efeitos da crise, sendo que parte será recorrente.

Padrão Maya da Duratex

Na frente de Finanças, diante das incertezas do cenário econômico, a Duratex manteve-se focada em garantir a sua liquidez financeira. As ações da companhia na mitigação dos efeitos da crise já são perceptíveis em alguns índices, como a redução nos níveis de estoques do trimestre. Diante destes efeitos, o capital de giro do período foi positivo em R$ 80,9 milhões, levando a companhia a gerar R$ 69,1 milhões de caixa, se desconsiderados os valores relativos a projetos de expansão. No trimestre a Duratex efetuou investimento direto de R$ 211,0 milhões no projeto de construção da nova unidade de celulose solúvel (LD Celulose).

A Dívida Líquida da companhia encerrou o segundo trimestre do ano em R$ 2.180,1 milhões, R$ 121,3 milhões acima do apresentado no 1T20, o que levou a um índice de alavancagem de 2,55x, resultado dentro da média histórica da companhia. O aumento da alavancagem deu-se principalmente pelo investimento na nova fábrica da divisão de celulose solúvel somado à piora no cenário econômico, que levou a uma queda relevante do EBITDA, apesar de parcialmente compensado pela maior geração de caixa no período.

Resultados por divisões

A Divisão Madeira registrou queda no volume vendido ao longo do trimestre, com retração em abril e recuperação ao longo de maio, confirmada por resultado muito positivo em junho. A posição da companhia está alinhada com o mercado brasileiro de painéis de madeira, que apresentou retração de 21,9% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, conforme dados da Ibá. No entanto, a Duratex apresentou rápida reação e, com o reaquecimento do mercado em junho – mês que registrou crescimento de quase 20% frente a junho de 2019 – alcançou volume total em torno de 80% do realizado no segundo trimestre de 2019.

Na Divisão Deca o volume de vendas representou 87,9% do realizado no mesmo período do ano anterior, levando a divisão a apresentar, em junho, margem Ebitda superior ao segundo trimestre de 2019. Dados da Abramat indicaram retração do setor em abril, com queda nas vendas de 33,5% em relação ao ano anterior, seguido por tendência de recuperação no nível de vendas dos materiais de construção ao longo dos meses seguintes, com crescimento de 12% registrado em maio. A marca Hydra alcançou recorde de vendas em chuveiros elétricos no período, refletindo a bem-sucedida estratégia comercial da Divisão.

Divulgação Duratex

Duratex

Produção de metais em Jundiaí

A Divisão de Revestimentos Cerâmicos, que opera com as marcas Ceusa e Portinari, registrou desempenho alinhado ao setor, com quedas durante abril e maio e recuperação em junho, segundo dados da Anfacer. O aumento no volume expedido de 192% em relação ao segundo trimestre de 2019 é explicado pela incorporação do volume advindo da aquisição Cecrisa, computado a partir do primeiro trimestre de 2020. Em relação ao trimestre anterior, a divisão registrou volume 7,5% menor.

Móbile Talks fala em desafios com diretor da Lopas

No segundo trimestre, a Duratex finalizou o processo de captação da dívida da LD Celulose. Por meio deste, foram emitidos US$ 1.147,0 milhões, com prazo médio de 10 anos, junto às instituições BID Invest, IFC e Finnvera. Ainda no trimestre, a Duratex realizou o aporte de R$ 211,0 milhões, concretizando mais uma etapa do seu investimento da nova unidade. Consolidado por meio de equivalência patrimonial, a Divisão apresentou resultado negativo de R$ 23,6 milhões.


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