FecomercioSP destaca alguns desafios do e-commerce
O mercado de e-commerce cresce no Brasil, mas ainda esbarra em barreiras tributárias e legislativas que não acompanham o dinamismo das inovações tecnológicas do setor
Publicado em 23 de outubro de 2019 | 08:50 |Por: Everton Lima
O FecomercioSP listou alguns desafios que podem prejudicar o e-commerce brasileiro. De acordo com a instituição, medidas relacionadas à tecnologia, à burocracia e às transações comerciais são necessárias para que essa atividade econômica não seja prejudicada, desperdiçando seu grande potencial.
Aliás, o e-commerce brasileiro já apresenta dados bem robustos. Dados do Ebit Nielsen apontam que as receitas do setor devem crescer 15% em 2019, alcançando R$ 61 bilhões.
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Lockers e Pick up Points
Lockers funcionam de forma semelhante às caixas-postais. Neles, os clientes vão pegar suas encomendas em pontos indicados pelas marcas, em vez de recebê-los em sua casa. Já os pick up points já são mais conhecidos dos clientes. Nessa modalidade de compra, a pessoa vai a uma loja física pegar o produto que adquiriu pelo site.
Nos dois casos, temos uma inovação logística. O problema é que para que inovações como essas continuem acontecendo, deve existir segurança jurídica e tributária para as empresas. É esse ponto que a FecomercioSP destaca em seu site.
A federação afirma que obrigações assessórias relativas ao ICMS devem contemplar tais modalidades de compra, possibilitando uma tributação justa e adequada.
Logística sem papel
Não se trata somente de uma questão ambiental, mas de redução de burocracia. A FecomercioSP informa que desde a saída do produto, por meio da compra, até a chegada ao consumidor, são emitidos 16 documentos — todos impressos.
Assim, para os especialistas da entidade, digitalizar esse processo, usando a tecnologia, é fundamental para trazer melhoria nos processos internos das empresas que vendem online.
Lei Geral de Proteção de Dados
Esse tema já foi abordado em uma reportagem especial aqui no eMóbile — e ele também tem despertado o interesse da FecomercioSP. Para a federação, ainda que essa iniciativa seja muito boa e seja um passo importante na proteção dos brasileiros, seria importante que ela tivesse abordagens diferenciadas, considerando o porte da empresa.
A entidade afirma que negócios pequenos, por exemplo, processam um volume muito baixo de dados — o que não justificaria o cumprimento de determinadas obrigações impostas pelo texto atual, que entrará em vigor no ano que vem.
Marketplace
As plataformas de marketplaces também pode ser prejudicados, de acordo com a FecomercioSP, caso o Banco Central não analise com cautela as particularidades dessa modalidade de venda. A entidade pede diálogo, com o objetivo que o BACEN compreenda as diferenças das plataformas para as formas tradicionais de fazer transações financeiras.45