Oportunidades de exportação de móveis para os Estados Unidos

Indústria moveleira brasileira tem oportunidades de exportação nos Estados Unidos, inclusive com presença na Expo Mueble, que começa amanhã

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 | 12:12 |Por: Thiago Rodrigo

A Expo Mueble 2023 começa amanhã, com a participação de dezenas de empresas brasileiras tanto expondo no evento como participando de rodadas de negócios organizadas pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), por meio de Missão Comercial do Projeto Setorial Brazilian Furniture. Ocorrendo em Guadalajara, no México, as ações visam estreitar ainda mais a relação da indústria brasileira de móveis com o mercado mexicano e latino-americano. Além da Expo Mueble ser também uma ótima oportunidade para a exportação de móveis para os Estados Unidos, ao ampliar o networking com compradores do país vizinho ao México, que tem grande participação no evento e é o principal destino do mobiliário brasileiro no exterior.

Maior economia do mundo e considerada a nona em termos de complexidade (que utiliza a pauta exportadora de um país para medir a sofisticação tecnológica da produção), os Estados Unidos foram responsáveis por receber mais de 35% do total de mobiliário exportado pela indústria moveleira nacional em 2022.

Dados oficiais indicam que em 2021, 47,1% do consumo de móveis dos EUA foi suprido pelas importações, com o consumo doméstico crescendo e a produção interna caindo no ano, como é possível ver na tabela abaixo. Cenário, este, particularmente favorável para exportadores de móveis de mercados em ascensão, como o brasileiro.

Em 2021, as importações americanas de móveis e colchões totalizaram US$ 49,1 bilhões em valores nominais. Um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Em volume, os Estados Unidos importaram 11,7 milhões de toneladas de móveis prontos e colchões no ano.

Exportações brasileiras e mercados concorrentes

A China continua sendo a principal origem das importações de móveis para os Estados Unidos. Relação, contudo, que vem perdendo o fôlego nos últimos anos, devido às disputas comerciais entre os dois países, o que pode ser uma oportunidade para a indústria brasileira de móveis, que se coloca como uma alternativa mais próxima, sustentável e livre de restrições comerciais para o mercado americano.

As vendas de móveis e colchões brasileiros para os Estados Unidos apresentaram variações ao longo do tempo, vivenciando um período de queda a partir de 2006, mas que foi revertido, contudo, crescendo a partir de 2010 e batendo o recorde da série histórica no ano de 2021.

Contribuição da tecnologia no processo de compra

Entre 2017 e 2021, foco da análise do estudo realizado pelo Iemi com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, a receita das exportações brasileiras para os EUA cresceu 120%, passando de US$ 152 milhões em 2017, para US$ 334,5 milhões em 2021. Isto é, um crescimento de 21,8% ao ano.

Em volume, o Brasil exportou 110,7 mil toneladas de móveis e colchões para o país norte-americano no ano de 2021. Quantitativo que representou variações positivas de 122,1% comparando-se a 2017, e de 17,9% em relação ao ano anterior.

Exportação de móveis para os Estados Unidos

Entre os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, observou-se que a categoria de móveis deteve a maior participação em 2021, expressando 91% do total exportado. Boa parte das linhas de mobiliário apresentaram desempenho elevado no período, com destaques percebidos para os “móveis de madeira para cozinha” e “outros assentos”.

Em 2021, o preço médio das exportações brasileiras no setor para os Estados Unidos foi de US$ 3,02 / kg. O valor representa alta de 13,3% em relação a 2020. No entanto, seguiu ainda abaixo da média geral das importações americanas, que foi de US$ 4,18 / kg. Demonstrando, assim, mais um diferencial competitivo da indústria brasileira de móveis.

exportações de móveis para os Estados Unidos

“Por tudo o que foi estudado e analisado, entende-se que o Brasil conta com um potencial adicional de crescimento a curto e médio prazos, ou seja, entre três e cinco anos, de US$ 61 milhões em suas exportações no setor para os Estados Unidos. Podendo atingir, dessa forma, um patamar de US$ 395,5 milhões”, projetam os especialistas do Iemi. Tal desempenho significaria um crescimento de 18,2%.

“Para que isso aconteça, claro, se faz de suma relevância a continuidade das ações em andamento, em especial aquelas que visam a ampliação do mix de oferta, incorporando produtos de maior valor agregado e com design próprio em algumas categorias”, reforçam.exportações de móveis para os Estados Unidos

Um exemplo nesse sentido é o que vem sendo feito por intermédio do Design Brasil + Indústria, programa de design integrado à indústria idealizado pela Abimóvel e pela ApexBrasil a partir do Brazilian Furniture.

Reunindo designers e fabricantes de móveis, integrando, assim, o melhor da tecnologia e do feito à mão, mais de 90 peças foram desenvolvidas apenas no ano passado. Com diversos desses produtos devendo ser exibidos em ações exclusivas nos maiores eventos do setor no mundo, incluindo a ICFF (International Contemporary Furniture Fair) e a Semana de Design de Nova York.

As informações são do “Estudo de Oportunidades para Empresas com Potencial e Exportadoras – Edição Estados Unidos”, desenvolvido com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture.

Balanço da indústria moveleira gaúcha em 2022

Setor moveleiro gaúcho teve aumento no faturamento, mas sofreu com queda nas exportações e na geração de empregos

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 | 09:16 |Por: Thiago Rodrigo

Bens duráveis, como móveis, têm um consumo que não se renova a curto prazo. Portanto, após períodos de alto crescimento nas vendas, como ocorreu em 2021, é natural que o ano seguinte seja para o mercado se reacomodar. Foi o que aconteceu com a indústria moveleira gaúcha.

Conforme dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz), do portal Comex Stat e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apurados pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), o setor encerrou o ano de 2022 com saldo positivo no faturamento, mas queda nas exportações e na geração de empregos.

De janeiro a dezembro do ano passado, as 2.409 indústrias de móveis do estado registraram faturamento de R$ 11,5 bilhões. Esse montante teve crescimento nominal de 3,2% em relação a igual período de 2021, mas não significa que as empresas tiveram resultados positivos, pois considerando a inflação, os custos de produção elevados e a diminuição do consumo, as margens de lucro diminuíram em muitos casos.

Produção de móveis em 2022 tem queda

As exportações, por sua vez, movimentaram US$ 254,6 milhões em vendas para 112 países, sendo Estados Unidos, Uruguai, Chile, Peru e Reino Unido os principais compradores. Houve um recuo de 13,1% no comparativo com o ano anterior, possivelmente motivado pelo fato de que vários dos principais destinos internacionais passaram por instabilidade econômica e política, reduzindo suas compras.

Esses fatores impactaram a geração de empregos. De acordo com o Caged, o setor encerrou 2022 com 36.727 postos de trabalho ocupados – diminuição de 1,88% no comparativo com 2021. Em 2019, ano que antecedeu o boom gerado pela pandemia, a indústria moveleira do Rio Grande do Sul empregava 33.726 profissionais. Mesmo com a pequena porcentagem de demissões registrada em 2022, o setor se mostra ainda mais importante como fonte de renda para a população do estado.

Avaliação da indústria moveleira gaúcha

Para o presidente da Movergs, Euclides Longhi, o desempenho das indústrias moveleiras gaúchas em 2022 mostra que o segmento está retomando um ritmo parecido com o período anterior à pandemia. “Tivemos um crescimento fora da curva entre o segundo semestre de 2020 e o final de 2021, com muitas pessoas investindo em móveis. O setor como um todo está se reacomodando, desde a produção até o varejo”, diz e comenta:

“Isso não significa necessariamente que as vendas vão diminuir em 2023, até mesmo porque existem oportunidades no mercado que ainda podem ser exploradas. Neste momento os empresários precisam entender a importância de acompanhar os movimentos da economia, inovar permanentemente, prospectar novas parcerias e aproveitar as oportunidades que certamente virão”.

Polo moveleiro de Bento Gonçalves em 2022

Longhi destaca que a indústria de móveis do Rio Grande do Sul poderá encerrar o ano de 2023 com um incremento de 2% a 3% no faturamento, mas essa projeção será mais realista após o balanço do primeiro semestre. “Se o governo seguir medidas para expansão do crédito, taxas de juros mais competitivas, controle inflacionário, além da redução do desemprego, toda a economia brasileira será beneficiada, inclusive o setor moveleiro”, explica.

Projeto de Normalização de Móveis tem nova reunião

No próximo dia 9 de fevereiro, há uma reunião para Projeto de Normalização de Móveis realizado pela Abimóvel

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo

A Abimóvel lançou recentemente o “Projeto de Normalização de Móveis”, que tem como objetivo realizar revisões e elaborações de novas Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), pertinentes ao setor moveleiro.

Afinal, você sabia que na confecção de estrutura de madeira de um estofado – sofá podem apenas ser utilizadas espécies com densidade de massa de no mínimo 650 kg/m3, determinada a 15% de umidade e que a dureza Janka da madeira deve ser superior a 435 N?

Pois então. Essas são apenas algumas das curiosidades que precisam ser reavaliadas sobre a Norma ABNT NBR 15164, que determina a normalização no segmento de móveis estofados – sofás.

Com uma variedade de detalhes, a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) procura ajudar a indústria moveleira no processo de normalização da produção, ganhando vantagens competitivas relacionadas tanto ao aspecto legal quanto à qualidade e durabilidade dos seus produtos.

Desse modo, foram criados dois grupos de estudo junto aos associados, com o objetivo de realizar pré-estudos e contribuir nos processos de elaboração de normas referentes aos 1) “Estofados – Sofás” e 2) “Guarda-roupas”.

Projeto de Normalização de Móveis

No caso do primeiro grupo, a ABNT reativou a Comissão de Estudos denominada de Móveis Estofados, para efetuar a sua revisão, uma vez que a norma vigente foi publicada em dezembro de 2004. Há trechos que são no mínimo dúbios e que precisam, portanto, serem corrigidos.

Duas reuniões já foram realizadas, sempre de maneira virtual, com a contribuição direta dos participantes do Grupo Estofados, que já apresentou à Coordenação da Comissão de Estudos da ABNT, uma coletânea de todos os assuntos abordados até aqui.

A participação das indústrias neste processo, tanto de revisão quanto de elaboração de novas normas, é de extrema importância. Pois, ao final, quem conhece os detalhes estruturais assim como o processo de fabricação destes produtos é sempre a indústria.

Produção de móveis em 2022 tem queda

Por isso mesmo, a partir da aprovação da revisão desta norma, as indústrias de “Estofados – Sofás” terão uma referência técnica atualizada para a produção dos seus produtos, considerando que a correta aplicação das normas é uma poderosa fórmula para a padronização da qualidade dos produtos ou da eliminação de desperdícios, entre tantos outros benefícios, visando sempre o aumento da competitividade de nossas indústrias.

Nesse sentido, os principais aspectos que deverão ser tratados no decorrer desta revisão são os aspectos dimensionais, bem como aqueles ligados à resistência e durabilidade, segurança e usabilidade, entre outros.

Estão surgindo também discussões interessantes em relação à necessidade ou não de classificar os “Estofados – Sofás” conforme a finalidade de uso, ou seja, se de uso domiciliar ou corporativo, assim como a inclusão de temas referentes aos aspectos ergonômicos ou da volatilidade de certos componentes químicos utilizados na fabricação desses produtos.

Próxima reunião

A próxima reunião da Comissão de Estudo de Móveis Estofados – CE-015.002.002 da ABNT — será já no dia 9 de fevereiro de 2023. As empresas associadas que ainda não estejam participando deste “Projeto de Normalização”, poderão entrar em contato com a Abimóvel, que fornecerá todos os esclarecimentos. A descrição dos trabalhos que vêm sendo realizados pelo grupo “Guarda-roupa” serão comunicadas em breve.

Produção de móveis em 2022 tem queda

Segundo IBGE, produção de móveis em 2022 registra queda de 16,2%, após os números do setor moveleiro em 2021

Publicado em 3 de fevereiro de 2023 | 12:42 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em 2022 registrou queda de 16,2% em relação a 2021. O resultado é compreensível com os valores apontado ano passado e, também, em 2020, dois anos marcados pelo impacto da pandemia na sociedade e no comportamento do consumidor de móveis. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Produção de móveis em dezembro

A produção de móveis em dezembro de 2022, comparado a novembro de 2022, cresceu 7,6%. Em relação a dezembro de 2021, o setor moveleiro registrou queda de 3,1%, melhorando o desempenho recente. Na média móvel trimestral, a produção de móveis obteve crescimento de 2,5%.

Indústria geral

Em dezembro de 2022, a produção industrial nacional mostrou variação nula (0,0%) frente a novembro, na série com ajuste sazonal. Frente a dezembro de 2021, a indústria recuou 1,3%, após quatro meses de crescimento nesta comparação: novembro (0,9%), outubro (1,7%), setembro (0,4%) e agosto (2,8%) de 2022. A média móvel trimestral em dezembro foi de 0,1%.

Com o resultado, a indústria brasileira encontra-se 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia da Covid-19 (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde da série, de maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (3) pelo IBGE.

Em 2022, a indústria acumula um recuo de 0,7%, após acumular alta de 3,9% em 2021. Em relação a igual período de 2021 os índices da indústria foram positivos tanto no fechamento do 4º trimestre de 2022 (0,5%), como no acumulado do segundo semestre do ano (0,7%).

Em 2021, havia fechado com alta de 3,9%. A queda de 2022 vem precedida de uma alta em 2021, mas anteriormente, a indústria havia registrado duas quedas seguidas, em 2019 (-1,1%) e 2020 (-4,5%).

Análise da indústria

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, a indústria tem comportamento predominantemente negativo nos últimos anos. “Muito do crescimento de 2021 (3,9%) tem relação direta com a queda significativa de 2020, ocasionada por conta do início da pandemia. Avançou em 2021, mas foi influenciada por uma base baixa de comparação e não superou as perdas de 2020”, relembra.

Dessa forma, ao longo do ano de 2022, o setor industrial respondeu às medidas de incremento da renda realizada pelo governo, como por exemplo a antecipação do 13º para aposentados e pensionistas, liberação do FGTS, adoção de medidas de estímulo ao crédito, Auxílio-Brasil e auxílio concedido aos caminhoneiros, entre outros. “Ao longo do segundo semestre, essa resposta perdeu fôlego e a indústria teve um comportamento de menor intensidade e com maior frequência de resultados negativos”, afirma Macedo.

Confira indicadores do setor moveleiro no eMóbile

O recuo da indústria nacional em 2022 também é explicado por fatores como a taxa de juros em elevação, que afeta diretamente os custos de crédito, além da inflação, principalmente dos alimentos, que impacta na renda das famílias e, por consequência, no consumo, elenca o pesquisador. “Também há influência do aumento nas taxas de inadimplência e de endividamento. E o mercado de trabalho, que embora tenha mostrado clara recuperação ao longo do ano, ainda se caracteriza pela precarização dos postos de trabalhos gerados”, completa.

A queda de 0,7% no fechamento de 2022 atingiu todas as quatro grandes categorias econômicas, além da maioria dos ramos (17 de 26), dos grupos (54 de 79) e dos produtos (62,4% dos 805 pesquisados). “É um perfil disseminado de recuo, que demonstra que a indústria nacional viveu, em 2022, uma retração que atinge diferentes grupos e segmentos da produção”, diz Macedo.

Balanço do polo moveleiro de Bento Gonçalves em 2022

Confirmando projeção do Sindmóveis, polo moveleiro de Bento Gonçalves registrou retração e retoma ritmo pré-pandemia

Publicado em 3 de fevereiro de 2023 | 10:55 |Por: Thiago Rodrigo

Com as pessoas focadas em equipar seus lares durante a pandemia, o ano de 2021 foi de crescimento atípico no faturamento e nas exportações para as indústrias do polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS). Em 2022, quando a rotina começou a voltar ao normal, a compra de bens duráveis, como móveis, perdeu força para segmentos que antes estavam adormecidos – como turismo e entretenimento, por exemplo. Essa realidade ajuda a explicar a retração de faturamento e exportações das cerca de 300 empresas da região no ano passado.

Utilizando informações da Sefaz, do portal Comex Stat e do Caged, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) apurou que as empresas do polo encerraram 2022 com R$ 3,1 bilhões de faturamento e US$ 54,5 milhões exportados – decréscimo de 3,1% e 27,6%, respectivamente, na comparação com 2021. A desaceleração do setor também impactou os empregos, que tiveram queda de 2,42%, mantendo 6.530 profissionais em atividade.

Avaliação do comportamento de consumidor de móveis

A presidente do Sindmóveis, Gisele Dalla Costa, destaca que o ano passado foi um equalizador para o mercado se reacomodar. “O desempenho do setor moveleiro em 2021 foi totalmente atípico, então já estimávamos uma retração em 2022 porque a base de comparação é muito elevada. As compras diminuíram no Brasil e no mercado externo, e isso não significa que a cadeia moveleira esteja em crise, mas sim que está retomando seu ritmo natural”, pontua.

Na avaliação do Sindmóveis, a tendência é que o setor se mantenha estável em 2023, podendo haver um breve avanço de 2% a 3% no faturamento do polo. “Aguardamos os desdobramentos do planejamento econômico do novo governo, mas com certeza medidas para o estímulo à contratação de funcionários, para a expansão do crédito e taxas de juros competitivas estão entre os fatores que podem reaquecer as vendas dentro do Brasil”, comenta a presidente da entidade.

Exportações do polo moveleiro de Bento Gonçalves

Mesmo que o volume de exportações tenha caído, aumentou a diversidade de países que adquiriam mobiliários do polo moveleiro de Bento Gonçalves (que inclui também os municípios de Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza).

As peças produzidas na região chegaram a 59 países – aumento de 15% em relação a 2019, ano que antecedeu a pandemia. Os 10 principais destinos internacionais foram Estados Unidos, Uruguai, Chile, Reino Unido, Peru, México, Colômbia, Paraguai, Porto Rico e Panamá.

Conforme explica o diretor Internacional do Sindmóveis, Cleberton Ferri, a diversificação de mercados ganha cada vez mais relevância. “O ano de 2022 foi marcado por muitos momentos de instabilidade política e econômica não apenas no Brasil, mas também em países que são importantes compradores do polo de Bento Gonçalves. Por isso, empresas exportadoras que ampliam seu leque de atuação conseguem se tornar menos dependentes de mercados específicos e, em alguns casos, até mesmo aumentar o faturamento”, sintetiza Ferri.

Para 2023, a expectativa é que os países que importam móveis do polo de Bento Gonçalves voltem a comprar em maior volume. Uma dessas frentes vai ser a feira Movelsul Brasil, que será realizada de 28 a 31 de agosto, em Bento Gonçalves, com diversas oportunidades para os empresários moveleiros – incluindo rodadas de negócios internacionais.

Mobiliário brasileiro presente na Expo Mueble

Com o Brazilian Furniture, empresas se preparam para mostrar o mobiliário brasileiro na Expo Mueble, em Guadalajara, no México

Publicado em 31 de janeiro de 2023 | 07:57 |Por: Thiago Rodrigo

Faltam poucos dias para a realização da Expo Mueble, que ocorre entre os dias 15 e 18 de fevereiro de 2023, em Guadalajara, no México. As equipes da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira das Indústrias do Mobiliário), idealizadoras do Projeto Setorial Brazilian Furniture, trabalham nos últimos detalhes para a execução de ações exclusivas e exibição do mobiliário brasileiro no México.

As entidades reúnem dezenas de empresas brasileiras do setor moveleiro, que terão acesso e poderão negociar diretamente com compradores qualificados de diversas partes do mundo, especialmente da América do Norte e da América Central.mobiliário brasileiro no México

Além das 18 empresas que exporão no evento, em espaços pensados para destacar a brasilidade e qualidade do nosso design, materiais, tecnologia e sustentabilidade; outras 18 marcas juntam-se a elas na Missão Comercial México, participando de rodadas de negócios estrategicamente organizadas pela equipe do projeto para a promoção do networking entre as indústrias brasileiras e esses compradores internacionais.

Os resultados tanto das participações nas feiras quanto nas rodadas de negócios são significativos no que diz respeito ao esforço das empresas brasileiras em expandirem as operações no exterior, ampliando a competitividade, integrando-se ao circuito global e colaborando também para estreitar o relacionamento e as vendas para mercados alvo da nossa indústria, tal qual o mexicano.

Mobiliário brasileiro no México

A receita das exportações brasileiras de móveis e colchões para o México subiu de US$ 7,4 milhões em 2021 para US$ 8,8 milhões em 2022, aumento de mais de 18,4%. O valor é, ainda, quase 55% superior ao exportado em 2019 (US$5,6 milhões), ano pré-pandemia.

Apesar do aumento no montante exportado em receita, as vendas do setor para o país experimentaram leve retração de aproximadamente 6,9% em volume na passagem de 2021 para 2022. No ano passado foram exportadas mais de 4,6 toneladas em móveis prontos e colchões fabricados no Brasil para o México, em comparação a pouco mais de 5 toneladas em 2021. Ao comparar com 2019, contudo, o crescimento foi de mais de 51,1%. Na série histórica dos últimos cinco anos, o salto é de 57,3%.mobiliário brasileiro no México
Além do mercado mexicano, a participação das empresas associadas ao Brazilian Furniture na Expo Mueble também é estratégica ao considerarmos a proximidade com os Estados Unidos, principal mercado importador dos móveis brasileiros, correspondendo a mais de 35% do total exportado pela indústria moveleira nacional em 2022. Conheça as empresas que exibirão o mobiliário brasileiro na Expo Mueble e tamém participam da Missão Comercial México.

Expo Mueble 2023

Quando: 15 a 18 de fevereiro de 2023
Onde: Expo Guadalajara – México
Saiba mais: expomuebleinternacional.com.mx

Avaliação do comportamento do consumidor de móveis

Iemi, Abimóvel e Movergs analisam como foi o comportamento do consumidor de móveis durante a forte demanda do produto e as perspectivas para este ano

Publicado em 27 de janeiro de 2023 | 10:25 |Por: Thiago Rodrigo

O ano de 2020 iniciou com vendas aceleradas e prometia ser um ano com bastante crescimento. A pandemia, em um primeiro momento, fez com que as vendas de móveis despencassem. Mas, em um segundo momento, a necessidade de distanciamento social alterou as condições de normalidade dos mais diversos mercados. Alguns sofreram com a paralisação, enquanto outros viram a produção e as vendas crescerem. Foi o caso do setor moveleiro, que apresentou crescimento no segundo semestre de 2020 e no ano de 2021, diante da alteração do comportamento do consumidor de móveis.

10 principais tendências de consumo em 2023

Depois desse aumento exponencial no consumo de móveis, 2022 foi um ano equalizador. “As pessoas continuaram adquirindo mobiliário no último ano, mas em menor volume, pois a renda voltou a ser canalizada para lazer, viagens, entre outros, represados durante a pandemia pela qual passamos”, avalia Euclides Longhi, mais novo presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs).

Para ele, um dos legados que a pandemia deixou foi a importância de olhar mais para dentro dos lares. Isso fez com que se criasse ambientes mais confortáveis e funcionais para o trabalho remoto, para o descanso, para o convívio social e até mesmo atividades físicas. Uma alteração completa no comportamento do consumidor de móveis do que era visto há dez anos, por exemplo.

Casa como prioridade

Para 2023, estudos de comportamento e mercado indicam que o conforto da casa continua no topo das prioridades. “As pessoas estão mais preocupadas com a saúde física e mental, com exercícios, com o descanso, com segurança e sustentabilidade. Optam, inclusive, por peças duráveis e marcas responsáveis com as práticas de ESG”, afirma Longhi. Nesse sentido, o consumo de mobiliário, aponta o presidente da Movergs, cumpre o importante papel de proporcionar espaços que vão além do funcional. Desse modo, estão muito conectados aos novos hábitos dos consumidores.

Foto Augusto Tomasi

Euclides Longhi, presidente da Movergs

Isso reflete diretamente em toda a cadeia produtiva moveleira. Desde a indústria, que inclui, escolha de materiais, produção, design, lançamentos e estratégia. Até o varejo, o marketing e as relações com o mercado externo, no caso das empresas exportadoras. Tudo para entender e dialogar com as necessidades dos consumidores, desenvolvendo produtos que atendem a estas necessidades.

Comportamento do consumidor de móveis

Marcelo Prado, diretor do Iemi – Inteligência de Mercado, assinala que a maioria dos consumidores brasileiros “precisam de tudo”. Ainda que tenham comprado móveis nos últimos dois ou três anos, suas necessidades estão longe de serem plenamente atendidas.

Apesar disso, os de menor renda terão muitas dificuldades para ampliar o seu consumo de móveis no curto prazo, caso os juros se mantenham em patamares tão elevados. “Ou seja, quase todo o crescimento previsto para 2023 deverá ser puxado pelas camadas de renda média e alta da população, que juntas totalizam pouco menos que 60% de todo o dinheiro gasto com essa categoria de produto, no País”, avalia.

Iemi

Marcelo Prado

Marcelo Prado, diretor do Iemi – Inteligência de Mercado

O setor moveleiro ganhou uma importância relevante durante a pandemia da Covid-19, de acordo com o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz, quando as pessoas se voltaram muito para o ambiente de suas casas e para a melhoria dos seus espaços de trabalho em home office. “Isso fez com que o mobiliário tivesse uma explosão nas vendas, por conta dos recursos canalizados para esta área”, destaca.

Com o controle da pandemia, contudo, boa parte dos recursos dos consumidores voltaram a ser direcionados para outros fins, como entretenimento e lazer, entre outros. “Isso exige que os nossos empreendedores realizem um trabalho eficaz e criativo para manter o interesse e o engajamento no setor diante dessas transformações. O que é, de fato, um desafio constante e permanente”, considera o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário.

Abimóvel

comportamento do consumidor de móveis

Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel

🔗 Leia reportagem sobre as análises de 2022 e as perspectivas da indústria moveleira em 2023 na Móbile Fornecedores 324 e siga o Instagram da Revista Móbile 360° para não perder as principais novidades do setor moveleiro!

Brazilian Furniture leva indústrias moveleiras ao México

Indústrias moveleiras brasileiras do Brazilian Furniture participam da feira Expo Mueble 2023, no México, com Missão Comercial

Publicado em 20 de janeiro de 2023 | 12:22 |Por: Thiago Rodrigo

Em mais uma ação do Projeto Setorial Brazilian Furniture, 37 indústrias moveleiras brasileiras se preparam para embarcar para o México no próximo mês. Com organização da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), 18 indústrias brasileiras estarão expondo na feira Expo Mueble, enquanto 29 marcas participam de Missão Comercial entre os dias 15 e 18 de fevereiro de 2023, em Guadalajara.

Mercado estratégico para a indústria brasileira do mobiliário, a Expo Mueble atrai compradores de diversas partes do mundo, especialmente da América do Norte e da América Central, sendo uma importante plataforma para descobrir e expor novos produtos e novas tendências em móveis para casa e escritório, design, decoração, iluminação, acessórios, entre outros segmentos ligados à indústria moveleira. Conectando, assim, profissionais e mercados, gerando oportunidades de negócios, bem como disseminando conhecimento e inovação.

Brazilian Furniture no México

As feiras internacionais propiciam oportunidades para captação de novos clientes e a consolidação daqueles já ativos, além de estreitar o relacionamento com os compradores atuais e observar as melhores práticas competitivas no quesito design, materiais, sustentabilidade, tecnologia e muito mais. Estarão expondo na Expo Mueble 2023:

Artesano
Colibri Móveis
Móveis DAF
Gebb Work
Grupo M.E. Gonçalves
Moval Móveis
Nicioli
Rudnick
Treboll
Artely
Bertolini
Carolina Baby
Continuitá
Herval
Kit’s Paraná
Mundo Móveis
Robel
Móveis Tramontina

Missões Comerciais das indústrias moveleiras

As Missões Comerciais do Projeto Brazilian Furniture levam as indústrias moveleiras brasileiras até importantes mercados-alvos, oportunizando reuniões presenciais e diretas com compradores internacionais. Os resultados das rodadas de negócios são significativos no que diz respeito à promoção e ao esforço das empresas brasileiras em expandirem as operações no exterior. Participam da Missão Comercial Expo Mueble:

Araplac
Artely
Bertolini
Brisa Casa
Carolina Baby
Century
Continuitá
Demóbile
DJ Móveis
Genialflex
Herval
Independência Móveis
Kit’s Paraná
Iummi
Luapa
Multimóveis
Mundo Móveis
Pikolin
Poliman
Poquema
J. Marcon
Linea Brasil
Robel
Móveis Rufato
Caemmun
Telasul
Móveis Tramontina
Móveis Província

Expo Mueble 2023
Quando:
15 a 18 de fevereiro de 2023
Onde: Expo Guadalajara, Guadalajara México
Saiba mais: expomuebleinternacional.com.mx

Projeto Brazilian Furniture

O Projeto Setorial Brazilian Furniture é uma iniciativa da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que tem por objetivo incrementar a participação da indústria brasileira no mercado internacional por meio de um conjunto de ações estratégicas tendo como base os pilares da sustentabilidade, competitividade e do design integrado à indústria, voltados para o mercado global.

Atualmente, o Brazilian Furniture conta com a participação de mais de uma centena de empresas que possuem acesso a informações de Inteligência Comercial e Competitiva, Feiras e Missões Comerciais Internacionais, Projetos Comprador, Projeto Imagem, Programa de Design Integrado à Indústria, entre outras inúmeras atividades no exterior.

O projeto foi renovado para o biênio 2023-2024, mantendo a estratégia focada nestes três principais pilares como elementos de agregação de valor do setor no comércio exterior. Para os próximos dois anos, a proposta de promoção comercial em alinhamento prevê um trabalho robusto, com mais de 50 ações estruturantes e estratégicas em mercados alvos prioritários e secundários, tanto em formato físico quanto remoto, ampliando ainda mais as possibilidades de participação e engajamento das empresas associadas e compradores internacionais.

Destaques do plano de trabalho 2023-2024
05 Feiras Internacionais
08 edições do Projeto Comprador
08 Missões Comerciais
01 Missão Prospectiva
03 edições do Projeto Imagem

Catas anuncia resultados positivos em 2022

Laboratório europeu de ensaios do setor de madeira e móveis registra bons resultados em 2022 e vê 2023 com boas perspectivas

Publicado em 19 de janeiro de 2023 | 09:22 |Por: Thiago Rodrigo

O ano de 2022 foi muito bom para a Catas, mais importante laboratório europeu de ensaios no setor de madeira e mobiliário, que olha para os últimos doze meses com verdadeira satisfação. Isso por que teve um ligeiro crescimento face a 2021 em termos de número de exames realizados, pouco abaixo dos 45 mil, e um volume de negócios que se mantém pouco acima da fasquia dos 7 milhões de euros.

O número de funcionários está crescendo, chegando a 56, e deve aumentar ainda mais graças às contratações previstas para as primeiras semanas do novo ano. Em 2022, cerca de 200 horas de treinamento foram disponibilizadas para operadores e empresas pela Catas Academy, por meio de webinars, reuniões e seminários na Itália e para o mercado internacional.

Programas de exportação de móveis e matérias-primas

“Um 2022 que nos surpreendeu agradavelmente”, comenta o diretor geral Franco Bulian, “se pensarmos no clima de preocupação em que começou, com as incertezas da pandemia e da guerra na Ucrânia, que levou ao fechamento de três mercados – Ucrânia, Bielorrússia e Rússia – onde ganhávamos cerca de 4 por cento das nossas receitas”.

Algumas das atividades lançadas pela Catas em 2022 contribuíram para esse resultado, primeiro uma aposta renovada no fornecimento de máquinas de teste projetadas e fabricadas pela Catas Engenharia, graças às quais cada vez mais empresas fabricantes de móveis podem manter a qualidade de seus produtos. produtos sob controle.

A estreia do novo serviço lançado pelo laboratório, “O Ciclo de Vida medido pela Catas”, também foi altamente rentável, segundo o laboratório: numa altura em que os mercados de todo o mundo estão cada vez mais focados nas questões da sustentabilidade, muitas empresas recorreram à Catas para medir de forma objetiva o impacto ambiental de uma matéria-prima, um produto semiacabado ou um produto acabado de acordo com os princípios reconhecidos internacionalmente da LCA-Life Cycle Assessment.

Consumidor mais consciente

“Hoje, mais do que nunca, os consumidores são cuidadosos na escolha de produtos seguros e confiáveis”, continuou Bulian. “Um cenário que é, sem dúvida, resultado tanto de uma maior conscientização dos indivíduos quanto de padrões internacionais ainda mais decididos e consistentes que têm como objetivo final a melhor qualidade de vida para todos”, diz.

“No entanto, estou convencido de que o contexto da grande dificuldade que temos partilhado nos últimos anos também desempenha um papel importante nesta dinâmica, como se entre tantos momentos sombrios procurássemos a serenidade, uma maior tranquilidade entre os objetos que fazem parte do nosso quotidiano. façam a sua parte e garantam – por meio de testes e certificações – confiabilidade, segurança, durabilidade, cuidado com o meio ambiente…”, ressalta.

À medida que o mercado italiano continua a crescer, os testes para clientes em todo o mundo representam agora 35% de todo o negócio da Catas. Em 2022, em particular, houve um aumento significativo nas encomendas da China, onde muitos fabricantes têm de cumprir as rigorosas especificações que lhes são impostas pelos varejistas globais de distribuição de móveis.

Proposta do Catas

Um crescimento em complexidade ao qual Catas responde – um dos poucos, senão o único laboratório do mundo – ao ser capaz de oferecer competência e experiência em todas as frentes: não apenas testes de acordo com os padrões de referência sobre o desempenho de uma cadeira, um colchão ou mesa, mas também testes de reação ao fogo e não de qualidade de superfícies, testes mecânicos, testes de tintas e adesivos.

“Quem recorre à Catas sabe que pode contar com engenheiros, técnicos em móveis de madeira e químicos que podem apoiar – rapidamente – com testes e certificações, graças aos quais podem definir novos produtos ou implementar e melhorar ainda mais os processos de produção estabelecidos. nos ajudar a consolidar relacionamentos em todo o mundo”, continua o diretor geral da Catas.

30 anos do Prêmio Qualidade CQA-Catas

O ano de 2023 marcará também o trigésimo aniversário do “Prêmio Qualidade CQA-Catas”, uma certificação que não diz respeito a um único produto, mas a toda uma produção que, por isso, vê afirmada em termos de qualidade uma “cadeia de valores” que inclui materiais e processos. Só nos últimos dias a Catas atingiu a prestigiada marca de 200 produtos certificados, desde painéis a sistemas de revestimento, de produtos semiacabados a móveis.

Um aniversário que será também comemorado pelo nascimento da nova certificação – “VOC Low Emission” – que será atribuída a produtos que demonstrem que limitam as emissões de compostos orgânicos voláteis dentro dos limites mais restritivos, outra questão – o das emissões interiores – em que o consumidor final está pressionando fortemente a indústria moveleira.

Metas do Catas para 2023

Para o ano que se inicia, são muitas as oportunidades de aproveitar atividades, investimentos e planos que permitirão que a Catas desenvolva ainda mais suas atividades em suas três localidades em Friuli-Venezia Giulia, Lombardia e Marche. Em San Giovanni al Natisone (Udine) já está tudo pronto para iniciar o projeto e a construção da ampliação do edifício que abriga o Laboratório de Incêndio e o Laboratório de Mecânica, mais 2.400 metros quadrados em três andares.

Nas instalações de Lissone, na província de Monza e Brianza, a Catas colhe os frutos de uma presença de trinta anos que nos últimos anos envolveu um número crescente de empresas da indústria moveleira de Brianza e levou à renovação e expansão de o número de máquinas e equipamentos de teste disponíveis.

Durante o ano de 2022, consolidou-se a atividade do Catas Point Pesaro, inaugurado no ano anterior, que viu a definição de relacionamento para testes com muitas empresas importantes da área, bem como o início de cursos e seminários que certamente receberão novo impulso da mudança da estrutura para um local novo e maior.

Ainda durante 2023, a Catas estará presente pela primeira vez em algumas feiras e eventos para confirmar a sua vocação internacional e a sua vontade de estar cada vez mais diretamente presente onde quer que no mundo haja necessidade de medir performance e resultados do setor de móveis e madeira.

Entrevista: Gisele Dalla Costa, presidente do Sindmóveis Bento Gonçalves

Giselle Dalla Costa é a nova presidente do Sindmóveis Bento Gonçalves e conta sua história, liderança e objetivos com o sindicato

Publicado em 18 de janeiro de 2023 | 11:34 |Por: Thiago Rodrigo

Desde janeiro de 2023, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) é presidido por uma mulher. Gisele Dalla Costa, da Motiva Móveis, possui mais de 20 anos de experiência na indústria moveleira. No sindicalismo, integrou o Sindmóveis Bento Gonçalves no biênio 2005/2006, sendo vice-diretora de Relações com o Mercado. Agora, a executiva formada em Administração de Empresas ocupa a presidência da entidade, substituindo Vinicius Benini.

“Assumir a liderança de uma entidade tão importante e respeitada é, ao mesmo tempo, uma honra e um desafio, mas tenho total confiança nos diretores, conselheiros e na equipe técnica para a realização de um belo trabalho. Vamos dar ainda mais força ao Sindmóveis e seus produtos”, comentou na época da cerimônia de posse. Entre os desafios de Gisele no comando do Sindmóveis estão a Movelsul Brasil, que em 2023 ocorre novamente com a Fimma Brasil, realizada pela Movergs, e a 25ª edição do Prêmio Salão Design.

Portal eMóbile | Qual é sua experiência na Motiva Móveis e como foi atuar na empresa durante 20 anos?
Gisele Dalla Costa | Como se trata de uma empresa familiar, desde criança acompanhei como se dava o funcionamento da Motiva. O dia a dia da fábrica acabou fazendo parte da minha infância, principalmente por causa do meu pai, Sérgio Dalla Costa. No Ensino Médio, quando precisei escolher qual carreira seguir, optei por Administração de Empresas, justamente pensando em atuar no negócio da família. Já no término do Ensino Médio e início da faculdade, comecei a trabalhar no atendimento da Motiva Móveis. Foi uma experiência bem importante para conhecer melhor a equipe interna e externa.

Programas de exportações de matérias-primas e móveis

Aos poucos, no decorrer dos anos, fui aprendendo um pouquinho de cada atividade interna em praticamente todos os setores. Gostei muito de atuar no setor de Suprimentos, onde fui aprimorando questões como sistemas, processos, compra de materiais, entre outros. Hoje, continuo atuando nesse setor e na Engenharia, com foco em processos, que é a área com a qual mais me identifico e de que gosto. Ter aprendido um pouco sobre cada setor da empresa durante esses 20 anos me possibilitou entender melhor os processos, tendo uma percepção do todo.

Fornecedores | Como resume seu perfil de liderança e gestão? Como isso ajudará na presidência do sindicato?
Gisele | No meu dia a dia, gosto de trabalhar numa dinâmica em que não se trata de estarmos certos ou errados, mas sim de termos posicionamento. Significa que precisamos ouvir muito e dar opinião. Levando essa característica do meu perfil de liderança para o Sindmóveis, entendo que nós, da diretoria, estamos representando a entidade e todos envolvidos com ela. Por isso, para a gente poder pensar em qualquer decisão importante, é preciso ouvir o que as pessoas têm a dizer e ponderar sobre os prós e contras, até chegar a um consenso. Essa troca é muito importante para conhecer diferentes pontos de vista e chegar a decisões mais assertivas – sempre considerando nosso papel enquanto entidade. Claro que esse trabalho em equipe, posicionamento claro do que se pensa e respeito às divergências são saudáveis também nas questões menores do dia a dia.

eMóbile | De que forma começou se interesse no sindicalismo? E em liderar nesta área?
Gisele | Com certeza tive influência do meu pai, porque ele já participou de diversas entidades, inclusive Sindmóveis e Movergs, que tão bem representam o setor moveleiro. No decorrer dos anos, fui percebendo o quanto esse trabalho beneficia todos os envolvidos. Mesmo sendo em prol dos associados, integrar a diretoria de uma entidade traz crescimento pessoal e profissional a cada um de nós. Quando participei da gestão do Sindmóveis no biênio 2005/2006, como vice-diretora de Relações com o Mercado, tive uma prévia de como essa experiência é engrandecedora. Sei o quanto a equipe técnica, os diretores e os conselheiros se empenham para conseguir bons resultados. Fiquei muito honrada quando recebi o convite para a presidência no biênio 2023/2024 e, com certeza, vou me doar para dar continuidade ao excelente trabalho que já foi feito nas gestões anteriores. Tenho total confiança em todos os que estão com a gente nessa caminhada.

eMóbile | Em sua visão, qual a importância da união sindical das empresas? Como enxerga esse tópico no Sindmóveis hoje?
Gisele | Durante minha vida profissional, tanto no que se refere à experiência na Motiva quanto na influência do meu pai como empresário do setor moveleiro, entendi que a união ajuda as empresas a se fortalecerem, crescendo de modo mais consistente e saudável. O Sindmóveis trabalha essa filosofia muito bem, acompanhando de perto as demandas dos seus associados e tudo o que é relevante para o setor moveleiro de modo geral – seja com estudos de mercado, seja com parcerias, projetos e demais iniciativas em prol da qualificação, da inovação, do design, da geração de negócios, entre outros assuntos de interesse para os empresários.

eMóbile | Quais os desafios do Sindmóveis Bento Gonçalves durante seu período como presidente?
Gisele | A diretoria vai trabalhar de forma conjunta para dar continuidade aos projetos que já vêm sendo desenvolvidos, mas sempre com olhar atento às oportunidades que possam ser vantajosas aos associados e ao setor moveleiro. Entre os desafios estão a realização da próxima Movelsul, que em 2023 ocorre novamente com a Fimma Brasil, realizada pela Movergs, de 28 a 31 de agosto de 2023, a 25ª edição do Prêmio Salão Design e a manutenção do projeto Orchestra Brasil, que desenvolvemos com o apoio da ApexBrasil.

eMóbile | Quais são as metas e objetivos da entidade para além da promoção de feiras e eventos? Como o Sindmóveis almeja colaborar para o desenvolvimento das empresas de móveis da região durante sua presidência?
Gisele | Queremos estar cada vez mais próximos das indústrias, entendendo demandas, propondo ações, representando seus interesses. Exportações, design e inovação estão entre os pilares que o Sindmóveis considera estratégicos para as indústrias de móveis. Então, acredito que vamos colocar esses assuntos cada vez mais em pauta. Além de feiras, vamos dar atenção a possíveis parcerias público-privadas que possam ser vantajosas para as empresas do polo moveleiro de Bento Gonçalves.


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