Três quesitos do design em puxadores para móveis

Além do apelo estético, puxadores atendem três quesitos do design em sua aplicação no mobiliário; confira quais são e as melhores indicações do produto

Publicado em 10 de julho de 2023 | 15:25 |Por: Thiago Rodrigo

Os puxadores nasceram com a função de abrir e fechar portas e gavetas e ao longo dos anos se transformaram em um produto determinante no processo de design do móvel. A competitividade no setor moveleiro faz com que até mesmo essa simples peça não seja esquecida dentro do projeto do mobiliário das empresas.

Desse modo, torna-se uma peça de design e, muitas vezes, é o toque de diferencial do móvel, contextualizando toda a linguagem dele. As fornecedoras de puxadores sugerem, primeiramente, saber como explorar o apelo visual adequadamente.

A complexidade do público a que se destina o produto, muitas vezes, tende a gostos “flutuantes”, mas na indústria moveleira não é possível considerar apenas a estética.

Otimismo moderado no setor de colchões

Mesmo que a tendência de perfis de alumínio continue forte e que os puxadores garantam seu próprio diferencial estético no móvel, é preciso mais. Os puxadores têm de atender os três quesitos do design – estética, funcionalidade e preço.

O puxador deve ser escolhido de acordo com a sua necessidade como consumidor, como todo produto. O mercado consumidor é quem dita a tendência, mas a necessidade individual de quem compra é o principal fator a ser analisado.

Nos móveis populares, os puxadores de menores custos entram em cena, é claro, mas sem abdicar de um desenho mais elaborado. Em um móvel de nível médio, é de extrema importância que o custo esteja adequado ao produto, sem deixar de proporcionar praticidade e conforto ao usuário.

Contatto

puxadores para móveis

Além da funcionalidade, puxador garante o diferencial estético no móvel. Na foto, puxador Versatile

Três fatores dos puxadores para móveis

Letícia Kercher, supervisora de marketing do Grupo Bigfer, que possui a marca de puxadores Contatto, assinala que os três pilares da linha de puxadores da empresa são exatamente estética, funcionalidade e preço. “De nada adianta um puxador lindo que não permita a abertura do móvel. Ou, que não tenha uma boa pega para todos os clientes que forem utilizá-lo”, afirma.

Desse modo, a Contatto Puxadores prima por um ótimo acabamento das peças, feito em sua própria galvânica, que segundo a supervisora é uma das maiores e mais modernas da América Latina. “Como temos a maior parte dos processos internalizados, conseguimos custos menores, que são repassados para nossos clientes. Então, temos preços bem competitivos, sem perder nada em qualidade e funcionalidade”, destaca.

Mais vendidos
Os puxadores tipo alça são os com maior venda na Tabone. “Acreditamos que o motivo para a preferência tem muito a ver com o conforto no uso do produto”, diz o gerente da empresa. Na Contatto, Letícia destaca a grande linha de modelos, tamanhos e acabamentos. Além dos puxadores mais novos como o Versátile, Luce e Gazza citados, temos muitos puxadores que estão no mercado há mais tempo que são super conhecidos por todos e continuam vendendo muito, como é o caso do Neo, Franco, Reale e Firenze. “Acredito que nosso grande diferencial é aliar estética, função e preço, atendendo assim a todos os nichos e necessidades do mercado”, justifica a supervisora como motivos para eles serem os mais vendidos.

Para oferecer alternativas em puxadores dentro dos três fatores citados, a Tabone tem um centro de desenvolvimento de produto totalmente focado em P&D. “Estamos sempre presentes nas principais feiras nacionais e internacionais buscando tendências e avaliando como podemos ser uma solução para o nosso cliente”, diz Alexandre Thomazi, gerente comercial da Tabone. “Gostamos muito de entender os projetos para que nossa oferta seja o mais assertiva possível”, acrescenta.

Assim, a Tabone realiza testes de funcionalidade e tem uma preocupação com a indicação da pega, medidas e aplicação que será feita. Thomazi lembra que o puxador é o contato tátil do cliente com o móvel e precisa gerar uma boa experiência. Por isso, a Tabone sempre busca entender o projeto do cliente e oferecer uma solução consistente.

“Buscamos trabalhar com um produto competitivo, mas sem deixar de lado nossa essência justamente pela constatação que o puxador é fator decisório no ponto de venda. Não abrimos mão de uma boa pega, acabamento resistente e durável e mesmo nas peças mais competitivas pensamos em agregar valor ao móvel está no nosso DNA”, destaca Thomazi, que ressalta: “A Tabone é uma empresa muito voltada para acabamentos em todas as etapas e esse é um diferencial. Em termos de beleza e durabilidade nossos acabamentos são referência nos setores moveleiro, automotivo e cosmético”.

Contatto

Puxador Luce da Contatto garante destaque no mobiliário

Puxadores especiais

Há quase 35 anos atrás a Tabone entrou no mercado oferecendo puxadores de polímeros, que foi o primeiro produto da empresa. “De lá para cá muita coisa mudou e nós buscamos acompanhar o mercado. Acreditamos que o puxador é um diferencial no ponto de venda e muitas vezes um fator decisivo, por isso, buscamos sempre inovar em design e acabamentos”, destaca Thomazi.

Hoje, além da linha de polímeros, uma das unidades da Tabone é totalmente voltada para a fabricação de puxadores de alumínios, tanto perfis de topo e gola quanto os clássicos puxadores de alça. “Constatamos que os clientes que apostaram em subir a linha utilizando puxadores de alumínio como diferencial agregaram valor e conseguiram ultrapassar as objeções de preço”, afirma.

Em geral, os produtos da Tabone, de acordo com o gerente, destacam-se pela possibilidade de personalização, acabamentos com nível altíssimo de qualidade e beleza. “Nossa ideia é atender o mercado seriado elevando o nível de percepção de valor do móvel com os nossos produtos. Acreditamos que assim podemos participar do sucesso do cliente”, diz.

Entre os puxadores de destaque da empresa, na linha de polímeros há a Top & Mix, que é uma grande novidade pela união de polímero com alumínio e uma opção moderna e versátil. Em alumínios, são muitas possibilidades desde o Aleno Fit um puxador clean, competitivo e com uma pega superconfortável ao Opera Alfa, um puxador em alumínio maciço sofisticado e moderno.

Tabone

Puxador Opera Alfa da Tabone

Entre as soluções especiais da Contatto Puxadores, está o Versátile. “É um dos puxadores mais vendidos e adorados de todos os tempos”, frisa Letícia. É basicamente composto por um perfil de alumínio que pode ser cortado conforme a largura que o cliente precisar, com ponteiras em zamac que dão o acabamento junto ao móvel.

“Possui uma ótima pega, facilitando o uso no dia e dia e mesmo assim fica quase escondido, pois é fixado por trás da frente do móvel, ficando visível no topo, e saindo somente o necessário para uma boa pega. Além disso, ele está disponível nas cores prata, champagne, preto e branco, facilitando a combinação e adaptando-se a todos os projeto e estilos”, conta Letícia.

Um puxador nem sempre deve ficar escondido ou aparecer pouco e o Luce atende esse requisito. “Em muitos projeto ele tem papel de destaque, garantindo uma estética perfeita além de uma boa pega”, considera a supervisora. Está disponível nos acabamentos cromado, escovado, preto industrial e rosê gold, adaptando-se a todos os estilos e podendo ser utilizado em todos os ambientes.

Por fim, o Gazza é um puxador ponto sendo, literalmente, o ponto de destaque do móvel. Muito utilizado em quartos, salas, escritórios e banheiros, o Gazza está disponível em cinco acabamentos: cromado, escovado, steel, rosê gold e preto industrial.

Otimismo moderado domina pesquisa da Abicol

Abicol realiza pesquisa de expectativa com empresários de colchões que esperam vendas maiores neste segundo semestre em relação ao mesmo período de 2022

Publicado em 10 de julho de 2023 | 09:50 |Por: Thiago Rodrigo

A pesquisa Panorama do Setor Colchoeiro promovido pela Abicol – Associação Brasileira da Indústria de Colchões, revela que os empresários sentem o mercado se retraindo cada vez mais, o consumidor sem dinheiro e redução do fluxo de vendas, mas demonstram certo otimismo e veem o mercado a frente bastante desafiador a partir do segundo semestre.

Perguntados sobre quais as expectativas para 2023, 37,5% disseram que será pior que 2022, para 33,3% será melhor e para 29,1% será igual. A entidade ouviu 30 empresas, a maioria das regiões sul e sudeste, que concentram o maior potencial de vendas do País.

Questionadas sobre o que a diretoria da empresa tem feito para enfrentar a situação, metade dos entrevistados respondeu que vem realizando campanhas para promoção de vendas, 58,3% estão reduzindo custos de produção, 33,3% vêm investindo em novas linhas de produtos e 4,1% estão aumentando o número de empregados. Mais cautelosos, 25% estão diminuindo o número de funcionários e 16,6% estão antecipando férias.

Faturamento no mercado

Para 54,1%, o faturamento do primeiro semestre será menor do que o esperado: para 8,3% dos entrevistados a redução será de até 10%, para 33,3% será menor do que o esperado, mas com redução entre 10% e 30%. Para 12,5% será menor, com redução entre 30% e 50%. Na outra ponta, mais otimista, 29,1% disseram que será maior do que o planejado, com crescimento de até 10% e, para 4,1% o aumento ficará entre 10% e 30%. O faturamento será igual ao do primeiro semestre de 2022 para 12,5%.

Para 41,6% o faturamento do segundo semestre de 2023 em relação a igual período de 2022 será maior, com previsão de aumento de até 10% entre um período e outro, sendo que para 8,3% essa evolução ficará na faixa entre 10% e 30%. Para 16,6%, ficará igual ao do segundo semestre do ano passado. Para outra parcela, que compreende 16,6% dos entrevistados, o faturamento será menor, com recuo entre 10% e 30% e, para 16,6%, a redução será mais branda, na ordem de até 10%.

Produção de colchões

Sobre a quantidade de colchões produzidos no primeiro semestre desse ano em relação a igual período de 2022, 49% disseram que será menor, sendo que uma parcela de 20,8% acredita que a redução ficará no intervalo entre 10% e 30%, enquanto para outra parcela de 29,1% sofrerá uma redução de até 10%. A metade mais otimista aposta que haverá aumento: 20,8% esperam que alta de até 10%, para 12,50% a elevação será entre 10% e 30% e apenas uma fatia de 4,7% acredita que crescerá em mais de 30%. Para 12,5% será igual entre os dois semestres.

Em relação a quantidade de colchões a serem produzidos no segundo semestre de 2023 sobre igual período do ano passado, as projeções são otimistas para 45% dos entrevistados: para 29,1% a quantidade deve ter aumento de até 10% sobre o mesmo período de 2022, enquanto para 16,6% o volume será maior, com crescimento entre 10% e 30%. Para outros 25% a produção será igual entre os dois períodos. Já o total a ser produzido entre julho e dezembro desse ano será menor para 12,5% dos entrevistados, com redução entre 10% e 30%. Para 16,6% o recuo será na faixa até 10%.

Vendas de colchões

Em relação a quantidade de colchões a ser vendida no primeiro semestre em relação ao a igual período de 2022, predominou o otimismo para 43,8% dos pesquisados. Para 16,6% o aumento será em até 10%, enquanto para 20,8% a alta ficará na faixa entre 10% e 30%, e apenas para 4,1% o crescimento será em mais de 30%. Para 20,8% a previsão é que ficará igual ao mesmo intervalo do ano passado. Para 33,3%, as vendas de colchões serão menores, dos quais, 20,8% o recuo ficará na faixa entre 10% e 30% e para 12,5% a redução ficará na faixa de até 10%.

Para a metade dos consultados, a quantidade de venda de colchões no segundo semestre de 2023 será maior em relação ao mesmo semestre do ano anterior. Para 25% o incremento será de até 10% e para outros 25% o aumento ficará na faixa situada entre 10% e 30%. Para 16,6% será igual entre um semestre e outro. Para 16,6% será menor entre 10% e 30% e para outros 16,6% será menor em até 10%.

Abimóvel passa a integrar CNDI

Para 45% dos entrevistados, a quantidade de colchões a ser vendida no primeiro semestre de 2023 será maior em relação ao primeiro semestre de 2022, sendo que para 25% o aumento pode ser superior em até 10%, e para 20,8%, a alta pode ficar na faixa entre 10% e 30%. Uma parcela de 16,6% acha que será igual. Entre os menos otimistas, 25% acreditam que as vendas cairão entre 10% e 30% e para 12,5% será menor em até 10%.

Para 41,6% a expectativa de vendas no segundo semestre desse ano será maior em relação ao segundo semestre de 2022, sendo que 25% acreditam que quantidade aumentará em até 10% e outros 16,6% aumento entre 10% e 30%. Nesse item, 25% acreditam que será igual ao do segundo semestre do ano passado.

Abimóvel passa a integrar CNDI

Abimóvel passa a integrar Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial após encontro com vice-presidente da república e MDIC

Publicado em 6 de julho de 2023 | 14:31 |Por: Thiago Rodrigo

No último dia 4 de julho de 2023, uma comitiva da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) — composta pelo presidente Irineu Munhoz, a diretora-executiva Cândida Cervieri e os vice-presidentes Daniel Lutz, Adeilton Pereira e Esther Cuten Schattan — com apoio do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), esteve reunida com o Presidente do Brasil em exercício, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, para a discussão de propostas fundamentais para a manutenção e desenvolvimento do setor moveleiro e da indústria nacional.

A reunião entre o MDIC e a Abimóvel representou um passo importante na construção de políticas públicas para o desenvolvimento econômico e o reposicionamento do país no mercado global. Entre os principais assuntos da pauta estiveram:

– Desoneração da Folha de Pagamento: ação essencial para aliviar a pressão financeira, impulsionando a produção e a geração de emprego na indústria de móveis.

– Reforma Tributária: devendo entrar em votação ainda neste mês de julho, a reforma significa um passo crucial no estabelecimento de um sistema mais previsível e menos oneroso, que incentive investimentos e competitividade no país.

– Inclusão de Móveis no Programa Minha Casa, Minha Vida: a iniciativa — benéfica tanto para a indústria e o varejo quanto para a população brasileira — visa facilitar o acesso a itens de mobiliário por meio de financiamento a partir do programa habitacional, com vista a equipar adequadamente essas novas moradias.

– Acordos Comerciais: a entidade reforça a importância da aprovação do Acordo do Mercosul-União Europeia, ressaltando o impacto direto de tal compromisso para o incremento das exportações e o aumento da participação da indústria brasileira no bloco, um dos mais relevantes da economia mundial.

– Política Industrial: a Abimóvel solicita a participação nas discussões relacionadas à nova política industrial do país, reforçando os pilares da tecnologia, inovação, competitividade e sustentabilidade no setor produtivo nacional.Abimóvel

Vantagens para a indústria moveleira

Com as propostas, a entidade moveleira busca não só alívio financeiro, mas o estabelecimento de um ambiente de negócios mais saudável para as empresas do setor, com efeito de transbordamento em toda a cadeia produtiva e de valor, bem como na economia e no consumo no Brasil.

Uma vez que a redução de encargos, a desburocratização de processos e a democratização do acesso ao crédito para a compra de móveis podem impulsionar a produção, a inovação, o investimento em tecnologia e a geração de emprego e renda no setor, que é o oitavo que mais emprega no Brasil.

“A desoneração da folha de pagamento, por exemplo, é fundamental para que possamos continuar a crescer de maneira sustentável, produzindo mais, bem como mantendo e gerando empregos. Da mesma forma, uma reforma tributária que permita maior previsibilidade e justiça fiscal deve incentivar investimentos e a modernização da indústria brasileira”, declarou Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel.

A inclusão de móveis no Programa “Minha Casa, Minha Vida”, outro ponto crucial debatido na reunião, também pode trazer uma série de benefícios à indústria, ao varejo e à sociedade.

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Em primeiro lugar, os consumidores teriam a oportunidade de adquirir móveis por meio do financiamento, o que facilitaria o processo de compra e permitiria que equipem suas residências de forma adequada, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Além disso, a inclusão de móveis no financiamento do programa também tem potencial de impulsionar o setor, que enfrenta desafios relacionados ao custo de vida elevado da população brasileira, inflação acima da média nacional, altas taxas de juros, entre outros entraves logísticos e na cadeia de abastecimento.

No que diz respeito aos Acordos Comerciais, a abertura de novos mercados passa necessariamente pelo estabelecimento de acordos internacionais, que privilegiam a simplificação dos processos de exportação e importação, também com a diminuição de custos logísticos e alfandegários.

Atualmente em avaliação, com o novo Acordo do Mercosul com a União Europeia, então, espera-se que as barreiras tarifárias e não tarifárias diminuam entre os blocos, o que significaria um avanço para a indústria e os produtos brasileiros, com ganhos relevantes de competitividade e integração.

Segundo estudos e avaliações internas do setor, com a aprovação do acordo haveria um crescimento imediato de, no mínimo, 20% nas exportações de móveis para o bloco europeu no primeiro ano de vigência do Acordo, o que é particularmente necessário para um país como o Brasil, onde apenas 1% de suas empresas exportam.Abimóvel

Indústria moveleira no CNDI

O vice-presidente Geraldo Alckmin e a equipe do MDIC se mostraram abertos às propostas da Abimóvel, reconhecendo a relevância do setor moveleiro para a economia brasileira e para a instauração de uma nova Política Industrial que promova o desenvolvimento do país. O que se confirma com o convite de Alckmin para que a Abimóvel integre o novo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, o CNDI.

Uma conquista para a indústria brasileira do mobiliário, que passa a ocupar um dos requisitados assentos do conselho, que conta com 21 cadeiras para o setor público e outras 21 para o setor privado. A direção da Abimóvel participa já nesta quinta-feira, 06 de julho, da primeira reunião, que ocorre no Palácio do Planalto.

Com o objetivo de retomar discussões essenciais para o país, o Governo Federal anunciou recentemente a reestruturação do CNDI. O resultado esperado é o aperfeiçoamento da governança quanto aos processos de formulação das políticas nacionais de desenvolvimento industrial, com a Abimóvel dando mais um importante passo em sua atuação propositiva em prol do setor moveleiro e da indústria no Brasil.

“Essa é uma vitória não só para o nosso setor, mas para a efetiva estruturação de uma nova política industrial no país, que privilegie a tecnologia, a inovação, a competitividade e a sustentabilidade no setor produtivo nacional, colocando o Brasil em pé de igualdade com as maiores economias do planeta”, reforça Munhoz, presidente da Abimóvel. “Temos uma indústria rica em recursos materiais, além de capaz de atuar em paridade técnica e criativa no mercado global, mas que ainda sofre com obstáculos que limitam seu desenvolvimento no mercado interno e externo”, reforça.

Indústria moveleira no Brasil

Sexta maior produtora de móveis no mundo, a indústria moveleira nacional é composta por mais de 17,1 mil empresas, gerando aproximadamente 270,5 mil postos de trabalho e exportando para 162 países, com participação ativa no PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

Interessante pontuar, contudo, que a grande maioria das empresas nesse cenário são de micro ou pequeno porte. Desempenhando, portanto, papéis vitais nas economias regionais e nacional, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios ainda mais substanciais para a expansão produtiva e comercial, que devem ser progressivamente pontuados e minados por meio dessas novas políticas industriais em proposição.

Schattdecor apresenta novos decors

No retorno da empresa de papéis decorativos na Interzum, Schattdecor apresenta novos produtos e décors para o revestimento de móveis

Publicado em 6 de julho de 2023 | 09:46 |Por: Thiago Rodrigo

Com resultados extremamente positivos, o retorno à edição presencial da Interzum – que aconteceu entre 9 e 12 de maio – comprovou a importância desse encontro para o intercâmbio entre o setor. Sob o lema “One source. Unlimited Solutions”, a equipe internacional pôde continuar o legado de sucesso da última edição presencial em 2019.

Para a Schattdecor, o feedback de clientes e visitantes foi de que realizar uma feira novamente vale a pena. A Schattdecor também acredita que a Interzum é um excelente ponto de encontro para o setor. “Tivemos ótimos dias apresentando nossos novos decors e produtos, bem como nosso novo conceito de tendências Freiraum, presencialmente, junto com nossos parceiros e recebendo feedback imediato dos visitantes”, diz Claudia Küchen, Chief Creative Officer e responsável pela presença da Schattdecor na feira.

Roland Auer, CEO da Schattdecor SE comentou que “nenhum formato consegue superar a maior feira internacional do setor”. Além disso, os novos produtos para superfícies, Fineflex e MFS-Touch, e decors como Riva, Acapulco, Sydney, Salvador Oak, ou o já best-sellers Karlstad Oak, receberam feedbacks muito positivos.

A presença da Schattdecor foi pautada pelo novo conceito de tendências “Freiraum”, que também recebeu reações positivas dos visitantes. No centro do conceito, a frase “Agora tudo é possível” mostra que, por meio de ilimitadas possibilidades tecnológicas, a empresa é capaz de desenvolver e criar o que for preciso para uma nova geração da sociedade.

Com a palavra-chave “evolução material”, o estande da Schattdecor teve uma área que representou uma cozinha e instigou os visitantes com duas novas coleções do produto Fineflex, uma de unicolores e outra de tons metalizados.

O filme, composto parcialmente por PET reciclado foi apresentado como solução para laminação plana, laminação 3D ou postforming com a cor tendência pearl bronze, que faz parte da coleção Fineflex Nature. De acordo com a Schattdecor e a Fine Decor, responsáveis pelo produto, essa opção estará disponível em breve para o mercado.

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O inovador MFS-Touch também inspirou os clientes por suas características: toque aveludado, super matte e antifingerprint. A nova solução para superfícies atende às características desejadas pelos consumidores.

Falando em tendência, o efeito ripado continua sendo um sucesso, como no decor Omega Oak, assim como os carvalhos, como os decors Salvador Oak e Karlstad Oak. Além desses, outros tipos de madeira também estiveram presentes entre os pedidos de amostras da Schattdecor, como o decor Riva. Pedras naturais também tiveram destaque, como Acapulco e Sydney.Schattdecor

Nosso cliente espanhol Finsa recebeu o prêmio Red Dot Award por um decor impresso digitalmente pela Schattdecor, que é composto por 24 diferentes réguas de piso e textura sincronizada, criando um efeito particularmente natural. “Um projeto único”, enfatiza Dorothy Vreven, Vendedora responsável por esse mercado na Schattdecor.

O produto Proflex 3D da Schattdecor, considerado um “piso saudável”, foi igualmente bem recebido durante a feira de acordo com a empresa. Com o tópico de sustentabilidade e maior consciência ambiental, esse produto vem ganhando maior destaque.

Mesmo que nem todos os principais concorrentes estivessem presentes na feira, o feedback geral foi extremamente positivo, tanto para os expositores, quanto para os organizadores. “Uma feira como a Interzum prospera com novos produtos e inovações, mas também com a concorrência. Infelizmente, o cenário da feira comercial deste ano foi um pouco limitado nesse aspecto. Após inúmeras discussões e um resultado tão bem-sucedido, estamos muito confiantes de que, em 2025, ninguém vai querer ficar de fora”, aponta Claudia Küchen. Confira um tour 360 graus pelo estande da Schattdecor.Schattdecor

Lixadeiras e calibradoras para a indústria moveleira

Componentes, tecnologias e desenvolvimentos das lixadeiras e calibradoras das linhas de pintura de móveis

Publicado em 5 de julho de 2023 | 16:47 |Por: Thiago Rodrigo

As lixadeiras e calibradores de painéis de madeira executam papel de grande importância no processo de pintura para o perfeito acabamento das peças. Entre os componentes das calibradoras para preparação de painéis crus de MDF e MDP para pintura, em geral, contam com 3 a 4 grupos operativos, sendo a variação de quantidades de lixas determinante para a velocidade de trabalho que se deseja.

Desse modo, o equipamento convencional em geral é composto por um rolo calibrador duro, um rolo lixador de média dureza e um patim fixo para polimento, além de soprador de limpeza de lixas e painéis. Na versão com quatro grupos, geralmente o primeiro grupo é montado com um rolo de aço, para uma calibragem mais agressiva em maior velocidade.

Já a lixadeira propriamente dita é o equipamento responsável pelo acabamento a que se pretende aplicar no produto. Esse equipamento, em versões mais simples é composto por dois rolos, sendo um de média dureza e outro macio, que realizam o lixamento e polimento da massa ou gel que irão ancorar as camadas subsequentes no processo, tais como primers, verniz e laca.

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O tipo de substrato e a velocidade de operação pretendida são determinantes no momento de se oferecer a configuração de melhor eficiência. Moisés Ortencio Ferreira, gerente comercial da Maclinea, fabricante desses maquinários, conta que como opcionais nas lixadeiras, que também são componíveis.

Assim, elas podem ter mais grupos, incluindo patins simples ou setorizados com comando eletrônico, cintas lamelares para super acabamento e alto brilho, patins transversais, para trabalhos com lâminas de madeira e pré-polimento, além de grupos rebarbadores e de polimento, sendo a configuração definida para atender a necessidade de cada projeto.

Tecnologias em lixadeiras e calibradoras

As mais recentes tecnologias implementadas nas lixadeiras da Maclinea são programadores eletrônicos em todas as versões de calibradoras e lixadeiras, oferecendo aos clientes uma operação simplificada e um novo design de cabine, totalmente fechada e adequadas às normas NR-12. “Isso oferece aos nossos clientes a possibilidade de maior flexibilidade de processos, unido à confiabilidade que nossos equipamentos sempre entregaram ao mercado”, aponta Ferreira.

A Maclinea tem apresentado uma vasta gama de calibradoras e lixadeiras para as mais diversas finalidades. Com o decorrer dos anos, com diversos aprimoramentos feitos e a padronização dos processos produtivos, a empresa focou em oferecer ao mercado soluções específicas para o mercado de painéis.

“Isso seja com a linha Gemini e Sanders, dedicadas aos fabricantes de chapas e painéis compensados ou com a nova linha Europa, que visa atender ao mercado moveleiro, ofertando uma família de calibradoras e lixadeiras componíveis, para painéis em MDF/MDP, cru ou laminados e madeira maciça, destacando os processos de preparação para pintura em linhas contínuas”, assinala o gerente comercial.Maclinea

Desenvolvimento das máquinas

Atualmente, as atenções estão concentradas não no poder de calibração que uma máquina oferece, mas sim na sensibilidade e precisão que o equipamento tem, trabalhando com pressões menores e extrações superficiais mínimas para não danificar os painéis calibrados ou lixados, deixando a superfície preparada para a aplicação homogêneas de tintas e géis, sem o consequente afloramento.

Afinal, a precisão na preparação do painel é determinante ao custo final do processo de lixamento, com a qualidade que cada projeto almeja. “Disponibilizamos de uma equipe de consultores e técnicos, com amplo conhecimento do mercado e de planejamento de processos de pintura, aptos a indicar os melhores caminhos ou opções para pequenas, médias e grandes empresas”, assinala.

A Maclinea tem desenvolvido e apresentado ao mercado moveleiro suas lixadeiras buscando ser parceira dos fabricantes. No processo de desenvolvimento de produtos, é uma constante na empresa ouvir a necessidade do mercado.

“É uma virtude que a Maclinea desenvolveu por meio do relacionamento de sua equipe técnica e comercial com os clientes, entendendo a evolução dos materiais utilizados e os desafios que os designers impõem aos fabricantes de móveis. Desse modo, somos desafiados a fornecer soluções a esses novos acabamentos e substratos”, destaca Ferreira.

A linha Europa da Maclinea é o novo conceito que a empresa apresenta para o mercado moveleiro. Focada na simplicidade de operação e na flexibilidade e otimização de processos, a máquina é entregue com programa IHM, que permite o acumulo de receitas e um setup automático, reduzindo assim o tempo de preparação e dando mais segurança e melhor performance ao equipamento, segundo o gerente comercial da Maclinea.Maclinea

Petição da Abicol tem 500 assinaturas

Petição para evitar antidumping de fio têxtil de poliéster, principal insumo da indústria têxtil, tem 500 assinaturas

Publicado em 5 de julho de 2023 | 11:58 |Por: Thiago Rodrigo

Uma petição pública coordenada pela Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), busca apoio dos empresários do setor colchoeiro para evitar a aplicação de uma medida antidumping para importação de fios de poliéster, principal insumo da indústria têxtil. O setor colchoeiro tem interesse considerando o consumo de tecidos para revestimento de colchões e travesseiros.

Até o momento a petição da Abicol tem cerca de 500 assinaturas, um número considerado relevante pela Abicol, mas deve crescer ainda mais nos próximos dias. Medidas antidumping costumam durar cinco anos. Se a suspensão for prorrogada por mais um ano, que é o objetivo da Abicol, a medida passará a valer a partir do terceiro ano somente a partir de 2024.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia aprovou no dia 18 de agosto de 2022, a aplicação de uma medida antidumping para fios de poliéster, commodity que é o principal insumo da indústria têxtil. No entanto, apesar de reconhecer a prática de dumping nos filamentos sintéticos texturizados de poliésteres originários da Índia e da China, o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex aprovou a suspensão imediata da aplicação da tarifa antidumping pelo prazo de um ano, prorrogável uma única vez por mais um ano, por razões de interesse público.

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A medida, obviamente, agradou fabricantes de tecidos sintéticos que importam o produto e que argumentaram ao longo do processo de investigação do dumping que a taxação poderia levar a um aumento dos custos de roupas, colchões e demais produtos que usam tecidos sintéticos.

Na época, Rogério Coelho, então presidente da Abicol, entidade que representa fabricantes de colchões, que importam o fio de poliéster para fabricar o tecido que reveste o colchão, afirmou que “a suspensão por um ano é um grande alívio, neste momento em que a inflação está em alta e vai beneficiar todo o setor colchoeiro”. O setor estima que se fosse aplicado o antidumping, o impacto no preço final para o consumidor poderia ser da ordem de 20%.

Em um parecer técnico apresentado em junho de 2022, foi sugerida uma sobretaxa de 5% para a importação da China e de 8% da Índia, segundo fontes do setor. A Abrafas representa quatro indústrias no Brasil — a mexicana PQS (Petroquímica Suape), a americana Unifi, a espanhola Antex (com sede em Curitiba), e a brasileira Dini Têxtil, do interior de São Paulo. Juntas, atendem 25% da demanda nacional pelo fio de poliéster.

“Temos capacidade ociosa e com investimentos não expressivos ela pode ser ampliada. Não queremos impedir ninguém de importar, mas que não importem com um preço desleal” afirmou o diretor executivo da Abrafas, José Eduardo Cintra de Oliveira, também ouvido na época em que a Camex suspendeu por um ano a aplicação da tarifa antidumping.

Agora, a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tornou público o pedido de reaplicação do direito antidumping com a exigibilidade suspensa por razões de interesse público, nos termos da Resolução GECEX nº 385, de 2022. E abriu prazo de trinta dias, a contar da publicação da Circular (30 de maio), para o recebimento de manifestações sobre o pedido em questão nos autos dos processos mencionados. Após obter a prorrogação, em agosto de 2022, a Abicol divulgou nota.

Produção de móveis cai em maio

Produção de móveis cai 2,2% em maio comparado a abril, enquanto também registra queda em comparação ao mesmo mês de 2022

Publicado em 4 de julho de 2023 | 10:22 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em maio de 2023 teve queda de 2,2% comparado ao mês anterior. Em relação com igual período, maio de 2022, houve queda de 5,8%, após leve aumento em abril.

No acumulado do ano, a produção de móveis registra aumento de 0,9% em comparação a igual período do ano anterior – valor menor que os 2,4% do acumulado até abril. No acumulado dos últimos 12 meses, há queda de 7,1% na produção de móveis, contudo com diminuição frente aos 7,4%, 8%, 10,4% e 12,8% anteriores.

Produção de móveis em 2023

  Jan Fev Mar Abr Mai
Mês anterior 2,6% 0,2% -4,3% 0,3% -2,2%
Mesmo mês de 2022 9,2% -0,7 4,2% -2,6% -5,8%

Produção industrial

Em maio de 2023, a produção industrial nacional variou 0,3% frente a abril, na série com ajuste sazonal. Em relação a maio de 2022, na série sem ajuste, a indústria avançou 1,9%. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, houve redução de 0,4% e, em 12 meses, variação nula (0,0%). A média móvel trimestral foi de 0,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (4) pelo IBGE.

A produção industrial, ao assinalar variação de 0,3% em maio de 2023, volta a crescer após recuar 0,6% em abril. Houve disseminação de taxas positivas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. Com isso, o setor industrial se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Biesse divulga relatório de sustentabilidade

“Ainda que tenha um resultado próximo à estabilidade, ao comparar o patamar de maio com o de dezembro do ano passado, a indústria tem um saldo positivo de 0,4%. O resultado de maio também traz uma disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados. É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo. Na época, o setor industrial se recuperava de perdas intensas enfrentadas em março e abril daquele ano, no início da pandemia de Covid-19 no país.

Mesmo com resultado positivo em maio, a indústria se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011. Na comparação com abril, as maiores influências positivas sobre o resultado da indústria vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

Biesse divulga relatório de sustentabilidade

Biesse lança Relatório de Sustentabilidade destacando esforços para uma abordagem econômica, social e ambiental sustentável

Publicado em 4 de julho de 2023 | 09:53 |Por: Thiago Rodrigo

Fabricante mundial em soluções para a indústria da madeira, vidro, pedra, plástico e materiais avançados, a Biesse lança seu Relatório de Sustentabilidade destacando seus esforços para uma abordagem econômica, social e ambiental sustentável.

Na perspectiva social, em 2022 a empresa assinou contrato complementar de trabalho inteligente, permitindo que os funcionários continuem trabalhando para a empresa de forma híbrida. Além disso, como no ano anterior, a empresa manteve seu sistema de gestão de segurança de acordo com a norma ISO 45001:2018. Para isso, foram dedicadas 10 mil horas de treinamento em temas de saúde e segurança, além de diversas sessões para conscientizar os colaboradores sobre a jornada de sustentabilidade da empresa.

Empenhada em apoiar a comunidade através da promoção de vários projetos que visam a educação de crianças e jovens, o escritório na Índia, por exemplo, realizou várias iniciativas educacionais para garantir cursos e locais adequados para o estudo e treinamento de jovens.

Vendas de móveis no varejo crescem em março

A jornada de sustentabilidade ambiental continua, com a empresa melhorando seu desempenho ambiental. A Biesse conquistou a certificação ISO 14001:2015 para seu sistema de gestão ambiental e trabalhou constantemente para aperfeiçoar a eficiência energética de suas plantas, incluindo a compra de eletricidade de fontes renováveis com garantia de origem. A sede em Pesaro também foi equipada com 16,5 mil m2 de painéis fotovoltaicos, evitando 787 toneladas de CO2.

Do ponto de vista da gestão de materiais, a Diamut – marca da empresa dedicada a fabricação de ferramentas para a transformação do vidro, da pedra e de materiais cerâmicos – desenvolveu um novo ligante “livre de cobalto”, o que além de eliminar o uso do metal, trará economia nos custos de descarte de resíduos associados ao processo de fabricação.

A Biesse também apresentou um novo sistema de colagem de hidrogênio HFS na Ligna, feira bienal dedicada às tecnologias da marcenaria em Hanover, na Alemanha. O sistema combina inovação tecnológica a um melhor desempenho ambiental para colagem de borda em painéis.

O relatório completo de Sustentabilidade 2023 da Biesse está disponível para download em https://www.biessegroup.com/en/sustainability_2022.

Estudo do MDIC aponta que apenas 1% exporta

Estudo “Exportações Brasileiras” aponta que apenas 1% das empresas exportam, entenda como cenário reflete na indústria moveleira

Publicado em 3 de julho de 2023 | 10:46 |Por: Thiago Rodrigo

Qual o perfil das empresas exportadoras no Brasil? O que, para onde e por quanto tempo exportam? Diante desse cenário, quais vantagens, obstáculos e oportunidades podem ser observados no horizonte também para a indústria brasileira do mobiliário?

Para responder a estas perguntas, primeiro é fundamental entender a dinâmica das atuais empresas exportadoras no país. Nesse sentido, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), por intermédio do Governo Federal, acaba de divulgar um estudo abrangente sobre o “Perfil das Firmas Exportadoras Brasileiras – Um Panorama”.

Os resultados do levantamento, que é inédito, lançam luz sobre a realidade das empresas brasileiras que atuam no comércio exterior e fornecem informações estratégicas para estimular e ampliar a participação do Brasil no mercado global, que podem e devem refletir também sobre as indústrias de móveis e colchões no País.

O estudo revelou um cenário ainda limitado para as exportações brasileiras, com apenas 1% das empresas nacionais comercializando seus produtos para o exterior. Esse número representa aproximadamente 25 mil firmas com acesso ao mercado internacional. Porcentagem similar à de outros países em desenvolvimento, mas significativamente menor se comparada às economias desenvolvidas.

O que aponta para oportunidades de expansão para a indústria brasileira, rica em recursos materiais, além de capaz de atuar em paridade técnica e criativa, mas que ainda sofre com obstáculos que limitam seu desenvolvimento no mercado interno e externo.

Falta de cultura de exportação

Um dos principais desafios, como observado pelo presidente da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), Irineu Munhoz, é o sistema tributário ultrapassado e complexo no Brasil, que impõe uma carga financeira elevada e burocracia excessiva em diversos processos, inclusive na inserção internacional das empresas locais.

Além disso, o baixo investimento e incentivo à pesquisa e inovação também aparece como outro fator limitante. Barreiras tarifárias, entraves logísticos e de infraestrutura, além da falta de uma cultura exportadora forte e consolidada no país, também são obstáculos significativos à internacionalização das indústrias brasileiras.

Dessa forma, muitos ainda são os desafios a serem superados. Segundo o estudo do MDIC, a probabilidade média de uma empresa começar a exportar é de apenas 1% desde sua abertura até dez anos de funcionamento. Empresas maiores, com mais de 250 empregados, apresentam probabilidade de 22% de conquistar o mercado externo em sua primeira década de existência.

Em média, os negócios têm aproximadamente 65% de chance de sobreviver no mercado externo após o primeiro ano de exportação. As chances de sobreviver por dois anos são de 53%, e diminuem gradativamente, até uma chance de 29% em manter as exportações ativas por 11 anos. De maneira geral, quanto maior a empresa, maiores também as chances de sobrevivência no mercado exportador.

Relatório de progresso de sustentabilidade do setor florestal

Outro ponto é que a maior parte das empresas exporta de maneira irregular: os períodos de exportação consecutiva e ininterrupta possuem uma duração mediana de três anos, um tempo relativamente curto, mas em linha com a evidência internacional.

Esses percalços vão de encontro ao fato de que empresas que exportam tendem a pagar salários mais altos e empregam uma proporção maior de trabalhadores qualificados, ou seja, exercem impacto positivo em toda a sociedade e economia. O MDIC mostrou que o prêmio salarial pago pelas empresas exportadoras varia de 36% a 124%, dependendo do setor de atividade da empresa.

A abrangência dessas exportações também conta: em 2020, o salário médio ofertado por firmas que exportaram para os Estados Unidos e para a União Europeia, por exemplo, foram respectivamente 25% e 23% maiores do que o de empresas que direcionaram sua produção apenas para o Mercosul.

Com relação à sua distribuição regional, as firmas exportadoras do Brasil localizam-se em poucas Unidades da Federação do país. Em 2020, os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul concentravam 54% das firmas exportadoras brasileiras.

Em contrapartida, as exportadoras localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste possuíam, nesse mesmo ano, em média 30% mais empregados do que as estabelecidas no Sul e Sudeste. O que pode se justificar, entre outros motivos, pelo fato de que o percentual de firmas que exportaram a países do Mercosul foi quase 2,5 vezes maior nas regiões Sul e Sudeste do que nas demais regiões do país.

Projetos de incremento às exportações

Apesar disso, constatou-se que a maior parte (61%) das empresas brasileiras que atualmente exportam realizam negócios apenas na América Latina. Isso ressalta a importância da integração regional, beneficiando-se das vantagens geográficas e culturais, além das tarifas mais baixas, fruto de acordos comerciais na região, tal qual o Mercosul.

Afinal, as tarifas médias impostas pelos parceiros comerciais são de fato um fator determinante na escolha dos mercados de exportação. Economias que impõem tarifas mais altas têm menos chances de serem exploradas pelas empresas brasileiras.

Apesar da maior participação, no entanto, é interessante observar que o avanço das exportações para o Mercosul foi modesto nos últimos anos, apenas 2% entre 2018 e 2020. Enquanto isso, observou-se um aumento significativo no número de empresas exportando para a China (24% de crescimento), Estados Unidos (21% de crescimento) e União Europeia (16% de crescimento) no mesmo período.

Fator que demonstra, entre outras possibilidades, a eficiência de acordos comerciais e da abertura de novos mercados para além da região latino-americana, a partir, por exemplo, de programas setoriais de incentivo às exportações, como o Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa da Abimóvel e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que tem por objetivo incrementar a participação da indústria brasileira do mobiliário no mercado internacional por meio de um conjunto de ações estratégicas, tendo como base os pilares da sustentabilidade, da competitividade e do design integrado à indústria.

Atualmente, o projeto conta com a participação de mais de 150 empresas e segue recebendo novos associados, que possuem acesso a informações de Inteligência Comercial e Competitiva, Feiras e Missões Comerciais Internacionais, Projeto Comprador, Projeto Imagem, Programa Design Brasil + Indústria, o Simb (programa de sustentabilidade), entre outras inúmeras atividades dentro e fora do Brasil.

Desafios para MPEs no comércio exterior

Sexta maior produtora de móveis no mundo, a indústria moveleira nacional é composta por mais de 17,1 mil empresas, tendo produzido 411,3 milhões de peças de móveis e colchões em 2022, gerando uma receita de R$ 83,2 bilhões e aproximadamente 270,5 mil postos de trabalho, sendo a oitava cadeia que mais emprega no Brasil, com participação ativa no PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

Interessante pontuar, contudo, que nesse cenário 78% das empresas são de micro ou pequeno porte. Desempenhando, portanto, papéis vitais nas economias regionais e nacional, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios ainda mais substanciais para a expansão produtiva e comercial.

Nesse sentido, o PDCIMob (Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração da Indústria do Mobiliário) surge como uma alternativa promissora para vencer esses desafios. O projeto é fruto da parceria entre a Abimóvel e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Tem como meta o fortalecimento de micro e pequenas empresas do setor moveleiro nacional, por meio da capacitação nas mais diversas áreas: gestão, atuação digital, inovação e design de produtos, marketing, comercialização, acesso a novos mercados, entre outras etapas. Atualmente, o PDCIMob está em andamento em 12 unidades federativas do Brasil, por meio dos Sebrae locais, com o apoio de associações e outras entidades parceiras da Abimóvel.

Perfil das empresas exportadoras de móveis

Por falar no acesso a novos mercados, aliás, as exportações brasileiras de móveis e colchões chegaram a 162 países e atingiram US$ 830,7 milhões durante o ano passado. Tal resultado é menor do que em 2021, quando a indústria moveleira nacional alcançou resultados históricos nas exportações, representando quedas em torno de 27,6% em volume e de 11,4% em valores exportados na variação ano a ano. Se olharmos para 2019, contudo, ano pré-pandemia e diante de uma base comparativa mais estável, o desempenho é 5,3% superior em volume de peças e 29% maior em valores exportados.

Na origem dessas exportações, similar ao que vimos no levantamento geral realizado pelo MDIC, os três estados da região Sul continuam sendo os maiores exportadores de móveis do Brasil. Juntos, Santa Catarina (40,1%), Rio Grande do Sul (29,0%) e Paraná (14,5%), corresponderam a 83,6% das exportações brasileiras de móveis em 2022. Com cada vez mais empresas aderindo a programas como o Projeto Brazilian Furniture e o PDCIMob, porém — a depender de seus portes produtivos —, outros estados vêm também ampliando suas exportações ano após ano, como é o caso de Minas Gerais e de Pernambuco.

No quesito parceiros comerciais, os Estados Unidos se consolidam como o principal destino do mobiliário brasileiro no exterior, tendo representado 33,8% do total exportado pelo setor no ano passado. Uruguai, Chile, Reino Unido e Peru aparecem na sequência, com outros países latino-americanos e europeus completando as demais posições no top 10.

Leia o estudo Perfil das firmas exportadoras brasileiras

Importante ressaltar, aliás, que embora as indústrias associadas ao Brazilian Furniture, por exemplo, estejam cada dia mais incrementando suas exportações para países da região, a União Europeia é o mercado que mais impõe restrições de importação. Com o novo Acordo do Mercosul com a UE, que está atualmente em avaliação, porém, espera-se que essas barreiras tarifárias e não tarifárias diminuam, o que significaria um avanço para a indústria e os produtos brasileiros.

“Segundo estudos e avaliações internas do setor, com a aprovação do acordo haveria um crescimento imediato de, no mínimo, 20% nas exportações de móveis para o bloco europeu. O que é um volume bastante expressivo para o primeiro ano de vigência do Acordo”, compartilha Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel, que ressalta que “a entidade atua de modo a demonstrar para o governo os benefícios de prosseguir nas negociações, considerando ganhos relevantes de competitividade e integração”.

A Reforma Tributária, a nova Política Industrial e a Desoneração da Folha de Pagamento também são outros pontos essenciais para a saúde do empresariado e da indústria brasileira, colaborando para melhores condições de investimentos e ofertas, bem como para um ambiente sustentável para a expansão internacional e a manutenção de ações de longo prazo no comércio exterior.

“O setor moveleiro nacional cumpre um papel estratégico para o país, ao contribuir com o equilíbrio e o posicionamento da economia e da indústria brasileira no mercado interno e global. No último ano, contudo, o setor, a exemplo de outros segmentos industriais, enfrentou desafios já amplamente conhecidos, como a crise econômica, tensão política, conflitos internacionais, além de problemas logísticos e na cadeia de abastecimento, que implicaram em uma série de obstáculos não só na produção e no consumo doméstico como também no comércio exterior”, pontua o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.

Ainda assim, como reforça Cândida, a balança comercial favorável e a presença em diferentes regiões do mundo ilustram a competitividade da indústria brasileira do mobiliário e sua habilidade em atender às demandas internacionais. “Para isso é preciso criarmos um ambiente favorável aos investimentos e aos negócios, para então construirmos bases sólidas para uma cultura exportadora em nosso setor e país, sendo esta uma das missões da Abimóvel e de nossos parceiros”, finaliza a diretora-executiva da Abimóvel.

Setor florestal divulga relatório de progresso de sustentabilidade

Aumento nos índices de reciclagem e diminuição na emissão de gases de efeito estufa são destaque do relatório sobre o setor florestal

Publicado em 30 de junho de 2023 | 16:01 |Por: Thiago Rodrigo

O International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA), fórum global de diálogo de associações regionais e nacionais dos principais países produtores de celulose, papel e madeira do mundo, divulgou seu Relatório de Progresso de Sustentabilidade bienal, que demonstra o desenvolvimento das áreas-chave de sustentabilidade no setor. O relatório de 2023 também destaca o papel que o setor de base florestal pode desempenhar no combate aos efeitos das mudanças do clima.

“O setor florestal e seus produtos estão em uma posição única para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono por meio do manejo florestal sustentável, avançando a bioeconomia florestal e recuperando mais papel e embalagens de papel para reciclagem”, observou Jori Ringman, presidente do ICFPA e Diretor Geral da Confederação da Indústria Europeia de Celulose e Papel (Cepi).

A tendência geral do relatório, que relata avanço alcançado em 2020-2021, é positiva – um reflexo de que a indústria continua a melhorar em áreas-chave de sustentabilidade. Além de métricas quantitativas que demonstram o progresso em relação a compromissos associados à sustentabilidade, o relatório inclui estudos de caso para uma reflexão mais robusta e qualitativa do desempenho do setor acerca do tema.

MadeiraMadeira coloca o consumidor no centro

O Brasil figura dentre os estudos de caso do relatório com a pesquisa que deu origem ao Caderno de Biodiversidade do Setor de Árvores Cultivadas, desenvolvido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e lançado em 2022. A pesquisa consolida dados de monitoramento sobre a biodiversidade presente nas empresas do setor de árvores brasileiro, que, além dos 9,9 milhões de hectares de área produtiva, mantém 6,05 milhões de hectares de áreas de conservação, uma extensão equivalente ao estado do Rio do Janeiro. Outros números de destaque são o registro de mais de 8 mil espécies de animais e plantas em áreas do setor, das quais 335 estão ameaçadas de acordo com o ICMBio.

Além disso, o setor no Brasil tem outro diferencial: todos os produtos fabricados são originados de árvores que são plantadas, colhidas e replantadas exclusivamente para este fim, comumente em áreas previamente degradadas, como pastos. Esse é outro fato que contribui para a preservação dos biomas e sua biodiversidade.

“O setor brasileiro de árvores cultivaras vem trabalhando há décadas para produzir mais utilizando menos recursos naturais, enquanto oferece vasta gama de bioprodutos, recicláveis e biodegradáveis, para suprir crescentes demandas globais por uma economia mais verde e sustentável. Respeito ao meio ambiente e à biodiversidade em nosso setor também representa objetivo prioritário, cuja consecução temos medido com dados e bons exemplos, colhendo sempre grandes avanços em prol da sustentabilidade, com ganhos de produtividade e ampliação de impactos socioambientais que sejam efetivamente positivos”, comentou o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá.

Os principais progressos nos indicadores de desempenho de sustentabilidade do ICFPA incluem:

• 50% da fibra de madeira adquirida veio de florestas geridas de forma sustentável e com certificações de terceira parte, um aumento de 38 pontos percentuais em relação ao ano base de 2000.
• As emissões de gases de efeito estufa diminuíram 23,5% em relação a 2004/2005.
• A participação energética da biomassa e de outros combustíveis renováveis é de 63,7%, um aumento de quase 11 pontos percentuais desde 2004/2005.
• O uso da água pelo setor diminuiu 9,5%.
• Em 2021, quase 60% do papel e papelão produzidos globalmente foram reciclados para dar origem a novos produtos, marcando um aumento de 13,4 pontos percentuais desde o ano de 2000.

O Relatório de Progresso de Sustentabilidade do ICFPA de 2023 também inclui a divulgação dos ganhadores internacionais de 2023 para o prêmio ICFPA Blue Sky Young Researchers and Innovation Award. O tema do Blue Sky 2022-2023 foi “Construindo uma economia de baixo carbono com silvicultura e produtos florestais positivos para o clima”. O prêmio é coordenado no Brasil pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A vencedora foi pesquisadora brasileira Ivana Amorim Dias, que realizou um projeto em parceria com a Suzano cujo objetivo foi desenvolver processos sustentáveis para obtenção de produtos de alto valor agregado, que transformam, via queima, os resíduos da madeira, gerando bio-oleo com alto potencial de aplicação. Para baixar o Relatório de Progresso de Sustentabilidade ICFPA 2023, clique aqui.

ICFPA

O ICFPA é principal órgão institucional da indústria florestal no mundo, e do qual a Ibá faz parte. Representa 16 associações de celulose, papel, madeira e fibra que abrangem 27 países, incluindo os principais produtores desses segmentos do mundo.

Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais em www.iba.org.

 


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