Fabricantes e transformadores de acrílico estão contribuindo para que muitas empresas possam reabrir com segurança
Publicado em 23 de julho de 2020 | 09:00 |Por: Cleide de Paula
A Castcril, líder na fabricação de chapas acrílicas na América Latina, vem notando um aumento na demanda por acrílico, material que se tornou onipresente na reabertura e distanciamento social. Segundo a fabricante, à medida que as empresas e os espaços públicos reabrem em todo o país e no mundo, o acrílico tornou-se o principal material para segurança contra a transmissão do Coronavírus.
Em post no blog da empresa, a Castcril afirma que o momento está levando a um “boom” para muitos fabricantes e transformadores do material. Em alguns países, empresas do setor relatam o aumento de 30% na demanda do acrílico cristal.
SCM realiza live show para apresentar tecnologias em máquinas para madeira
E mesmo após a pandemia, fabricantes mundiais têm perspectivas positivas. Os analistas da consultoria americana Adroit Market Research, preveem que a demanda pelo acrílico deve crescer 6% ao ano nos próximos cinco anos.
A Castcril informa que empresas transformadoras nos Estados Unidos registraram aumento de 300% nos negócios em acrílico. A Plastic Man Inc, com sede em Las Vegas, comunica que 99% dos seus negócios são direcionados a barreiras em acrílico para grandes clientes como Burger King e Mc Donalds, com fila de espera para novas instalações em até 8 semanas.
A Castcril conclui que teremos que aprender a conviver com o vírus até que a vacina esteja amplamente disponível. Além do grande aumento de consumo de materiais como o acrílico e tiveram alta outros tipos de plásticos transparentes destinados a serem transformados em barreiras de proteção, máscaras de proteção, totens e dispenser de álcool gel, cúpulas de intubação, produtos hospitalares, E.P.Is.
As barreiras de proteção em acrílico podem ser facilmente instaladas em mesas e balcões e se adaptam bem em qualquer ambiente, podendo ser também moldadas e impressas à laser. Nesses projetos, a enorme variedade de espessura das chapas, além de cores, ainda pode contribuir para que o estabelecimento possa aliar sua identidade visual ao projeto de proteção.
Esses escudos se mostram fundamentais em épocas como essas, mas a verdade é que permitem a proteção de quem trabalha com o público durante todo o ano, não apenas do Coronavírus. Por isso, sua instalação em balcões de atendimento, como os de bancos e até caixas de supermercados, correios, lotéricas, farmácias e padarias, têm sido ampliada e deve se tornar cada vez mais comum.
As barreiras acrílicas podem ajudar a diminuir a contaminação também no setor de transporte de passageiros como táxis e aplicativos. Como o acrílico é um material fácil de moldar, foi possível criar, por meio dele, uma barreira bonita, sofisticada e visualmente agradável para o interior de veículos. Ela é apoiada no encosto dos bancos dianteiros e divide a cabine do carro em dois ambientes. Assim, motorista e passageiros tem o menor contato possível.
No Brasil, o acrílico é oferecido por diversas empresas associadas ao Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico (INDAC). Segundo Carlos Marcelo Thieme, diretor-presidente do INDAC, esse não é um período fácil para ninguém, nem para as pessoas, nem para as empresas. Mas os associados do INDAC têm procurado se reinventar e ajudar o país da maneira que sabem, trabalhando com o acrílico.
– Transparência: 92% em qualquer espessura – a maior dentre todos os materiais, além de opções de chapas jateadas ou anti-refletivas;
– Resistência ao impacto: 10 vezes superior ao vidro;
– Variação de espessuras e tamanhos: de 1,0 a 50,0 mm e chapas de 1 x 1 até 2 x 3 metros;
– Facilidade de dobragem, colagem e moldagem;
– Infinitas opções de cores transparentes, como verde vidro, azul piscina, amarelo bebê ou gradações de fumês – adequando-se a necessidade e ousadia de qualquer projeto.
– Importante salientar que a matéria-prima do acrílico (MMA) e toda cadeia produtiva, chapas e peças são nacionais e não possuem dependência do mercado internacional para seu desenvolvimento.
– Limpeza: deve ser feita com água e sabão neutro.
Acrinox – www.acrinox.com.br – (61) 3202-7577
Acriplanos – www.acriplanos.com.br – (71) 3023-9261
Artcryl – www.artcryl.com.br – (11) 4207-5652
Bold – www.bold.net – (47) 3274-6565
Brascril – www.brascril.com.br – (51) 3362-7052
Casa do Acrílico – www.acrilico.com.br – (19) 3728-2931
Castcril – www.castcril.com.br – (11) 3062 0199
Cristal e Cores – www.cristalecores.com.br – (11) 4661-7340
Emporium Acrílicos – www.emporiumacrilicos.com.br – (14) 3313-6605
Menaf – www.menaf.com.br – (11) 2412-0081
Tudo em Acrílico – www.tudoemacrilico.com.br – (11) 3732-1688
Solugrav – www.solugrav.com.br – (48) 3052-3322
Para encontrar o fornecedor de acrílico mais próximo, acesse: https://www.indac.org.br/guia-acrilico/
Apesar de ainda negativos, os números do mês de maio podem mostrar uma pequena reação em Bento Gonçalves
Publicado em 22 de julho de 2020 | 07:58 |Por: Cleide de Paula
A indústria moveleira ainda sente o forte impacto causado pela pandemia do novo Coronavírus no Brasil. As informações de faturamento no mês de maio mostram uma leve diminuição nas perdas para o polo moveleiro de Bento Gonçalves. No acumulado de janeiro a maio, entretanto, a queda ainda é bastante considerável. O faturamento do polo nos cinco primeiros meses de 2020 foi de R$ 656,9 milhões, queda de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entenda a Lei 14.020 que prorroga o prazo para redução de jornada e salário
Apesar dos índices ainda negativos, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) considera que os números do mês de maio podem mostrar uma pequena reação em Bento Gonçalves – cenário a ser confirmado quando da divulgação dos dados de junho. As indústrias moveleiras do estado como um todo estão em pior situação, com uma queda de 14,2% no faturamento entre janeiro e maio desse ano, em relação ao mesmo período de 2019.
O setor moveleiro no Brasil já estava com dificuldades na recuperação da crise devido à baixa atividade econômica, não registrando crescimento em 2018 e 2019. No polo de Bento Gonçalves, o faturamento não caiu no ano passado, mas estagnou em termos reais. O saldo de empregos também ficou estável, com uma pequena queda (em torno de 1% na força de trabalho).
O desempenho de 2020 vinha sendo positivo quando avaliados apenas os meses de janeiro e fevereiro e, antes da crise, a projeção era de crescimento nesse ano. Considera-se que março e abril tenham sido os piores da história para a indústria moveleira.
O polo moveleiro de Bento Gonçalves é o principal do país e inclui cerca de 300 indústrias dos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza.
Mais de quatro mil convidados on-line de 100 países participaram do evento de transmissão ao vivo que teve apresentações e discussões aprofundadas com especialistas da SCM sobre as últimas novidades para a indústria da madeira
Publicado em 21 de julho de 2020 | 14:39 |Por: Thiago Rodrigo
Um programa com mais de 24 horas de conteúdo original transmitido ao vivo em todo o mundo em nove idiomas, distribuído por três dias, de 30 de junho a 2 de julho, para apresentar as mais recentes tecnologias em máquinas para madeira de 2020 que deveriam ter “subido ao palco” em várias feiras internacionais que foram adiadas ou canceladas desde fevereiro devido à emergência de saúde do Covid-19. Assim foi o live show da SCM, um desafio da multinacional com sede em Rimini, na Itália, e que no Brasil tem filial em São Bento do Sul, em Santa Catarina.
Com o SCM Live Show, a SCM decidiu usar canais e ferramentas multimídia inovadores para “abrir as portas” de sua sede na Itália, via web, para milhares de indústrias de móveis de todo o mundo. Dessa forma, a SCM exibiu as novas máquinas e plantas industriais para toda a indústria de usinagem de madeira, diretamente na casa dos clientes.
A sede em Rimini e os outros locais de produção do grupo na Itália foram transformados em estúdios de televisão para alcançar a vasta programação de shows com links ao vivo, webinars e talk shows. Trinta webinars de produtos viram mais de cinquenta soluções tecnológicas no centro das atenções para representar a vasta gama de produtos e serviços SCM, começando pela Smart & Human Factory, a conhecida fábrica digital para a indústria moveleira.
As 18 filiais gerenciadas diretamente pela SCM que operam nos mercados mais estratégicos da indústria da madeira em todo o mundo, na Europa, Ásia, Oriente Médio, América e Oceania, também estavam envolvidas com conexões ao vivo.
A resposta das empresas do setor moveleiro foi ainda melhor do que o esperado, segundo a SCM. Observado os dados de acesso à plataforma de streaming configurada pelo SCM para a ocasião: mais de 4 mil registros de cem países em todos os continentes, com uma audiência média diária de 1,5 mil espectadores individuais. Os mesmos clientes que se inscreveram participaram ativamente, usando constantemente os vários canais disponibilizados durante o evento para interagir com especialistas em SCM e discutir os produtos mais recentes e as principais tendências do setor.
– Qual o senso de urgência em uma crise?
Segundo a companhia, isso ficou claro nas centenas de perguntas detalhadas sobre as várias tecnologias que foram feitas, bem como nas solicitações de contato por meio da plataforma de streaming durante a transmissão ao vivo e das quais surgiram importantes oportunidades. Isso é seguido por visitas específicas a clientes da equipe de vendas da SCM. O conteúdo do evento ainda está disponível na plataforma e contatos de clientes de todo o mundo, procurando informações mais detalhadas e novos compromissos continuam chegando.
O compromisso em termos de recursos humanos também foi considerável, na visão da multinacional. Mais de cinquenta profissionais foram contratados para esta “feira digital” única, incluindo cinegrafistas, técnicos, escritores, diretor e apresentador. Mais de cem funcionários da SCM envolvidos na preparação e criação do show. “Durante o evento, recebemos uma participação inestimável de alguns de nossos clientes antigos de SCM, como Maurizio Riva, proprietário de uma excelência Made in Italy, a de Riva1920 de Cantù (Como), que forneceu o mobiliário de design exclusivo para a televisão estúdio em Rimini durante o evento”, divulgou a SCM.
Apresentada na Ligna 2019, após inúmeras implementações em mercados de ponta na Europa, Estados Unidos e China, tecnologias em máquinas para madeira da Smart & Human Factory da SCM foi proposta novamente com novas adições para aumentar ainda mais a produtividade e a flexibilidade, reduzir o desperdício e otimizar a qualidade do produto final mesmo em mercados mais sensíveis. A nova versão – apenas um exemplo das várias configurações que este modelo de produção pode alcançar com base nas necessidades do cliente – envolve três células automáticas modulares e flexíveis, integradas a robôs articulados e interconectadas por ônibus inteligentes não tripulados AMR.
Soluções em tratamento de superfícies de forma integrada, centros de usinagem móveis com a evolução da Morbidelli, o corte de painéis com a Gabbiani A2 e Gabbiani GT2, coladeiras de bordas e equipamentos para janelas e portas, pisos LVT e centros para madeiras de construção, cadeiras, mesas e outros, também foram apresentados.
Conheça indicações de produtos das empresas fornecedoras de adesivos para colagem de outros substratos além da espuma, na produção do colchão
Publicado em 17 de julho de 2020 | 10:36 |Por: Thiago Rodrigo
Ao longo dos últimos anos ocorre uma mudança de requerimento técnico das indústrias de colchões. Há uma busca de soluções de adesivos para colagem que proporcionem um manuseio mais seguro, com redução da emissão de composto orgânico volátil (VOC, na sigla em inglês) e menor impacto à saúde e ao meio ambiente, aumento da processabilidade e atendimento aos mais altos padrões de exigência do consumidor final.
Para a colagem de outros substratos na produção de colchões, há opções nessa linha. Alguns clientes rentabilizam sua operação por meio do reaproveitamento de espuma, como um grande mosaico que ao fim vira uma única peça colada. Era comum, até pouco tempo, o uso de adesivo base solvente nesta operação, mas a migração para o adesivo base água está acontecendo. Na indústria colchoeira há, ainda, a colagem de molas pocket, com hot melt à base de EVA e metaloceno.
As recomendações que a Killing dá está quanto à escolha adequada dos equipamentos e pistolas de aplicação. “Temos parceiros desenvolvidos para essas aplicações e costumamos indicar esses fabricantes, devido a confiabilidade dos equipamentos. Recomendamos, também, criticidade na escolha dos adesivos e lembramos sempre que ‘o barato sai caro’”, avaliam Anderson Davi Becker, consultor técnico da Killing e Katiucia Jung, analista de desenvolvimento de produto da Killing.
Segundo eles, um adesivo muito barato nem sempre será o de maior rendimento, de maior poder de colagem, de maior resistência à temperatura, com ausência de odores e ausência de matérias-primas menos nobres como o breu de colofônia, que é altamente abrasivo, de forte odor e alta tendência à carbonização. “A Kisafix [marca de adesivos da Killing] possui uma ampla linha de adesivos de alta performance para a indústria colchoeira, todos com matérias-primas nobres e diferenciadas”, observam os profissionais da Killing.
A sustentabilidade é um dos valores mais importantes para a Artecola. “Por isso, temos investido cada vez mais em soluções que estejam alinhadas a este pilar. Atualmente contamos em nossa linha de produtos com adesivos de todas as tecnologias, especialmente hot melt e base água, que são sustentáveis e possuem ótimo desempenho para todas as aplicações dentro da indústria de colchões”, diz o gerente de mercado, Fernando Cardoso.
Ele enaltece que a Artecola possui uma linha completa de produtos para colagem de colchão e para colagem de espumas, tampo, montagem do colchão, molas pocket, entre outros itens. “A indicação de adesivos é bastante individualizada, por isso o mais importante é entender as necessidades de cada cliente e de cada aplicação para que possamos indicar os produtos corretos”, diz ele que aposta no casamento entre a inovação do produto e o atendimento da consultoria técnica da marca para oferecer as melhores soluções aos colchoeiros.
Karina Borin, marketing da H.B. Fuller, destaca que a A H.B. Fuller acredita que somente com inovação se pode atingir o objetivo de fornecer produtos melhores e mais acessíveis que atendam às mais difíceis demandas dos consumidores atuais.“Desta forma nosso centro de inovação desenvolve adesivos que possuem melhor rendimento oferecendo melhor performance na aplicação e qualidade no produto”, observa.
– Soluções em adesivos para colagem de espumas
Com efeito, ela sugere duas importantes aplicações de adesivos: “Em primeiro nas molas ensacadas que são cobertas por TNT, no qual utilizamos adesivos hot melt EVA em pelletes. Em segundo lugar, na própria construção do colchão em que se utiliza o adesivo hot melt PSA (Adesivo Sensível a Pressão)”, diz.
Para o processo de construção e/ou laminação de colchões, a Henkel recomenda as soluções Technomelt® DM 3200 e Technomelt® DM 292. Para linha de molas ensacadas, Technomelt® 316 ou Technomelt GA 3170. “A indicação do adesivo sempre estará de acordo à necessidade do processo e ao desempenho requerido no produto. Além disso, sempre recomendamos uma capacitação técnica para todos os operadores a fim de levar as boas práticas de manuseio do produto”, esclarece Segantini.
A Acimall, associação de fabricantes italianos de móveis e tecnologia da madeira, nomeou Luigi De Vito como presidente da entidade até 2023
Publicado em 17 de julho de 2020 | 10:11 |Por: Thiago Rodrigo
A assembléia geral da Acimall, a associação de fabricantes italianos de móveis e tecnologia da madeira, aprovou a nomeação de Luigi De Vito (Grupo SCM, de Rimini, na Itália) para presidente da entidade no período 2020-2023, juntamente com Marianna Daschini (Greda, Mariano Comense) no papel de vice-presidente. A assembléia reunida no último dia 14 de julho aceitou as indicações do conselho de administração e aprovou as demonstrações financeiras de um dos anos mais difíceis para Acimall e toda a economia mundial.
O profissional esteve presente no Brasil como um dos palestrantes do Congresso Nacional Moveleiro, em Curitiba (PR), assim como participou de entrevista exclusiva sobre o mercado mundial de máquinas e a Indústria 4.0 (na Fornecedores 281), sob o posto de vice-presidente da Eumabois, Federação Europeias de Fabricantes de Máquinas para a Indústria Moveleira.
– Setor moveleiro de Linhares se sai bem após paralisações
Casado, com três filhos, ele atualmente é diretor da Divisão de Madeira da SCM, responsável pela produção, desenvolvimento de produtos, vendas e serviço pós-venda. Graduado em administração de empresas pela Universidade Luiss em Roma, ele desenvolveu uma sólida experiência em gestão no exterior, lidando com empréstimos europeus para startups e, em seguida, na Unilever. Desde 2008, ele trabalha no setor de tecnologia da madeira, cobrindo funções com responsabilidades crescentes, e ingressou no SCMGroup em 2012.
De Vito aproveitou a oportunidade para cumprimentar muitos empresários que participavam da videoconferência e, em primeiro lugar, agradeceu ao atual presidente Lorenzo Primultini: “… que conseguiu guiar a associação em um dos momentos mais difíceis da história, mantendo um foco nos valores que uma associação comercial deve preservar”. O novo presidente de Acimall apresentou a vice-presidente Marianna Daschini, enfatizando o valor de uma jovem gerente feminina em um cargo de destaque.
Em seguida, ele mencionou os principais tópicos de seu mandato: promover o diálogo aberto entre as empresas membros e com outras associações; focar recursos em projetos estratégicos (acesso ao crédito, desenvolvimento de negócios, iniciativas da cadeia de suprimentos); apoiar e desenvolver as marcas das empresas associadas, “… criando um ambiente favorável para trocar excelentes modelos de estratégia de mercado, vendas e tendências tecnológicas”.
Segundo dados do sindicato da categoria as admissões em junho deste ano cresceram mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. Vendas também registram crescimento acima do esperado
Publicado em 16 de julho de 2020 | 11:57 |Por: Thiago Rodrigo
Após vários anos amargando sérios prejuízos devido à crise econômica que fechou empresas e causou demissões, 2020 era tido pelos empresários do polo moveleiro de Linhares, no Espírito Santo, como o ano da retomada do crescimento. Em março, porém, com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, o cenário não foi tão favorável assim ao crescimento do setor moveleiro.
Mas, para surpresa dos empresários, junho foi um mês atípico. Mesmo em meio a pandemia o volume de vendas foi superior ao mesmo período de 2019 e as contratações tiveram um crescimento superior a 100% em relação ao mesmo período do ano passado. Com efeito, isso tem trazido resultados positivos para muitas empresas do polo.
– Móveis e artigos do lar perdem R$ 700 milhões com coronavírus
Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol), Ademilse Guidini, muitas variáveis estão sendo apontadas para esse crescimento. Além de, principalmente, a questão do isolamento social, Guidini também cita pesquisa que mostra aumento de venda de móveis pela internet.
“Com as pessoas em casa, muitas aproveitaram para investir no conforto de seus lares. Pesquisa divulgada pelo Movimento Compre & Confie em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostrou que a venda de móveis pela internet teve um crescimento de 94,4% nos cinco primeiros meses de 2020, comparado com o mesmo período de 2019, com um faturamento de R$2,51 bilhões. Isso refletiu diretamente na produção das indústrias, impactando também na necessidade de mais pessoas nas fábricas”, aponta o presidente do Sindimol. Guidini disse ainda que “desde o final de maio já se percebia uma retomada significativa das vendas, o que foi muito importante até mesmo para manter o otimismo para enfrentar mais um momento de crise”.
O empresário Bruno Rangel confirma o aumento nas vendas. Em junho a empresa de Bruno, que produz gabinetes para banheiro, vendeu 129% acima da meta estipulada para o mês e 180% a mais que junho de 2019. Bruno também acredita, assim como Guidini, que o isolamento social é um dos motivos, mas também aponta o auxílio emergencial do governo.
“Acredito que toda essa demanda seja em virtude das pessoas que acabaram, devido ao isolamento social, passando mais tempo em casa, e perceberam a necessidade de itens que normalmente não percebiam. Além disso, o auxílio emergencial do governo federal que injetou uma grande quantia de dinheiro no mercado”, explica o empresário.
No polo moveleiro de Linhares as indústrias de móveis não foram impedidas de trabalhar em nenhum momento, porém muitas empresas, no começo da crise, entre o fim de março e começo de abril, suspenderam as atividades para planejar medidas de prevenção.
Tradicionalmente o segundo semestre é mais favorável para o crescimento das vendas de móveis que o primeiro. Este ano, porém, Guidini diz que mesmo com os números indicando uma retomada no crescimento do setor é preciso ter cautela, e ainda é cedo para fazer projeções de como será o segundo semestre no polo moveleiro de Linhares.
“Os números apresentados nos trazem otimismo, mas ao mesmo tempo cautela. Ainda não é possível fazer uma projeção muito precisa do segundo semestre. A pandemia, no primeiro momento, trouxe uma preocupação muito grande e nossas vendas praticamente paralisaram e muitas empresas até demitiram, de repente nos deparamos com esse aumento do consumo, acima de qualquer expectativa, por isso é complicado fazer qualquer previsão ”, enfatiza o industrial.
Álcool em gel para todos os lados, lugares demarcados no cartão de ponto e refeitórios, mesas distantes umas das outras e uso de máscara mesmo em setores da indústria que dispensam o uso do equipamento de proteção individual. Essa tem sido a realidade nas fábricas de móveis do polo moveleiro de Linhares e em todo país desde que chegou a Covid-19. Gastos com prevenção até então não contemplados no orçamento das empresas que precisaram ser incluídos.
“Fomos obrigados a reorganizar nossos processos e adequar as fábricas aos protocolos de segurança que foram estabelecidos, tanto pelos governos quanto pela Organização Mundial da Saúde. E os gastos com prevenção foram inevitáveis. Não havia nenhum tipo de previsão destas despesas nos orçamentos das empresas e foi preciso incluir essa despesa nos custos com a chegada da crise, explicou Guidini.
A nova realidade imposta pelo coronavírus exige do Sindimol atenção contínua aos movimentos e tendências do mercado para apoiar seus associados. “Desde o início da pandemia nosso principal papel tem sido a articulação na orientação aos nossos associados. O sindicato tem buscado estar próximo das indústrias, levando informação o tempo todo, apoiando iniciativas e auxiliando na tomada de decisões”, revela Guidini.
Entre as medidas já adotadas estão a articular, juntamente com parceiros financeiros para maior celeridade na liberação de crédito, negociação de medidas de flexibilização de artigos da convenção coletiva com o sindicato laboral e participação ativa em reuniões com governos estadual e municipal. Igualmente foram estabelecidas medidas de parceria com instituições de apoio, como a Federação das Indústrias e o Sebrae para levar às empresas ações como consultorias e cursos online, com foco em planejamento, vendas, saúde e segurança no trabalho e associativismo.
Cargo estava vago desde fevereiro de 2020 e era ocupado interinamente pelo presidente do Conselho de Administração e sócio-fundador Rudimar Borelli
Publicado em 15 de julho de 2020 | 14:24 |Por: Cleide de Paula
O Grupo Marelli, com unidades produtivas em Caxias do Sul e Canoas, no Rio Grande do Sul, e atuação no Brasil e países da América Latina, anuncia o novo CEO. O executivo Luis Valente, 55 anos, assume o cargo que, desde fevereiro deste ano, era ocupado interinamente pelo sócio-fundador e presidente do Conselho de Administração Rudimar Borelli. Valente foi apresentado à equipe de mais de 450 funcionários em 13 de julho. Esta é a primeira vez, em 37 anos de trajetória, que a gestão executiva do Grupo Marelli passa a ser ocupada por um profissional de mercado. Até então, a função de CEO estava sob o comando dos sócios-fundadores.
– Colchões Castor reafirma parceria com Ivete Sangalo
Luis Valente é engenheiro elétrico com especializações em programas avançados de administração, como na Universidade Mackenzie e na IESE Business School – University of Navarra. Traz na bagagem uma carreira ascendente em multinacionais e intensa experiência internacional, tendo ocupado cargos executivos no Brasil, América Latina e Europa, nas áreas comercial, industrial e financeira, administrando operações complexas com responsabilidade sobre os resultados e compliance. Tem passagem pelos Grupo Schneider Electric, Grupo Steck, Eaton e Westinghouse. A experiência adquirida nessas companhias conferiu ao executivo grande capacidade de agregar valor por meio de gestão orientada a resultados, boas práticas, formação e liderança de equipes de alta performance, com foco no mercado e nos clientes.
O novo CEO assume o cargo com o desafio de dar continuidade aos projetos e estratégias de crescimento, expansão e consolidação do Grupo Marelli, integrado pela Marelli, de Caxias do Sul, marca fundada em 1983 e que ocupa a liderança do segmento de mobiliário corporativo no Brasil e na América Latina, e pela Ingecon, de Canoas, empresa voltada ao mercado do varejo adquirida pelo grupo em 2016.
O processo de governança corporativa foi deflagrado em 2014, a partir da associação à gestora de recursos NEO Investimentos. Desde então, o grupo vem sendo preparado para o processo de sucessão e transição rumo à gestão profissional.
Fundada em 2 de abril de 1983, em Caxias do Sul (RS), a Marelli é referência em mobiliário corporativo no Brasil e América Latina. Conta com um moderno parque fabril projetado com tecnologia de ponta dentro de conceitos de racionalidade, respeito ao meio ambiente, sustentabilidade, agregação de valor aos produtos e valorização das pessoas. As soluções da marca têm como destino o mercado corporativo privado e o setor público.
Os produtos Marelli oferecem conforto, estética, ergonomia e otimização no aproveitamento dos espaços, atendendo às diversas necessidades de ambientes corporativos inspiradores, com soluções da recepção à diretoria. São certificados pela UL e produzidos de acordo com as normas ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (gestão ambiental) e OHSAS 18001 (segurança e saúde no trabalho). A empresa também possui o selo verde Ecolabelling, conferido pelo programa de Rotulagem Ambiental da ABNT, que atesta a excelência ambiental para a promoção e melhoria dos produtos e processos de forma a atender às preferências dos consumidores.
A marca está presente no Brasil e na América Latina com uma rede de mais de 30 lojas exclusivas que oferecem atendimento personalizado, relacionamento com especificadores e serviços especializados com equipes capacitadas para executar desde o projeto até a montagem do layout no cliente. A empresa diferencia-se pela acessibilidade no atendimento, aprofundamento das estratégias de qualidade, manutenção preventiva e logística de distribuição por frota própria rastreada por satélite, garantindo qualidade de ponta a ponta. Em 2016, o Grupo Marelli adquiriu a Ingecon, de Canoas/RS, focada no mercado do varejo. Atualmente, são mais de 450 funcionários no grupo e aproximadamente 35 mil m² de área construída nas duas unidades fabris. Site: www.marelli.com.br (Com informações Comunicação Marelli)
Fabricantes de adesivos para colagem de espumas apresentam soluções para produção do colchão
Publicado em 10 de julho de 2020 | 10:17 |Por: Thiago Rodrigo
As empresas fabricantes de adesivos para colagem de espumas de colchões fornecem para esse mercado os adesivos: hotmelt PSA (sensíveis a pressão), hot melt não PSA e base água. Os adesivos base solvente estão em desuso por conta do malefício gerado à saúde e ao impacto ambiental.
Dessa forma, de acordo com esses novos padrões de requerimento das indústrias de colchões, a tecnologia de hot melt se destaca com inúmeras vantagens para a colagem de espumas destinadas para os segmentos de colchões, estofados e têxtil.
“Por se tratar de uma solução inovadora por ter características diferentes, como ser 100% sólida em uso aplicado, parte das matérias-primas é de fonte renovável. E por oferecer melhor desempenho e performance, ela vem superando expectativas e cumprindo com os mais altos requisitos dessa aplicação”, afirma Jeferson Segantini, head de negócios de móveis e componentes para construção da Henkel Brasil.
A Henkel oferece uma gama de soluções hot melt e base água, com as linhas Technomelt® e Aquence às indústrias de colchões. A linha Aquence é a marca de soluções adesivas à base de água, sendo indicada para alguns nichos do mercado de colchões. “Os produtos dessa linha possuem alta performance de adesão e colagem”, destaca.
Já a linha Technomelt® trabalha com tecnologia hot melt, que oferecem diversos benefícios. As principais vantagens desse produto, segundo Jeferson, são: fácil aplicação, rápida taxa de derretimento de acordo com a temperatura recomendada, não necessita de uma etapa adicional de evaporação por ser um adesivo 100% sólido. “Por fim, de acordo com a característica do polímero, confere altas forças de adesão inicial, conhecido como ‘Green Tack’. Com efeito, possibilita a diminuição do tempo de processo produtivo de entrega do produto acabado”, diz o head da Henkel, que acrescenta:
“Todas essas vantagens fazem com que esse adesivo garanta maior agilidade durante a etapa de produção do colchão. Essa solução é projetada para obter os melhores resultados nos processos de produção e produtos acabado dos nossos clientes. Os adesivos Technomelt® possuem um excelente balanço de eficiência e custo em uso, sendo reconhecido por sua confiabilidade, qualidade e resultados comprovados”, diz o head da Henkel.
Outras soluções em adesivos para colagem de espumas são da multinacional H.B. Fuller. Desenvolvido após inúmeros testes e pesquisas, especialmente para atender a demanda do mercado de colchões, a H.B. Fuller está lançando o adesivo CQ-3062, um produto que, de acordo com a marca, possui alta coesão e resistência e não apresenta oxidação.
“O grande atrativo deste produto é o custo-benefício que ele oferece, garantindo um rendimento maior que a média do mercado. Além de ser um adesivo de alta performance que oferece mais produtividade na linha de produção dos nossos clientes”, revela Alexandre Pincelli, GSM Engineering Adhesives Latin America South.
– Produção de móveis cresce em maio
Por sua vez, o PSA CQ-3062 é um adesivo de tato permanente. E elaborado a base de copolímeros e resinas taquificantes, aditivado com agentes promotores de resistência térmica. “Como é um material de tato permanente, é feito em uma embalagem especial que é consumida junto com o produto, ou seja, a embalagem faz também parte da fórmula”, explica Pincelli.
Entre os benefícios do produto estão: alta adesão e coesão para alto rendimento, obtendo-se significativa redução de quantidade aplicada, mantendo alta aderência; ganho de espaço físico, usando menos adesivo e dando economia em frete e otimizando seu espaço de armazenagem; baixa temperatura de aplicação: o tempo de vida útil dos sistemas de aplicação é maximizado, os equipamentos ficam preservados por mais tempo e geram menores custos com energia; e rápida fusão para maior produtividade: não há tempo de espera para o adesivo estar pronto ou derretido.
São indicados para aplicações com equipamentos (coleiros) com sistemas de espiral, spray, slot e bico em laminação de espumas diversas e com densidades variadas, aglomerado, feltros, TNT, carpetes, madeirite, EPS (Isopor), Rabatan (Espuma tipo “caixa de ovo”), fixação do conjunto de molas ensacadas e fixação de eletrodos (Colchões magnéticos).
A Artecola, segundo o gerente de mercado Fernando Cardoso tem uma linha bastante grande e o ideal é entender para atender. “Somos especialistas em hot melt, mas dominamos todas as tecnologias e nossa prática é identificar em nosso portfólio – ou criar, se houver necessidade – a melhor solução para cada demanda”, salienta.
Com objetivo de ser a melhor alternativa para colagens de colchões, a Kisafix tem adesivos adequados às necessidades do mercado, com alto desempenho de processo e que atendam às normas regulamentadoras e também destaca que a indicação do produto ideal vai depender de avaliação criteriosa do processo e da necessidade de cada cliente.
– Adesivo hot melt é mais sustentável que base água
No entanto, indica algumas soluções como o HMPSA, hot melt sensível à pressão, e base água para o mercado de espumas na América Latina. “Por isso, indicamos os adesivos de alta performance das linhas sustentáveis. No HMPSA, a linha possui o adesivo Kisafix HM 7521. É um adesivo de alta resistência à temperatura, alta coesão, sem odores e alto rendimento”, destaca o consultor técnico, Anderson Davi Becker.
Na linha base água, o adesivo Kisafix 4083 é um produto diferencial de mercado, segundo ele. Trata-se de um adesivo monocomponente base água, que atende as normas internacionais de substâncias restritas. “Nosso adesivo rende até duas vezes mais e o processo de colagem é úmido e imediato. Em alguns casos com aplicação em apenas um dos substratos, o que resulta em uma boa economia de adesivo”, ressalta Davi.
Katiucia Jung, analista de desenvolvimento da Kisafix, aponta que o produto tem alto rendimento, alta resistência ao calor, baixo custo de manutenção e implantação. Outra indicação, da linha pocket HMEVA, é o carro-chefe Kisafix HM 9555, adesivo de alto rendimento, sem odor e excelente adesão.
A analista também destaca que a empresa realiza diversas ações para otimizar o rendimento e custo-benefício, entre elas: aquisição de matérias-primas de fontes confiáveis, produção local, P&D e corpo técnico atuante no cliente, parcerias com fabricantes de máquinas e equipamentos e fornecedores. “Sempre visando novas tecnologias que aumentem a rentabilidade para o cliente”, define.
Valores exportados em dólares tiveram queda de 10,1% no primeiro semestre, mas verifica-se crescimento em alguns mercados
Publicado em 8 de julho de 2020 | 11:09 |Por: Cleide de Paula
Com US$ 19 milhões exportados no primeiro semestre de 2020, o polo moveleiro de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul (RS), contabiliza uma queda de 10,1% nas exportações em comparação ao mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais compilados pelo Sindmóveis Bento Gonçalves. As exportações do RS como um todo tiveram queda de 22,2% e, no Brasil, a queda foi de 16,8% entre janeiro e junho desse ano, na comparação ao mesmo período do ano passado.
Os valores exportados em dólares estão em queda. Apesar disso, entre os principais mercados para o polo moveleiro de Bento Gonçalves, houve crescimento nos Estados Unidos, Colômbia, Peru e Reino Unido. Os EUA, inclusive, estão começando a se consolidar como o principal destino dos móveis de Bento, assumindo a posição que era do Uruguai.
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O presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, avalia que as empresas atuantes no e-commerce foram as menos prejudicadas na crise no novo Coronavírus – inclusive, no que se refere a exportações. “Podemos até mesmo dizer que empresas desse segmento faturaram mais em relação ao mesmo período do ano passado. Obviamente tivemos uma questão logística que atrasou as entregas, mas, de fato, as empresas preparadas para o e-commerce estão se saindo bem nesse momento”, afirma.
Quando verificado o faturamento do setor moveleiro como um todo – incluindo-se mercado interno e externo – a queda foi de 9,5% no polo moveleiro de Bento Gonçalves e 11% no RS, quando analisado o período de janeiro a abril desse ano comparativamente ao mesmo período do ano passado. O Sindmóveis crê em perdas expressivas também nos meses de maio e junho, embora esses dados ainda não estejam disponíveis.
O desempenho de 2020 vinha sendo positivo quando avaliados apenas os meses de janeiro e fevereiro e, antes da crise, a projeção era de crescimento nesse ano. O mês de março iniciou uma série negativa que deve perdurar mais um tempo. “O primeiro semestre desse ano provavelmente foi um dos piores da história para o setor, mas acreditamos que o pior ficou para trás. No segundo semestre, a tendência é uma lenta normalização, no sentido de as taxas de crescimento pararem de cair”, projeta o presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini.
O polo moveleiro de Bento Gonçalves é o principal do país em termos de produção e faturamento. São aproximadamente 300 empresas localizadas nos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza. Quando falamos especificamente do município de Bento Gonçalves, a indústria moveleira corresponde a 40% de toda a produção industrial.
1º Estados Unidos
2º Uruguai
3º Peru
4º Colômbia
5º Chile
6º Reino Unido
7º México
8º Paraguai
9º Porto Rico
10º Bolívia
* Base territorial estendida aos municípios de Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza.
Fonte: Ministério da Economia / SECEX (2020) / Inteligência Comercial Sindmóveis (com informações Imprensa Sindmóveis)
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Tecnologia de adesivo para colagem de espuma, em sua maioria, não carbonizam, não entopem o coleiro e não possuem cheiro
Publicado em 3 de julho de 2020 | 11:15 |Por: Thiago Rodrigo
Ainda que possa se imaginar o contrário, o adesivo hot melt é mais sustentável que o adesivo base água. Quem garante são as empresas fabricantes de adesivos para colagem de substratos do setor moveleiro, como espumas utilizadas em colchões. A próxima edição da Móbile Fornecedores 299 será lançada em uma semana. Então, você poderá conferir reportagem sobre alta performance e agilidade de produção na colagem de espumas nas indústrias de colchões.
No caso de um adesivo base água, toda parte aquosa da fórmula é um veículo para a parte sólida, que é o adesivo em si, a parte que realmente fará a colagem. Nesse sentido, conforme aponta Fernando Cardoso, gerente de mercado da Artecola, o mais sustentável é aquele que não usa nenhum suporte e esse é o adesivo hot melt.
“O adesivo hot melt é 100% adesivo e será 100% usado na aplicação. O volume do produto hot melt é menor, o que reduz custos de despesa e armazenamento. A aplicação é mais rápida, pois não exige tempo de secagem. E o ganho sustentável se completa com a considerável redução do uso de água na produção do adesivo”, afirma Fernando.
Anderson Davi Becker, consultor técnico líder de adesivos da Killing e Katiucia Jung, analista de desenvolvimento de produto da Killing, assinalam que o conceito de sustentabilidade é o equilíbrio entre o suprimento das necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais, não comprometendo as futuras gerações.
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Por conta disso, analisando ambas tecnologias, teoricamente e conceitualmente haveria uma maior sustentabilidade do adesivo hot melt por não usar água. Incluso a isso está o fato de que no adesivo base água são 50% a 60% de sólidos. Um rendimento menor que o hot melt que é composto 100% de sólidos.
Por outro lado, ele diz que não se pode esquecer que a aplicação de adesivo hot melt demanda consumo de energia elétrica. Logo, há indiretamente um consumo de água, ainda mais em um país de matriz enérgica dependente de hidroelétricas. “Devido a isso, avaliamos que ambas tecnologias são sustentáveis, não vendo vantagem nesse quesito para uma ou outra”, avaliam.
Ademais, a embalagem é um fator sustentável para a escolha pela tecnologia hot melt. O adesivo hot melt PSA (sensível à pressão) para colchões da H.B. Fuller, por exemplo, utiliza a tecnologia “package free” no qual a embalagem é revestida por um revestimento especial formulado com as mesmas bases do próprio adesivo, havendo integração total entre embalagem e hot melt. “Assim ele não gera resíduos para descarte no meio ambiente”, considera Karina Borin, marketing da H.B. Fuller.
Uma curiosidade é que, depois de velho, o colchão e toda sua composição são triturados e compactados. Dessa forma, ele dá vida aos aglomerados de espuma que são reutilizados em diversos segmentos, até mesmo para a fabricação de um novo colchão. “Diante disso, podemos dizer que o hot melt é uma tecnologia limpa e sustentável, comparado com o adesivo base água que pode deixar resíduo em sua embalagem”, salienta.
O hot melt também não evapora solvente. “O adesivo Technomelt® [hot melt da Henkel] é de fato mais sustentável [que adesivo base água] pois, por ser 100% sólido contribui diretamente com a redução de VOC e com o impacto à saúde e ao meio ambiente. “Outra vantagem é que esse produto utiliza uma grande concentração de matérias-primas de fontes renováveis, diminuindo o uso de matérias-primas de origem fóssil”, afirma Jeferson Segantini, Head de Negócios de Móveis e Componentes para Construção da Henkel Brasil.
Além dos fatores sustentáveis e de saúde, o hot melt, quando comparado à cola de base solvente, possui melhor custo-benefício, pois todo o produto é o próprio adesivo utilizado na colagem, não há perda. Por exemplo: 1 kg de adesivo hot melt será totalmente utilizado na colagem.
Já 1 kg de adesivo de base solvente terá mais de 80% de produtos ali colocados apenas para servir de veículo ao adesivo, que soma menos de 200 g do total. “Ao final da operação, esses 80% que dão suporte ao adesivo irão evaporar”, destaca Fernando, da Artecola.
Ele explica que em uma colagem base solvente, há maiores despesas com embalagem, armazenagem, frete e ainda com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os funcionários que atuam no setor de colagem. “O hot melt elimina quase todo esse custo, tendo um rendimento duas vezes maior quando comparado ao solvente”, define. Evidentemente, na comparação adesivo base água e base solvente, o base água é mais sustentável e fornece menos risco à saúde que os adesivos base solvente.