Vice-presidente do IBPT detalha caminhos para identificar casos de recolhimento indevido
Publicado em 12 de junho de 2020 | 11:01 |Por: Cleide de Paula
Em meio às dificuldades de mercado causadas pelo coronavírus, conseguir uma redução de carga tributária pode ser um alento às companhias em um momento tão difícil. Em vídeo-entrevista ao portal eMóbile, a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e sócia da Amaral, Yazbek Advogados, Letícia Mary do Amaral, comenta as possibilidades de redução da carga tributária nas empresas. O primeiro passo, segundo ela, é realizar uma auditoria tributária para identificar as situações em que se está recolhendo tributos indevidamente.
Confira a vídeo-entrevista:
Ao contrário do que se possa pensar, a recuperação dos tributos pagos a mais pode ocorrer em curto prazo, podendo até mesmo, o ônus ser abatido no próximo recolhimento.
– Pandemia afeta produção de móveis
Para saber as hipóteses em que é possível haver redução da carga tributária, Letícia segmenta os caso por tipo de empresa, regime tributário e tributos. Empresas enquadradas no Lucro Real podem fazer uma auditoria tributária em todas as obrigações e módulos do SPED –Sistema Público de Escrituração Digital para fazer o cruzamento e analisar se efetivamente não há recolhimento indevido.
No vídeo a seguir, a vice-presidente do IBPT, que mantêm o perfil no instagram @tributaristadofuturo responde às questões: como saber se minha empresa tem créditos tributários a receber? quais negócios podem se beneficiar da recuperação de crédito tributário? como é possível recuperar tributos já pagos de maneira excessiva?
O IBPT atua desde 1992 na área de inteligência tributária ao realizar pesquisas, estudos e análises para gerar conhecimento e esclarecer a população sobre o complexo sistema tributário brasileiro. Ao mesmo tempo, vem transmitindo informações e dando consultoria estratégica sobre carga tributária setorial, implementando sistemas de governança tributária e desenvolvendo ferramentas e métodos a fim de incrementar a lucratividade das empresas. Seus projetos sociotecnológicos têm ampla utilização, como o Impostômetro, De Olho No Imposto, Lupa Nas Compras Públicas E Empresômetro.
O Empresômetro é uma empresa que oferece soluções de mercado B2B para toda empresa que almeja crescer com inteligência. Oferta soluções que utilizam a mais alta tecnologia da informação, garantindo segurança na tomada de decisão de gestores de grandes empresas, como também proporciona conhecimento de mercado para pequenas e médias empresas através da ferramenta online, Empresômetro Listas.
Informações podem ser obtidas pelo site: http://www.ibpt.org.br ou pelo telefone (41) 2117-7300.
https://www.instagram.com/tv/CBLamJlnho9/?utm_source=ig_web_copy_link
Catas, laboratório europeu do setor moveleiro, avalia superfícies de móveis em tempo de coronavírus
Publicado em 10 de junho de 2020 | 14:51 |Por: Thiago Rodrigo
As características das superfícies de móveis em tempo de coronavírus, com relação à “chance de contaminação” nunca foram um problema como hoje. Se no passado analisássemos as propriedades antibacterianas de superfícies com grande interesse, hoje elas poderiam até representar um novo padrão global, em um mundo desafiado pela pandemia de Covid-19.
Esse é um tópico extremamente delicado. Rótulos como superfícies “antibacteriana” ou “antimicrobiana” podem representar uma motivação fundamental para o mercado. Mas como o mundo do mobiliário pode e deve lidar com materiais que apresentam esse novo potencial?
Nesse sentido, cada vez mais os técnicos e especialistas da Catas, o laboratório europeu mais importante para o setor de móveis de madeira, são questionados sobre o assunto. A necessidade contínua e crescente de esclarecer as superfícies de móveis em tempo de coronavírus os convenceu a organizar um webinar específico inteiramente dedicado a esse assunto.
– Produtos para indústria desenvolver móveis para classe popular
Assim sendo, a Catas Academy realizará dois eventos importantes com os especialistas da entidade comentando sobre estratégias antibacterianas. Assim como saneantes em diferentes tipos de superfícies (móveis, eletrodomésticos e objetos de uso diário em residências e escritórios), métodos de teste, interpretação de resultados obrigações decorrentes da legislação relevante, por exemplo, Regulamento Europeu de Biocidas.
Serão dois webinars em duas línguas com Elena Conti, bióloga chefe da Seção Microbiológica de Catas. Primeiramente, em italiano, ocorre amanhã, 11 de junho, às 14 horas. Segundamente, na terça-feira, 23 de junho, às 14 horas, será em inglês. Ambos requerem registro gratuito no site da Catas. Mais informações podem ser adquiridas em formazione@catas.com ou no telefone +39 0432 747260.
A Catas realizou uma interessante análise aprofundada. Ela foi realizada por Franco Bulian, diretor adjunto da Catas, que visa esclarecer e explicar o papel das superfícies como possíveis fontes de contaminação. Confira:
O termo “contágio”, que geralmente ocorre em nossas conversas durante esse período, tem uma etimologia interessante derivada das palavras latinas cum, que significa “junto”, e tangere, que significa “tocar”.
De fato, o simples ato de tocar uma superfície pode ser a fonte de muitas infecções e alguns estudos testemunham, por exemplo, que as maçanetas das portas ou os botões do elevador de lugares lotados estão entre as principais causas da transmissão de muitos vírus. De fato, essas estranhas “entidades biológicas” são capazes de passar facilmente das superfícies que tocamos para as mãos e das mãos para a boca e os olhos, que representam um tipo de porta aberta pela qual eles finalmente podem entrar em nosso corpo. A esse respeito, um estudo australiano publicado em 2015 provou que as pessoas costumam tocar seus rostos com frequência (em média 23 vezes por hora) e os vírus aproveitam muito esses gestos, mesmo inconscientes, para espalhar consideravelmente sua difusão.
A transmissão do vírus através das superfícies é evidentemente baseada no primeiro contato decorrente de uma pessoa infectada, principalmente através das conhecidas “gotículas” (gotículas de saliva transmitidas por um espirro, tosse ou simplesmente falando com outra pessoa), seguidas por a capacidade do vírus de sobreviver na superfície contaminada.
Estudos recentes, aplicados precisamente no Covid-19, descreveram uma sobrevivência bastante prolongada desse vírus em plásticos (até 72 horas) e em aço (48 horas), enquanto é mais limitado em papelão ou cobre.
Os dados mais interessantes sobre os ambientes internos são provavelmente os relativos aos plásticos, considerando que muitas das superfícies ao nosso redor são revestidas ou, em qualquer caso, cobertas com laminados ou outros materiais à base de polímeros que representam os constituintes primários dos plásticos.
Além de todas essas considerações teóricas, muitas coisas práticas mudaram em nossas vidas diárias como resultado dos efeitos dramáticos do Covid-19 e aprendemos que além da distância mútua, a higiene de nossas mãos e de todas as superfícies que nos cercam é também crucial.
Essas novas necessidades e hábitos estão determinando consequências significativas também para o mundo de móveis e acabamentos. De fato, há cada vez mais solicitações de superfícies antibacterianas e, por outro lado, é considerada bastante fundamental a capacidade das superfícies de móveis de resistir a frequentes operações de limpeza e desinfecção. Nesse sentido, a Catas iniciou recentemente estudos específicos, colaborando com vários parceiros do nosso setor.
O efeito antibacteriano das superfícies dos móveis é normalmente alcançado graças à adição de aditivos específicos (por exemplo, substâncias à base de prata) que executam um biocida e/ou ação inibitória em relação à sua proliferação.
A Catas realiza testes específicos para estudar a ação antibacteriana de plásticos e outros materiais não porosos, contaminando as superfícies sob investigação e verificando seus efeitos na sobrevivência das bactérias. Os métodos de referência são aqueles descritos na ISO 22196 e JIS Z2801, bem como métodos internos criados especificamente para adaptar o teste a materiais que, devido às suas propriedades intrínsecas, não puderam ser testados de acordo com os métodos padronizados.
No entanto, esses testes não consideram vírus e, em particular, o Covid-19, que nosso instituto obviamente não possui dentro dos laboratórios…
Como mencionado acima, a limpeza e desinfecção freqüentes das superfícies são ações recomendadas em todos os níveis para combater a propagação do Covid-19.
Entre os produtos declaradamente eficazes contra o vírus, existem preparações à base de álcool e aquelas que contêm agentes oxidantes, como hipoclorito de sódio ou peróxido de hidrogênio.
O álcool é certamente um agente a ser levado em consideração, pois às vezes tende a causar o amolecimento de alguns filmes de revestimento. Por outro lado, os agentes oxidantes podem ser responsáveis pela descoloração ou desbotamento, mesmo que atualmente não existam muitos dados disponíveis para poder apresentar um estudo de caso real. Finalmente, deve-se prestar atenção especial aos agentes corantes que às vezes são adicionados a esses produtos de limpeza: se essas substâncias penetrarem profundamente nas superfícies, pode ser difícil removê-las, resultando na formação de áreas coloridas.
Nesse sentido, a Catas desenvolveu um protocolo de investigação específico (baseado na EN 12720) para verificar a capacidade das superfícies de resistir ao contato com produtos de limpeza e líquidos desinfetantes comumente usados.
Além da avaliação do contato exclusivo de um líquido com a superfície em teste, a Catas também desenvolveu um método de teste para avaliar o efeito combinado de contato com a fricção, simulando uma operação de limpeza real. De fato, o efeito combinado pode ser muito prejudicial, causando vários tipos de danos nas superfícies dos móveis. As ferramentas disponibilizadas pela Catas podem, sem dúvida, representar um auxílio válido e pronto para uso para todo o mercado, esperando, em qualquer caso, que também o mundo da padronização comece a considerar e trabalhar nessas novas necessidades e apresentar desafios.
Veja materiais que fornecedores oferecem para indústria moveleira criar móveis com design – reportagem sobre o tema pode ser lido na Fornecedores 298
Publicado em 8 de junho de 2020 | 17:00 |Por: Thiago Rodrigo
Criar móveis com design popular é um dos objetivos da indústria moveleira. Reportagem da Móbile Fornecedores 298 buscou discutir isso, na edição do mês de junho, com o escritório de design Ye Design e fornecedores de produtos e materiais para os fabricantes de móveis. Com efeito, os fornecedores sugeriram soluções para colaborar com a indústria no desenvolvimento de móveis com design e características como flexibilidade, funcionalidade, modernidade e que atendam o real gosto do consumidor e com ótima relação custo-benefício.
Olhar a decoração e se inspirar para integrar o estilo do móvel aos sonhos da casa também tem a ver com as escolhas dos padrões e cores. A Eucatex, segundo a gerente de marketing e produto, Andrea Krause, faz pesquisas com clientes e fornecedores para avaliar tendências que se confundem com a moda. Dessa forma, cria padrões de revestimentos mais alinhados com o gosto do consumidor.
“O difícil, no meu ponto de vista, é a similaridade de modelos, padrões e cores desse segmento, o que muitas vezes desestimula o consumidor. Temos uma preocupação em visitar feiras de móveis pelo Brasil e outros países para desenvolvemos coleções super alinhadas às cores, desenhos de superfícies como madeira, tecido, metal e materiais híbridos”, afirma e acrescenta:
“Temos de trazer esses diferenciais para o móvel. Muitas vezes o novo não cabe na percepção do cliente ou dos varejistas porque acreditam que os móveis oferecidos atendem essas expectativas, mas isso já não tem mais sentido”.
A melamina (MDF revestido) sem dúvida é uma ótima opção devido à infinidade de padrões capazes de transmitir com a máxima realidade praticamente qualquer superfície natural, seja ela uma madeira, pedra, tecido a um valor muitas vezes bem mais acessíveis que materiais naturais.
“Essas superfícies são capazes de criar inúmeras sensações, memorias e estilos, tão essenciais neste momento em que nossas casas devem ser o puro reflexo de nós mesmos”, afirma Alexandre Chiquiloff, gerente de produto e marketing. Ademais, ele indica três décors do qual a indústria pode atender os desejos do novo consumidor.
Lacrosse Hickory, uma madeira em tonalidade suave que acalma e traz serenidade ao ambiente com o frescor e a pureza da linguagem natural. French Vanilla, um mármore clássico que garante história e elegância aos espaços. Arta, madeira desgastada cheia de memórias e ao mesmo tempo super contemporânea com suas inserções geométricas para encher o ambiente com personalidade.
“Os produtos e os processos de pintura também fazem parte da concepção do design e a Sayerlack, como fornecedora de tintas e vernizes para a indústria moveleira, tem infinitas possibilidades para agregar esse diferencial com qualidade e competitividade”, garante Marcelo Cenacchi, diretor da companhia.
Conhecendo o projeto da indústria, ele diz que a empresa sugere quais linhas de produtos e processos são mais adequados à linha de pintura. Isto é considerado tanto na tecnologia a ser utilizada como no que se pretende para acabamento. Igualmente, considera o ambiente para o qual o móvel foi concebido e exigências técnicas necessárias para atender o projeto e oferecer diferenciais aos consumidores.
“A Sayerlack disponibiliza seu Laboratório de Simulação de Processos para que toda a homologação dos acabamentos escolhidos seja testada, aplicada e comprovada antes de ir para a sua linha de produção e desta forma, sem prejudicar a produção do cliente”, enaltece Cenacchi.
A Rehau possui uma solução em linha com a proposta de oferecer móveis com design popular: componentes para móveis e armários de enrolar, que também podem ser utilizados na versão retrofitting. Eles são produzidos sob medida para atender a necessidade do cliente com design e um custo acessível. “O processo é extremamente simples e totalmente digital”, declara a gerente da unidade de negócios de soluções para móveis da Rehau, Camila Bartalena.
Considerando que a frente dos móveis são responsáveis por grande parte da dimensão visual mobília, os custos das portas representam apenas de 15 a 20% dos valores totais de um projeto. “O que tornam os componentes da Rehau uma ótima opção para renovar o design de ambientes de maneira rápida, prática e em conta”, define a gerente. As portas de enrolar são comercializadas em kits e sua montagem é bastante prática e rápida.
Fornecedores de ferragens diferenciadas possuem grande valor na criação de um novo conceito de produto. Com pequenas ferragens, o mobiliário ganha grandes diferenciais.
“As ferragens aliadas com o trabalho dos designers, farão a grande diferença nesse momento. Seja na parte estética, como primordialmente na parte formal e funcional dos móveis”, explica Leticia Kercher, gerente de marketing e produto da Bigfer.
Aberturas diferenciadas, sistema de amortecimento, sistemas de fixação e movimentação, fazem simples produtos virarem áreas multifuncionais e que são muito mais aproveitadas dentro das casas e apartamentos. Confira algumas soluções publicadas no Instagram da marca de ferragens para móveis.
1 – Ferragem auxilia para “esconder” o home office, tornando os ambientes multifuncionais
2 – Da mesma forma, em ambientes menores, a ferragem ajuda a esconder a lavanderia
3 – Acesso total ao interior do móvel, proporcionado pela ferragem
4 – Acesso total ao interior e versatilidade nos ambientes
5 – Usos diferenciados para as ferragens, como corrediças
6 – Novos usos para sistemas de portas de correr
A Masutti Copat apresenta em seu portifólio mais de 1,2 mil itens, cada qual com soluções que atendem determinadas demandas. “Temos muitas soluções que buscam melhor organizar o dia a dia das pessoas, facilitando o ‘viver mais em casa’”, revela Rodrigo Copat, diretor da empresa.
As soluções se dividem por ambientes como cozinha, dormitório, área de serviço, home office e banheiro. Todas buscam proporcionar uma melhor organização e praticidade ao dia a dia do usuário. Alguns itens são:
1 – Organizadores de tampas
2 – Organizador de espetos
3 – Organizador pluri
4 – Porta tampas e talheres Doti
5 – Caixas organizadoras
6 – Organizadores Dans
7 – Suporte de secador de cabelos
Ademar de Gasperi comenta a trajetória do polo moveleiro gaúcho de Bento Gonçalves e da Revista Móbile
Publicado em 4 de junho de 2020 | 14:18 |Por: Cleide de Paula
Móbile 40 anos é o projeto de comemoração dos 40 anos da Revista Móbile que contempla uma série de entrevistas especiais com personalidades que participaram da construção da nossa história. Ademar de Gasperi que esteve presente em nossas primeiras edições, no ano de 1981 é um dos entrevistados do projeto Móbile 40 anos. A entrevista foi realizada por Gerson Lenhard, radialista e executivo de vendas que representa a Móbile no Rio Grande do Sul. Entrevista publicada nas Revistas Móbile Lojista 369 e Móbile Fornecedores 298
Na época, realizava-se a III Mostra do Mobiliário, presidida por Ademar. A Mostra, inicialmente uma pequena feira para exibir os lançamentos da indústria moveleira de Bento Gonçalves (RS), transformou-se na Movelsul Brasil, a maior feira de móveis da América Latina. Juntamente com a Fimma Brasil, a Movelsul é daqueles eventos aguardados para a tomada de decisões e para medir o mercado.
De marcenaria grande à indústria de respeito
Há dez anos, Ademar retirou-se do ramo do mobiliário no qual atuava como diretor da Carraro e, hoje, com dois sócios toca um negócio no ramo imobiliário. Mas, o afastamento não foi por completo. Ademar continua no polo moveleiro de Bento e sua expertise é de grande valia para o setor. Há quase 40 anos tem banco cativo na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e é um dos seis conselheiros estaduais do Senai neste mesmo período de tempo. Na entrevista a seguir, o conselheiro reflete sobre a evolução do setor moveleiro nas últimas décadas:
Móbile | Sua imagem estampa a primeira edição da Revista Móbile em outubro de 1981, quando o senhor presidia a Mostra do Mobiliário. Como se deu a evolução da feira de lá para cá?
Ademar de Gasperi| A feira foi uma evolução constante. Desde a primeira edição até hoje, sempre houve um crescimento muito importante seja da feira ou do setor moveleiro como um todo. Passamos a ser vistos como um setor industrial e não mais como uma marcenaria grande. Oportunizou, especialmente na época, para nós que estávamos no Sul do País a vinda de grandes lojistas do Brasil. Assim, eles viram e conheceram o nosso parque industrial que evoluía numa velocidade muito grande. Isso deu uma segurança maior a eles para comprarem da gente e de que depois nós fossemos entregar o combinado.
A feira foi uma evolução sempre porque começou sendo de Bento, depois do Rio Grande do Sul e posteriormente aberta ao Brasil inteiro. Fora passos graduais que permitiram que chegasse onde está agora.
Móbile | Como deverá ser a próxima edição da Movelsul, que deveria ter ocorrido em março deste ano?
Ademar | Quanto à Movelsul de hoje, que está praticamente pronta, falta apenas definir a data em que se realizará. Continuo achando que se trata de uma bela oportunidade para nos encontrarmos ao vivo com nossos parceiros, seja o comprador/lojista ou o representante, que ainda participa desse processo em alguns clientes. Entendo que os espaços de cada um talvez venham a ser reduzidos de modo a conter gastos. Mas, a oportunidade de se conversar ao vivo, dificilmente vai se perder.
Móbile | No seu modo de ver, como foi a evolução da indústria moveleira neste tempo?
Ademar | A indústria de móveis são dois estágios. Um, quando os empresários que eram deste setor, visto ainda como um setor marceneiro um pouco mais evoluído foram para a Europa e descobriram equipamentos de última geração e conseguiram comprar com financiamento ou do fabricante ou de bancos de fomento como o BRDE aqui no Rio Grande do Sul. Com esses equipamentos a coisa evoluiu.
Móbile | Como a Fimma Brasil ajudou a impulsionar a indústria moveleira?
Ademar | O salto se deu, efetivamente, com a Fimma Brasil. Foi essa feira que propiciou que os grande fabricantes internacionais viessem expor e o fabricante de qualquer porte tamanho pudesse encontrar produto para a sua necessidade. Também a aproximação com os fabricantes lá de fora possibilitou que os fabricantes nacionais que, ou adaptaram sua indústria, ou copiaram alguma coisa lá de fora, incorporaram tecnologia e criaram parcerias com empresas estrangeiras. Isso contribuiu decisivamente para que a indústria nacional e o móvel em si tivessem a qualidade que conhecemos hoje.
Móbile | Mesmo afastado há uma década do dia a dia de uma indústria moveleira, o senhor ainda tem importante participação institucional importante para o setor, atuando na Fiergs e no Senai. Como avalia sua colaboração nesses órgãos?
Ademar | Na verdade, eu participo há mais de 30 anos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul como representante do setor moveleiro e agora também como sócio da minha empresa que atua em investimentos no ramo imobiliário. Então, estou lá ainda como o representante do Sindmóveis. Nessas mais de três décadas também sou membro do Conselho Superior do Senai, tendo sido seu presidente por três anos. Continuo lá dando a minha colaboração.
Móbile | Como as decisões da Fiergs e no Senai se refletem no polo de Bento Gonçalves ?
Ademar | Sobre ser importante estar lá, olha, as duas entidades têm sede em Porto Alegre (RS) e é lá que são tomadas as decisões. Por exemplo, aquela escola do Senai que temos em Bento, de última tecnologia. Se “bobeia”, os caras querem levar lá para São Leopoldo, Uruguaiana, Caxias do Sul – Caxias leva quase tudo – e a gente tem que ver que é em Bento, onde se produz móveis. Aqui é polo moveleiro. É aqui que ela tem que estar. Comigo estava lá também o José Zortea, de Bento, e que na época era o presidente do Senai. Então, somos em seis no conselho e a definição é tomada ali. Fechamento de escola, abertura de nova escola, investimentos, enfim…
– Confira a entrevista da Colchões Castor para o Móbile 40 anos
– Especial Móbile 40 anos com o diretor geral da Sayerlack, Marcelo Cenacchi
Móbile | A Móbile está comemorando sua entrada no ano 40 e o senhor a viu nascer. Como enxerga a participação da editora dentro do setor?
Ademar | Isso aconteceu na mesma época da minha participação na III Mostra do Mobiliário e eu, sinceramente achei que o Valcidio Perotti tinha ficado maluco. Trazer uma revista especializada para um setor que ainda era embrionário, incipiente. A proposta dele era trazer uma revista que integrasse os setores envolvidos na cadeia moveleira. Posto isso, posso dizer que ele foi de fundamental importância em aproximar, pelo menos foi um dos meios da ligação entre o setor produtivo, com representantes comerciais, lojistas, canais de distribuição em todo o país com uma velocidade muito grande. Isso, numa época que não tinha internet. Então, foi de vital importância na construção de um setor que passou a ser respeitado. Porque, até então, só se falava de setor automotivo, metalúrgico, eletrônico. Passamos a ser vistos como importante setor industrial no País. Porque a revista permitiu mostrar que éramos grandes e empregávamos muito, mas estávamos espalhados pelo Brasil.
“Acho que a Móbile ajudou muito também a formalizar os sindicatos regionais bem como a Abimóvel. A revista sempre participou muito desses movimentos, numa missão corporativa importante” – Ademar de Gasperi
Móbile | O que aponta como principais mudanças no setor moveleiro nas últimas quatro décadas?
Ademar | Ah, eu vejo que nos transformamos de umas marcenarias em indústrias. Lá no final dos anos 1970, início dos 1980, a fábrica de móveis era um empresário dentro de uma marcenaria aumentada. Depois, especialmente com a chegada da Fimma, todas as empresas passaram a ter design, engenharia… Todas as empresas empregam tecnologias de última geração no setor industrial. Muitos de nós fomos para o Japão, Coreia aprender tecnologias produtivas, contratamos consultorias especializadas e nos tornamos competitivos, fazendo móveis em série e grandes empresas.
Móbile | Estamos aqui numa entrevista para homenagear os 40 anos da revista. O senhor escolheria que palavra para definir a Revista Móbile?
Ademar | É uma revista que adquiriu credibilidade nacional, sem a menor dúvida.
Em comparação a abril de 2019, a queda foi de 63,8%, no que são os primeiros resultados do impacto do coronavírus na economia e na produção de móveis
Publicado em 3 de junho de 2020 | 10:42 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis, conforme apontado pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), teve queda de 36,7% em abril comparado a março deste ano. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o quarto mês do ano apontam o impacto da pandemia de coronavírus na economia brasileira em um mês completo. Em comparação a abril de 2019, a queda foi ainda mais acentuada, de 63,8%.
A produção industrial geral caiu 18,8% em relação a março de 2020, (série com ajuste sazonal), queda mais acentuada desde o início da série histórica, em 2002. Esse é o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 26,1%. Em relação a abril de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria recuou 27,2%, sexta queda consecutiva e o recorde negativo da série histórica nessa comparação.
– Vendas no varejo recuam em abril
A indústria acumulou redução de 8,2% no ano. No acumulado em 12 meses, a indústria recuou 2,9%. A queda de 18,8% na passagem de março para abril de 2020 foi a mais acentuada desde o início da série histórica, que começou em janeiro de 2002. Conforme aponta o PIM-PF, esse resultado se refletiu na expansão do número de segmentos com taxas negativas, que atingiram todas as quatro grandes categorias econômicas e 22 dos 26 ramos pesquisados. Dessa forma, é evidência do aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais, devido ao isolamento social por conta da pandemia da Covid-19.
O segmento de bens de capital (-41,5%) também teve redução mais elevada do que a média nacional (-18,8%) e marcou a queda mais acentuada desde o início da série histórica. Dentro desse segmento, máquinas e equipamentos caíram 30,8% na passagem de março para abril de 2020, e 41,3% de abril de 2020 para abril de 2019.
Nas grandes categorias econômicas, em relação a março de 2020, bens de consumo duráveis (do qual a produção de móveis se encontra), teve recuou de 79,6%, sendo a queda mais acentuada em abril de 2020. Essa redução foi a mais intensa desde o início da série histórica e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 84,4% nesse período.
A influência negativa mais relevante nas atividades industriais foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias (-88,5%), pressionada, em grande medida, pelas paralisações/interrupções da produção ocorridas em várias unidades produtivas, por conta dos efeitos causados pela pandemia da Covid-19. Com isso, esse ramo intensificou o recuo observado no mês anterior (-28,0%) e apontou a queda mais intensa desde o início da série histórica.
Apenas três ramos ampliaram a produção no mês de abril de 2020, como era de se esperar. Produtos alimentícios (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%), com ambos voltando a crescer após recuarem no mês anterior: -1,0% e -11,0%, respectivamente.
Inspeções de segurança são necessárias para garantir uma reabertura bem-sucedida e segura após período de inatividade
Publicado em 3 de junho de 2020 | 08:00 |Por: Cleide de Paula
Algumas medidas de segurança para a reabertura devem ser tomadas pelas empresas que estão retornando às atividades. A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) recomenda que as empresas prestem atenção especial às condições de equipamentos e instalações elétricas, a fim de identificar problemas que possam ter ocorrido durante o período de fechamento. Segundo a AGCS, as seguradoras também devem se preparar para um aumento de sinistros de incêndios resultantes de defeitos técnicos ou erros operacionais depois que as máquinas forem reiniciadas ou limpas em preparação para a reabertura de instalações.
“A restauração de operações em uma instalação que antes estava ociosa ou vazia apresenta outro conjunto de desafios de prevenção de perdas, principalmente para fábricas com equipamentos ou processos perigosos”, explica Stephen Clark, gerente técnico e especialista global da AGCS.
– O plano gradual de reabertura do comércio em São Paulo e Rio
– Abimaq sugere ações às autoridades para o efetivo combate aos efeitos deletérios da crise
A análise da AGCS a respeito dos sinistros mostra que os incêndios já representam quase um quarto (24%) do valor de todos os acionamentos de seguros em um período de cinco anos, sendo a principal causa de perdas. O trabalho ou a manutenção mal-feitos (8%) e os danos às máquinas (5%) são classificados como a terceira e a sétima principais causas de sinistros, respectivamente.
1) restaurar as condições de segurança do local incluindo acesso a edifícios, sistemas de segurança, iluminação, controle de terceirizados e visitantes, etc
2) realizar uma autoinspeção completa do local, incluindo todos os edifícios (interiores e exteriores) e equipamentos, para detectar e corrigir quaisquer condições inseguras ou anormais, danos, problemas de manutenção, uso inadequado, sinais de vandalismo, etc. Concluir e restabelecer qualquer inspeção, teste e procedimentos de manutenção que podem ter decorrido desde o desligamento.
3) revisar os procedimentos de resposta a emergências para verificar se eles estão atualizados e se há suporte adequado em todos os turnos para profissionais que possuem essas atribuições;
4) verificar todos os sistemas de proteção e detecção de incêndio, incluindo sistemas de aspersão, bombas de incêndio, proteção contra incêndio abastecimento de água, sistemas de extinção de incêndios, alarme de incêndio, etc. Concluir e restabelecer quaisquer procedimentos de inspeção, teste e manutenção que pode ter decorrido desde o desligamento.
5) Seguir todos os procedimentos operacionais padrões do fabricante antes de reiniciar qualquer equipamento.
6) Para locais que apresentam álcool (inflamável), desinfetantes, incluindo álcool em gel para as mãos, é importante implementar as seguintes precauções de segurança contra incêndio: Não armazenar ou usar perto de fontes de ignição, equipamentos elétricos, superfícies quentes, áreas fumo etc. Descartar todos os panos com resíduos inflamáveis em recipientes fechados de metal. Esvaziar recipientes de lixo pelo menos uma vez ao dia. Armazenar todos os líquidos inflamáveis em depósitos apropriados para isso ou salas de corte.
7) Informar o corretor e a seguradora se houver alguma mudança nas operações ou novos procedimentos perigosos;
Parceria com fornecedores ajuda indústria a entender gosto do consumidor e projetor móveis com design para classe popular
Publicado em 29 de maio de 2020 | 15:15 |Por: Thiago Rodrigo
Entender o gosto do consumidor e projetar móveis com design para a classe popular não é algo que a indústria pode fazer sozinha. Estreitar a concepção de novos produtos com fornecedores pode ser feito de diferentes formas. Afinal, colaboração é a chave para o surgimento de novas soluções que atendam às necessidades do mercado.
Na reportagem de capa da Móbile Fornecedores 298, que estará disponível em emobile.com.br/revistas/fornecedores em duas semanas, você pode conferir como a indústria moveleira pode criar design para a classe popular sem elevar o custo diante da mudança de expectativa do consumidor, do qual esse texto faz parte – confira também em duas semanas com quais produtos dos fornecedores a indústria moveleira pode utilizar para desenvolver móveis com design e características desejadas pelos consumidores.
Primeiramente, Alexandre Chiquiloff, gerente de produto e marketing da Impress Brasil, ressalta que estar alinhado a múltiplos pontos de vista só tende a somar. “Entender e perceber como os fornecedores estão pensando/atuando, para que caminho estão mirando e o que está sendo desenvolvido. Neste momento é bastante importante buscar o máximo de informação, entender o todo, o contexto geral, para criar produtos que realmente estejam alinhados às (novas) necessidades”, destaca.
“Temos percebido que, cada vez mais, importantes players do setor têm se organizado em grupos de colaboração para discutir ideias, atualizar conceitos, testar abordagens e discutir novas formas de gerar valor”, corrobora Camila Bartalena, gerente da unidade de negócios de soluções para móveis da Rehau.
“Sem dúvida que um trabalho feito conjuntamente entre fabricante de móveis, designer e o fornecedor podem enriquecer em muito a dinâmica de criação e aportar boas soluções para o produto”, pontua Marcelo Cenacchi, diretor da Sayerlack. Como fornecedores de tintas, ele pontua que a empresa tem vasta bagagem e muito conhecimento de como novos produtos, cores, texturas e opacidades diferentes poderiam trazer diferenciais e agregar valor ao móvel.
Igualmente, Andrea Krause, gerente de marketing e produto da Eucatex assinala que é fundamental também a sinergia com o varejo e entre indústrias. “É preciso parcerias com varejistas e polos moveleiros entendendo o desejo do consumidor para trazer inovação no design, com lançamentos alinhados aos seus varejos parceiros, ação cooperada, campanhas, e incentivos dos varejistas para estimular grupos de moveleiros a apresentarem novidades para os ambientes da casa”, diz.
Ela também destaca que, agora, todos esses players estão cientes que a dinâmica do mercado mudou diante do coronavírus e que os lojistas vão ter de buscar novas experiências e entretenimento para trazer os clientes para o consumo de itens que talvez não sejam prioridade.
“Sabemos que o consumidor se inspira em marcas que muitas vezes não o cabem bolso. Dessa forma, olhar para os segmentos acima do “C” podem trazer exemplos viáveis. Também precisamos quebrar paradigmas no qual o representante da marca decide o que vai apresentar aos varejistas, se não a cozinha ou o quarto devem seguir o mesmo tipo de modulação de anos atrás”, acrescenta.
Com relação aos produtos que fornece, Cenacchi assinala que conhecendo bem as demandas e qual a finalidade do produto, como fornecedores de acabamento, a Sayerlack pode “oferecer a melhor solução quanto ao tipo de processo mais adequado, considerando os equipamentos que o cliente possui e também levando em conta as necessidades quanto a resistência, exigências técnicas e até os níveis de limites de componentes para mercados com restrições ambientais e de saúde”, declara.
Por exemplo: móveis infantis, mercados europeus e americanos exigem algumas limitações quanto a componentes e matérias-primas. Cenacchi diz que ter como modelo mental no desenvolvimento de novos produtos a concepção integral de design e explorando ao máximo os materiais disponíveis e o conhecimento dos fornecedores são deveras importantes.
Para ajudar nisso, o showroom, na fábrica em Cajamar, por exemplo, disponibiliza várias amostras de acabamentos entre lacas, efeitos especiais, padrões de lâminas de madeira, padrões de impressão com os quais as indústrias, junto a seus designers de produto podem definir cores, texturas e efeitos para os projetos.
“A Sayerlack está atenta às tendências de cores e de padrões madeirados dos principais mercados consumidores. Nossos vendedores técnicos possuem uma parte desta “biblioteca” se assim podemos chamar, que pode ser levada até a indústria com mais de 700 cores de lacas, entre elas as metalizadas e mais de 30 padrões de lâminas de madeira natural”, destaca.
Publicado em 25 de maio de 2020 | 07:00 |Por: Cleide de Paula
A possibilidade de classificar o Covid-19 como doença ocupacional tem preocupado os empresários do setor moveleiro e de todos os segmentos. E uma questão se tornou recorrente: “O empregador pode ser responsabilizado se o trabalhador for contaminado pelo Covid-19?”. Para compreender melhor o assunto, o portal eMóbile convidou o advogado trabalhista do Escritório Marins Bertoldi, Breno Nascimento. Entenda a diferença entre responsabilização objetiva e subjetiva, funcionamento do nexo causal e acompanhe uma recomendação importante para defender-se de possíveis ações. Confira o vídeo:
A responsabilização sobre as empresas ganhou força com a suspensão em 29 de abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da eficácia de um dispositivo que impedia que o Covid-19 fosse considerado doença ocupacional. A grande tensão é que o impacto da pandemia afete as relações de trabalho gerando eventuais pedidos de indenização após o adoecimento de trabalhadores.
– Entenda os principais pontos da MP 927
– Leia o Comunicado da Abimóvel sobre as mudanças trabalhistas provocadas pela pandemia
O STF suspendeu em decisão liminar a eficácia de dois artigos da Medida Provisória 927/2020 que autoriza empregadores a utilizar medidas excepcionais para tentar manter o vínculo trabalhista de seus funcionários durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo a decisão da Corte, ficam sem validade o artigo 29, que não considerava doença ocupacional os casos de contaminação de trabalhadores por Covid-19, e o artigo 31, que limitava a atuação de auditores fiscais do trabalho apenas a atividades de orientação, sem autuações. A suspensão tem caráter temporário.
O Supremo, ao reconhecer a Covid-19 como doença ocupacional, permite que trabalhadores de setores essenciais que forem contaminados possam ter acesso a benefícios como auxílio-doença, protegidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Se o artigo continuasse válido, trabalhadores de farmácias, supermercados e do comércio, por exemplo, não estariam integralmente amparados pelas normas previdenciárias e de proteção ao trabalhador quando afetados pelo vírus.
A decisão significa que os auditores fiscais do trabalho vinculados ao Ministério da Economia poderão exercer com mais liberdade suas fiscalizações. A MP ditava que por 180 dias eles não poderiam autuar empresas por qualquer irregularidade, a não ser quando constatado algo muito grave, como acidente de trabalho fatal, trabalho infantil ou em condições análogas às de escravo. (Com informações da Agência Senado)
Multinacional alemã de máquinas para madeira adquiriu restante da Homag China Golden Field (HCGF)
Publicado em 22 de maio de 2020 | 08:01 |Por: Thiago Rodrigo
A Homag, multinacional alemã de máquinas para madeira, adquiriu os 75% restantes da Homag China Golden Field (HCGF). A companhia iniciou a atuação na China há 40 anos em parceria com a HCGF. De acordo com a Homag, o crescimento sustentável tornou a empresa fornecedora número um de ponta a ponta para clientes chineses, no fornecimento de máquinas e soluções de alta qualidade.
Com 450 funcionários, a HCGF se junta integralmente ao Grupo Homag na China para compor uma organização unida. Nessa nova configuração, uma equipe de 750 funcionários, em cinco escritórios regionais, atenderá os clientes chineses. “Na China, somos o único fornecedor internacional com um portfólio completo, incluindo engenharia, vendas e serviços de produção. Somos capazes de oferecer soluções completas, incluindo pacotes de software e ferramentas digitais, para atender às crescentes expectativas do mercado em relação à
qualidade e à tecnologia mais recente”, destaca Pekka Paasivaara, CEO da Homag, em comunicado.
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Com a aquisição, a Homag marca presença com uma organização própria em todas as principais regiões (América do Norte, Europa e Ásia).
Maior fabricante de móveis do mundo, a China deverá crescer ainda mais. Com efeito, Paasivaara aponta que a equipe unida beneficiará receitas e ganhos da Homag, fortalecendo o grupo no futuro. “Podemos integrar a HCGF em nossas ferramentas e processos existentes, o que criará transparência e eficiência. Entraremos em contato diretamente com nossos clientes e obteremos uma coordenação interna mais suave entre vendas, serviços, engenharia e produção. Além de nossos principais clientes, agora vamos focar também nos clientes do crescente setor intermediário”, diz.
– Indústrias de estofados fabricam máscaras descartáveis
Por fim, a Homag também anunciou que Addie Kwan, diretor administrativo da HCGF, continuará liderando a organização da China como CEO. Espera-se que a fusão seja efetiva no terceiro trimestre de 2020, sujeita a aprovações regulatórias locais.
Em Bento Gonçalves (RS), com articulação do Sindmóveis, empresas se mobilizaram com mão de obra voluntária para suprir a demanda do Hospital Tacchini
Publicado em 21 de maio de 2020 | 08:34 |Por: Cleide de Paula
Máscaras descartáveis para profissionais de saúde estão em falta devido à pandemia de Covid-19 – realidade sentida pelo Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves (RS). Mas a solidariedade, mais uma vez, prova que pode ser uma importante aliada na batalha contra o Coronavírus: três indústrias de estofados associadas ao Sindmóveis e expositoras da Movelsul Brasil uniram forças para a produção de máscaras descartáveis destinadas às equipes de saúde do hospital.
As empresas Ancezki, Aziforma Estofados e Villa Imperial Estofados articularam suas equipes e maquinário para essa demanda, que é entregue ao Hospital Tacchini conforme o ritmo de produção. O diretor da Villa Imperial, Juarez Osmarin, destaca que sua empresa está comprometida com a saúde local, especialmente com os profissionais da linha de frente. “Cada segmento de mercado deve se adaptar e proteger as pessoas que trabalham e também as pessoas que frequentam o local. Precisamos de atitudes para proteger e também fazer a economia girar e com isso evitar uma catástrofe maior”, entende.
– Rehau colabora para a luta contra o Covid-19
– Artecola Química, Grupo MG e JC Uniformes doam EPIs
As indústrias começaram esse trabalho voluntário no mês de abril e seguem executando a confecção das máscaras descartáveis conforme a entrega de matéria-prima pelo Hospital Tacchini. O empresário Douglas Giordani, da Aziforma Estofados, conta que inicialmente providenciou um contraturno só para a produção das máscaras e, depois de atingir um bom volume de peças, conseguiu ajustar o trabalho voluntário dentro do seu cronograma semanal. “O lado humano pega muito forte num momento como esse. Essa é uma contribuição que estava a meu alcance, então é uma honra poder ajudar”, conta.
Atualmente, a indústria moveleira de Bento Gonçalves está operando de acordo com a bandeira Laranja do Distanciamento Controlado instituído pelo Governo do RS. Isso significa que as empresas moveleiras podem funcionar em regime de teletrabalho e presencialmente, mas de forma restrita. É autorizado o funcionamento com 75% dos trabalhadores e respeitando todos os protocolos de prevenção. (com informações da Assessoria de Imprensa)